Por Roberto Kuppê (*)
Edson Silveira certeiro
O pré-candidato à deputado federal Edson Silveira (PT-RO), assinou um artigo em cima do pronunciamento do presidente Lula ao lançar a isenção de impostos para quem ganha até 5 mil reais. Silveira fez um paralelo com a situação econômica de Rondônia. Que não é essa maravilha cantada em prosa e verso pelo governador Marcos Rocha (União Brasil). Vejam a seguir em tópicos:
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Esse número não caiu do céu. Ele mostra, com brutal honestidade, o fracasso de um modelo econômico que concentra riqueza nas mãos de poucos enquanto a maioria luta para sobreviver com salários baixos, serviços públicos frágeis e pouco retorno social.Edson Silveira certeiro 4
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Fracassou espetacularmente
O Financial Times, em publicação na segunda-feira (1º/12), avaliou que a ofensiva internacional conduzida por Eduardo Bolsonaro para tentar impedir a prisão do pai, Jair Bolsonaro (PL), “fracassou espetacularmente” e acabou aprofundando a crise que atinge o clã. A reportagem descreve um movimento político em desintegração, com o ex-presidente preso, a família dividida e a direita brasileira em busca de um novo líder para 2026.
Fracassou espetacularmente 2
Segundo o jornal britânico, Eduardo atuou nos Estados Unidos para convencer o governo Donald Trump a pressionar o Judiciário brasileiro. O gesto, porém, “saiu espetacularmente pela culatra”: tarifas de 50% sobre produtos brasileiros irritaram empresários, desgastaram Brasília e não produziram qualquer recuo do Supremo Tribunal Federal (STF).
Fracassou espetacularmente 3
Ainda segundo o jornal, a tentativa do deputado — hoje em “autoexílio nos EUA” e sob risco de responder por obstrução de Justiça se voltar ao Brasil — expôs a perda de rumo do bolsonarismo. “Os erros da família Bolsonaro levaram a uma destruição significativa do valor da marca política”, afirmou uma fonte do mercado financeiro brasileiro. “A família enlouqueceu e o que Eduardo fez é absolutamente repreensível.” A publicação descreve Jair Bolsonaro como “solitário e abatido” no momento da prisão, em 22 de novembro. As informações são do Metropoles.
Era só o que faltava
Os irmãos Bolsonaro estão com o discurso afinado. Na cara de pau estão espalhando que o pai está sendo perseguido e está muito doente. O “doente” que vive articulando politicamente indicando quem será candidato pelos quatro cantos do país. Ou Bolsonaro está doente ou está bem e fazendo política.
Família rachadinha
O ex-presidente Jair Bolsonaro mal se acostumou com a cela onde vai cumprir parte da pena de mais de 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado e já assiste a uma guerra familiar pela disputa de seu papel de liderança na direita brasileira. A tensão no núcleo mais íntimo dos Bolsonaro explodiu nesta segunda-feira após uma declaração de Michelle Bolsonaro em um comício em Fortaleza. A ex-primeira-dama criticou publicamente a aliança firmada pelo PL do Ceará com Ciro Gomes, afirmando que o acordo foi “precipitado” e insinuou deslealdade da legenda ao marido. A intervenção inesperada irritou os filhos do ex-presidente. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) reagiu primeiro e afirmou que Michelle “atropelou” Bolsonaro ao desautorizar um movimento que, segundo ele, havia sido previamente avalizado pelo ex-presidente. Carlos Bolsonaro endossou o irmão e afirmou que é preciso “respeitar a liderança” do pai. Jair Renan também compartilhou as críticas. Mais tarde, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos EUA, classificou a fala da madrasta como “injusta e desrespeitosa”. (g1)
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Os ataques contra Michelle pelos irmãos Bolsonaro aconteceram no X, a plataforma usada por eles para criticar, defender, elogiar ou enviar recados a aliados ou inimigos. Flávio, Eduardo e Carlos Bolsonaro fizeram posts atacando a madrasta. O caçula, Jair Renan, tratou de reproduzir as críticas. (Folha)
