Coluna Zona Franca

Vem aí a terceira…

A Rússia já disse que está pronta para ajudar o Irã. China e Coreia do Norte, também. E  o presidente ds EUA, Donald Trump, quer porque quer uma Terceira Guerra Mundial! Menos de 48 horas após os Estados Unidos atacarem as instalações nucleares iranianas com as bombas mais poderosas de seu arsenal, Trump falou abertamente em derrubar o regime dos aiatolás. “Não é politicamente correto usar o termo ‘mudança de regime’, mas se o atual regime iraniano não é capaz de FAZER O IRÃ GRANDE NOVAMENTE, por que não haveria uma mudança de regime?”, escreveu, com direito a maiúsculas nas redes sociais. A declaração vai na direção contrária do que dizem diplomatas americanos e o próprio vice-presidente J.D. Vance, para quem os bombardeios buscaram apenas destruir a capacidade nuclear iraniana. Na noite de sábado, Trump sequer esperou o retorno dos bombardeiros B2 para declarar vitória. Em um pronunciamento à TV, o presidente disse que o programa nuclear iraniano havia sido “obliterado” e renovou as ameaças de novos ataques caso o Irã atinja tropas americanas na região. (CNN)

Vem aí a terceira…2

Ainda não é possível ter certeza da extensão dos estragos causados pelos bombardeios. As forças americanas utilizaram ao menos 14 bombas GBU-57 – de 14 toneladas cada – lançadas pelos superbombardeiros B2-Spirit, além de mais de 30 mísseis Tomahawk disparados pela Marinha americana a partir do Golfo Pérsico. De acordo com fontes oficiais tanto dos Estados Unidos quanto de Israel, o nível de destruição dos centros de enriquecimento de urânio ainda está sendo avaliado. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) não identificou volumes consideráveis de contaminação nuclear nas áreas atacadas, o que pode indicar que o Irã tenha movido seus estoques de urânio enriquecido para uma localização ainda desconhecida. Para muitos analistas, os ataques irão reforçar a decisão do regime dos aiatolás de buscar uma bomba nuclear. (New York Times)

Vem aí a terceira…3

O Conselho de Segurança da ONU se reuniu ainda na tarde de domingo para discutir as implicações dos ataques  americanos ao Irã, que pediu a reunião. Rússia e China condenaram os ataques, enquanto os Estados Unidos não deram sinais de que apoiarão um pedido de cessar-fogo. O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que o ataque às instalações iranianas “marca uma escalada perigosa em uma região que já está afetada com o conflito e a instabilidade”. Enquanto isso, o ministro do exterior do Irã, Abbas Araghchi, chegou hoje a Moscou para articular o apoio russo a um cessar-fogo. (Washington Post)

Vem aí a terceira…4

Em seu primeiro comunicado desde o ataque americano, o aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, direcionou suas ameaças a Israel. “O inimigo sionista cometeu um grave erro e um grande crime. Ele merece ser punido e será punido”, publicou em sua conta no X. (Guardian)

Vem aí a terceira…5

O Irã retaliou disparando uma salva de  mísseis balísticos contra Israel. As forças de defesa israelenses conseguiram interceptar alguns dos mísseis, mas não foram capazes de parar todos os disparos, reforçando a tese de que o Domo de Ferro pode estar ficando sem munição. Em Teerã, o parlamento iraniano defendeu que o país feche o Estreito de Ormuz, por onde passam diariamente 20 milhões de barris de petróleo, em represália aos ataques sofridos na noite de sábado. Os líderes iranianos voltaram a ameaçar não só Israel, mas também alvos e cidadãos americanos na região e até dentro dos EUA e disseram que continuarão a enriquecer urânio. (Haaretz)

Brasil condenou 

O Brasil condenou os ataques americanos ao Irã por meio de uma nota divulgada pelo Itamaraty. No comunicado, o Ministério das Relações Exteriores classificou o bombardeio como uma violação da soberania iraniana e do direito internacional. Segundo o Itamaraty, “ações armadas contra instalações nucleares representam uma grave ameaça à vida e à saúde de populações civis.” O ex-chanceler Celso Amorim, hoje conselheiro para assuntos internacionais do presidente Lula, disse temer que a escalada da violência no Oriente Médio saia de controle. “Eu nunca vi um momento tão tenso como este.” (UOL)

Transparência Internacional

O mais recente Índice de Democracia Ambiental (IDA), publicado pelo Instituto Centro de Vida (ICV) em parceria com a Transparência Internacional – Brasil, revela que Rondônia está entre os piores estados do Brasil no que se refere à proteção de defensores ambientais, à participação da sociedade civil e à transparência ambiental. Com apenas 32,1 pontos de um total de 100, Rondônia ocupa uma das últimas colocações entre os nove estados da Amazônia Legal por ser alvo de um desmonte institucional e desrespeito sistemático aos direitos fundamentais e fragilidade absoluta das políticas públicas socioambientais.

Transparência Internacional 2

Na dimensão de acesso à informação, os dados ambientais são escassos, desatualizados ou de difícil acesso ao público. A ausência de plataformas públicas eficazes compromete a fiscalização social e esvazia o direito à informação previsto na Constituição Federal e na Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527/2011).

Estranho no ninho

Também pudera. O secretário da Sedam, Marco Antônio Lagos, não é do meio. Ele é policial penal e perito criminal. Ele se contorce tadinho quando o assunto é proteção ambiental. Cura a fobia ao meio ambiente se lambuzando de churrasco: “Rondônia é do agronegócio”, faz questão de destacar. Em um vídeo o secretário do Meio Ambiente de Rondônia disse que reservas ambientais não são bem-vindas. “O governador (Marcos Rocha) já disse. Rondônia é do agronegócio”. E ponto final. A foto é do Instagram do secretário. É de uma costela prime, cujo kg é 55 reais.

Mais uma pérola de Cassol

O ex-governador de Rondônia, Ivo Cassol (PP), adora passar vergonha. Na pandemia disse curar a Covid com maçarico de solda. Agora, prá justificar a continuidade dos contratos de suas PCHS com o governo Lula, ele disparou: “Energia solar só funciona de dia e energia eólica só funciona quando há vento”. Em parte, está certo. As placas solares captam energia só de dia, claro. Quanto à energia eólica, qual o lugar no planeta Terra que não venta? Cassol aplaudiu os deputados e senadores que votaram prá derrubar os vetos de Lula.

Derrubada de veto de Lula

A derrubada de um veto do presidente Lula no Congresso pode custar aos consumidores brasileiros impressionantes R$ 525 bilhões na conta de luz até 2040, segundo cálculos do governo. Os senadores Marcos Rogério e Jaime Bagatolli, ambos do PL, disseram que não. Não haverá aumento com os contratos das PCHs, como as de Ivo Cassol que custam milhões por mês aos cofres públicos. Tentando enganar o eleitor dele, Bagatolli disse que não votou pra aumentar o preço da energia. “Votei prá manter os subsídios das pequenas hidrelétricas”. Confessou! Todos os deputados de Rondônia votaram SIM para aumentar a conta de luz dos pobres.

Tapa na cara do povo

O futuro deputado federal Rafael o Fera (Podemos), se já estivesse na Câmara Federal, seria o único a votar a favor dos vetos de Lula. Ele manifestou publicamente sua indignação após a decisão do Congresso Nacional que pode resultar no aumento das tarifas de energia elétrica no país. Em vídeo divulgado nas redes sociais, o parlamentar criticou duramente a votação que levou à quebra do veto, classificada por ele como “um tapa na cara do povo brasileiro”.

Tapa na cara do povo 2

Diplomado recentemente pelo Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia (TRE-RO), Rafael Fera aguarda apenas a posse para assumir sua cadeira na Câmara dos Deputados, mas já se apresenta como voz ativa contra medidas que, segundo ele, penalizam o povo brasileiro — especialmente os moradores de Rondônia, estado que abriga grandes hidrelétricas como Santo Antônio e Jirau, mas que ainda assim paga uma das tarifas mais altas do país.

Federação MDB, Republicanos e PSDB
Após se livrar de uma saia justa com o Podemos, o ex-prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB), está prestes a entrar em outra saia justa. O PSDB poderá constituir federação com o MDB e Republicanos! Durma-se com um barulho desses.

Pior capital

E Porto Velho continua sendo a pior capital do país, segundo dados divulgados em maio deste ano, pelo IPS, Índice de Progresso Social. Para reverter esse índice para uma posição aceitável, o prefeito de Porto Velho, Léo Moraes (Podemos), vai ter que suar muita a camisa e gastar muita sola de sapato. Realmente ele encontrou uma cidade totalmente destruída. Em seis meses de mandato ele tem feito o possível. São tantos problemas que vai precisar de mais de 10 anos prá resolver. Veja aqui os resultados do IPS

Breakfast

Por hoje é só. Este é o breakfast, o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção com os temas de destaque da política em Rondônia e do Brasil.

(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político
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