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A atuação de Michelle tem incomodado não só a família. Lideranças do Centrão têm manifestado incômodo com a atuação dela na articulação de palanques estaduais para 2026. Com Bolsonaro impedido de atuar politicamente, dirigentes de partidos de direita avaliam que Michelle tenta assumir protagonismo nas negociações eleitorais. Ela comanda hoje o PL Mulher, estrutura que ampliou sua influência interna na sigla. Mesmo aliados do bolsonarismo admitem, nos bastidores, desconforto com a intervenção da ex-primeira-dama. Líderes do centro e da direita afirmam não querer que integrantes da família Bolsonaro ditem alianças locais, consideradas cruciais para a formação de palanques competitivos em 2026. (g1)
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O conflito entre os filhos do ex-presidente e a madrasta é antigo, dos tempos em que a família estava no poder. Mas desta vez o estopim da crise familiar ocorreu na terça-feira passada, quando Michelle Bolsonaro fez uma piada durante reunião do PL que desagradou aos filhos do ex-presidente. Diante de dirigentes da sigla, a ex-primeira-dama contou que havia preparado milho cozido para o marido e revelou o apelido íntimo com que o chama: “meu galo”. Na sequência, fez uma brincadeira afirmando que Bolsonaro precisava mostrar que continuava “imbrochável”, referência às medalhas dos “3 is” distribuídas por ele a aliados. A fala foi interpretada por integrantes da família como exposição indevida do ex-presidente. (Globo)
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“A família Bolsonaro vem se esmerando em destruir-se publicamente, com intrigas e acusações em tom elevado que transformam a privacidade em ação política, para o bem e para o mal”. (Merval Pereira-Globo)
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“Michelle não tem autonomia nem mais a força do marido, preso e inelegível, para sair por aí desautorizando as articulações estaduais do PL”. (Eliane Cantanhêde-Estadão)
Alzheimer
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou que a Polícia Federal realize, em até 15 dias, uma perícia médica completa no general Augusto Heleno, condenado a 21 anos de prisão pela tentativa de golpe de Estado. A medida ocorre após a defesa afirmar que o ex-ministro do GSI foi diagnosticado recentemente com Alzheimer, versão que passou por correções ao longo da última semana. No despacho, Moraes ordena avaliação clínica, neurológica e neuropsicológica, com histórico médico, exames laboratoriais e, se necessário, ressonância magnética ou PET, a fim de verificar o real estado cognitivo e funcional do militar. Heleno está preso no Comando Militar do Planalto. (CNN Brasil)
Messias
Para vencer a resistência no Senado à indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), seus aliados querem lançar mão da religião. A ideia é levar uma comitiva de pastores para pressionar os senadores em favor de Messias, que é evangélico. A avaliação, porém, é que as chances de aprovação dele na sabatina, marcada para o dia 10, dependem de um acordo entre o presidente Lula e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que queria a vaga para seu antecessor e aliado Rodrigo Pacheco (PSD-MG). (Folha)
Meta fiscal de 2026
O governo Lula deverá flexibilizar a meta fiscal das estatais em 2026 para acomodar os custos da reestruturação dos Correios, evitando que o impacto das despesas pressione outras áreas do Orçamento em pleno ano eleitoral. A mudança é considerada necessária porque o plano de recuperação da estatal, que inclui um empréstimo de R$ 20 bilhões para financiar PDV, regularização de fornecedores e quitação de dívidas, aumentará de forma expressiva o déficit primário das empresas públicas no próximo ano. Como as receitas do empréstimo não entram no cálculo da meta fiscal, mas seus gastos contam como despesa primária, o desequilíbrio seria inevitável sem o afrouxamento das regras. Em 2025, o governo já precisou conter R$ 3 bilhões em despesas para compensar o rombo maior das estatais, movimento que a equipe econômica quer evitar repetir às vésperas de 2026. (Folha)
O ultimato contra Nicolas Maduro
O presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, ignorou o suposto ultimato que teria recebido de Donald Trump durante telefonema no último dia 21 para que renunciasse e deixasse o país, informou a agência Reuters. Segundo fontes, o venezuelano teria exigido, além de anistia para ele e sua família, o fim das sanções econômicas a seus país e dos processos a que responde em cortes internacionais, o que foi rejeitado pelos EUA. Trump fez na segunda-feira uma reunião com seus principais assessores no Salão Oval para discutir os próximos passos de sua campanha para derrubar Maduro. (g1)
Sem autoescolas
O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) aprovou a maior mudança já feita no modelo de formação de condutores no país, ao extinguir a obrigatoriedade de aulas em autoescolas e flexibilizar todo o processo para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A resolução abre espaço para que candidatos estudem por conta própria, usem veículos particulares e contratem instrutores autônomos credenciados. A proposta busca reduzir custos e burocracia, principais barreiras para cerca de 20 milhões de brasileiros que dirigem sem habilitação. Na etapa prática, a exigência mínima cai de 20 para 2 horas de aula, cabendo ao candidato definir quanto precisa treinar. Instrutores autônomos passam a poder atuar de forma independente e dar aulas no carro do próprio aluno. O processo de habilitação também deixa de expirar após 12 meses, eliminando a perda de valores pagos quando o prazo era ultrapassado. (Quatro Rodas)
Rage bait
A Oxford University Press escolheu “rage bait” (isca da raiva, em tradução livre) como a palavra do ano. A expressão descreve a estratégia de conteúdos online em provocar indignação e ódio para forçar engajamento nas redes e segundo a própria editora do dicionário, seu uso triplicou em 12 meses. O termo venceu “aura farming” e “biohack”. Segundo a Oxford, o “rage bait” é uma evolução do clickbait, que se antes chamava atenção pela curiosidade, agora o faz pelo choque, irritação ou ofensa. A editora diz que a popularização do termo mostra maior consciência pública sobre táticas de manipulação online. (BBC)
Oscar 2026
Além do diretor Kleber Mendonça Filho, do ator Wagner Moura e da documentarista Petra Costa, o Brasil pode ter outro representante no Oscar 2026. Agora, Adolpho Veloso, diretor de fotografia, entrou no radar de Hollywood e hoje é apontado como um dos nomes fortes para disputar uma indicação por seu trabalho em Sonhos de Trem, drama da Netflix, dirigido por Clint Bentley. Dez anos depois de estrear com um longa experimental rodado nas ruas de São Paulo, Veloso virou aposta de críticos ao repetir com Bentley a parceria iniciada em Jockey e entregar uma fotografia feita só com luz natural e câmera na mão. O trabalho chamou atenção a ponto de o levar ao seu primeiro blockbuster, com o filme Remain, de M. Night Shyamalan, previsto para o ano que vem. (Folha)
Janis Joplin
Em fevereiro de 2026, a cantora Janis Joplin vai ganhar uma exposição inédita no Brasil, no Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo. A homenagem contará com mais de 300 peças originais trazidas do acervo da família em Los Angeles, entre figurinos, manuscritos e fotos que ajudam a recompor a trajetória de uma das vozes mais marcantes do rock, lembrada também por sua passagem intensa pelo Brasil no carnaval de 1970. A mostra nasce de uma articulação com os herdeiros e tem curadoria de André Sturm, que diz ter se encantado com o material. (Estadão)
Netflix
A Netflix desativou o recurso que permitia transmitir séries e filmes do celular para a TV, exceto em aparelhos mais antigos compatíveis com o Chromecast ou Google Cast, e ainda assim apenas para assinantes dos planos sem anúncios. A mudança, percebida por usuários desde 10 de novembro, retira o ícone de transmissão das versões atualizadas do aplicativo e orienta o público a navegar diretamente pela TV usando o controle remoto. A empresa não explicou o motivo da decisão, que lembra a remoção do suporte ao AirPlay em 2019, e foi posteriormente alegada a necessidade de manter o padrão de qualidade. (Android Authority e The Verge)
Breakfast
Por hoje é só. Este é o breakfast, o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção com os temas de destaque da política em Rondônia e do Brasil.
(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político, com informações do Canal Meio
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