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Porto Velho
sexta-feira, setembro 26, 2025

Coluna Zona Franca

Roberto Kuppê (*)

111 anos

O prefeito de Porto Velho, Léo Moraes (Podemos), está preparando uma grande festa para comemorar os 111 anos do município. Além dos artistas, jogos e pescarias, Léo Moraes traz de volta, totalmente restaurada, a Locomotiva nº 18, conhecida como Barão do Rio Branco, que vai fazer passeios turísticos. O prefeito disse que a festa deste ano foi pensada de forma agregadora, inclusiva e diversa, valorizando a história da capital e oferecendo atrações para todos os públicos.

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O prefeito não escondeu a emoção ao falar sobre o retorno da locomotiva. “A alegria, satisfação, prazer. É uma emoção muito grande. Tive a oportunidade de percorrer esses trilhos, de passear na nossa Maria Fumaça, na minha época de infância. A gente ia até a Igreja de Santo Antônio. Do jeito que me marcou essa memória afetiva, marcou milhares de pessoas. E poder fazer parte junto com esse time pra retomar a nossa Maria Fumaça realmente é impagável.”

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Se o prefeito que é mais novo se emociona, imagina este articulista que viajou de Guajara-Mirim para Porto Velho, no final da década de 60, à bordo da Maria Fumaça. Ainda lembra do café da manhã servido (pão doce, café e leite), ao sabor da fumaça com faísca da máquina movida à lenha. E, para se ter uma ideia dessa viagem, a coluna achou essa preciosidade no YouTube, o documentário francês de uma jornada inesquecível de Porto Velho a Guajará-mirim, em Rondônia, a bordo do histórico trem da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, passando por paisagens lindas e mostrando os cidadãos em uma incrível viagem de trem. Ano 1965.

Eleições 2026

Ontem a coluna falou dos pré-candidatos à deputado federal. Hoje a coluna destaca alguns pré-candidatos à deputado estadual. A pouco mais de um ano para as eleições, a disputa pelas 24 vagas à Assembleia Legislativa de Rondônia está completamente aberta. E há favoritos. Everaldo Fogaça (PSD), Ramon Cujui (PT), Paulo Moraes Jr (Podemos), Thiago Tezzari (PSDB), Israel Trindade (PT), Airton Gurgacz (PDT), dentre outros. O destaque é para o Fogaça que tem aparecido em todas as pesquisas desde o ano passado. Está no quarto mandato como vereador em Porto Velho.

Granada nos pés

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia, em Brasília-DF - 25/08/2025As manobras no Parlamento para tentar blindar deputados e senadores de investigações e, de alguma forma, anistiar o ex-presidente Jair Bolsonaro estão fortalecendo a aprovação popular do governo do presidente Lula. Neste mês de setembro, o governo teve a aprovação de 50% dos brasileiros, de acordo com levantamento do instituto Pulso Brasil/Ipespe divulgado nesta quinta-feira. O índice ultrapassa, pela primeira vez no ano, a desaprovação, que caiu para 48%. A pesquisa ouviu 2.500 pessoas entre 19 e 22 de setembro, com margem de erro de dois pontos percentuais, e foi capaz de captar os impactos da aprovação, na Câmara, da PEC da Blindagem e da aprovação da urgência do PL da Anistia. Em julho, a rejeição ao governo era maioria, com 51%. O estudo ainda não captou a repercussão da troca de afagos entre Lula e Donald Trump na Assembleia Geral da ONU. Enquanto o Planalto ganhou fôlego, o Congresso saiu arranhado: sete em cada dez brasileiros desaprovam a atuação da Câmara. O Senado, por sua vez, manteve índices relativamente estáveis: 26% de aprovação e 59% de reprovação. (Valor)

Reunião de Lula e Trump

Antes do encontro histórico na Assembleia-Geral da ONU, no dia 23 de setembro, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump já tinham suas equipes em contato. Segundo revelou o Estadão, diplomatas e ministros dos dois países conduziram reuniões secretas para pavimentar a aproximação entre Brasil e Estados Unidos, contrariando a narrativa oficial de um encontro “de surpresa”.

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De acordo com a apuração, a operação diplomática envolveu diretamente o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Em 11 de setembro, Alckmin conversou por videoconferência com Jamieson Greer, representante comercial dos EUA. Poucos dias depois, Vieira recebeu no Rio de Janeiro Richard Grenell, enviado especial da Casa Branca, em encontro sem registros oficiais.

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As negociações, realizadas em sigilo absoluto, sofreram tentativas de sabotagem de grupos bolsonaristas nos EUA, liderados pelo deputado Eduardo Bolsonaro em articulação com o movimento MAGA. Apesar da pressão, ambos os governos mantiveram a linha de diálogo, conscientes de que a condenação de Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal, a 27 anos de prisão, havia mudado o cenário político.

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Na sede da ONU, Trump chegou mais cedo e acompanhou o discurso de Lula em defesa da soberania nacional. Minutos depois, os dois se cruzaram em uma sala reservada e trocaram cumprimentos. “Encontrei Lula e nos abraçamos. Eu gostei dele, e ele gostou de mim. Vamos nos encontrar na semana que vem”, declarou Trump após o encontro, em tom cordial, ainda que tenha reiterado críticas à condenação de Bolsonaro.

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Apesar das promessas de um encontro na próxima semana, até agora as equipes diplomáticas de Brasil e Estados Unidos ainda não definiram uma data ou mesmo a pauta de uma conversa entre Lula e Trump. A expectativa era de que a chancelaria dos dois países iniciasse tratativas imediatamente após o encontro cordial entre os dois presidentes, mas até esta quinta-feira não houve qualquer contato. Apesar do otimismo no Planalto, o Itamaraty tem recomendado cautela e lembrado que Trump é imprevisível e que o gesto de aproximação não pode ser aceito “pelo valor de face”. A expectativa dos diplomatas brasileiros é de que as tratativas comecem a andar o mais rápido possível, para que a conversa ocorra, de fato, na próxima semana. (g1)

Encontros-Marcelo Martinez

 

Deu no que deu

Pode ser uma imagem de ‎2 pessoas e ‎texto que diz "‎LILIE Mônica Berga... @monicabergamo Bolsonaro pede que Eduardo feche a boca para não prejudicá-lo, mas filho intensifica ataques: 4 @dilulas ل J@dilula6 "VTNC SEU INGRATO DO CARALHO! Me fudendo aqui! Vc ainda te ajuda a se fuder لهى‎"‎‎Logo no primeiro dia em que Trump anunciou a taxação sobre o Brasil, a mando de Eduardo Bolsonaro, esta coluna sacramentou: Trump (Bolsonaro) acaba de reeleger Lula no primeiro turno. A coluna também prevê a “expulsão” de Eduardo Bolsonaro dos Estados Unidos. Pois bem. Lula, graças à Trump, recuperou a popularidade e caminha prá reeleição. E Eduardo Bolsonaro está vivendo a pior fase da vida dele, desacreditado, fora do Brasil sem poder voltar e, sendo calado pelo pai, que só se prejudicou com essa traição à Pátria. Chega a dar pena ver o filho de Bolsonaro insistindo em sanções contra o Brasil, mesmo com Trump se declarando apaixonado por Lula.

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Eduardo Bolsonaro decidiu dobrar a aposta. Em um encontro em Miami com o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), o deputado afirmou que sua atuação para que o governo de Donald Trump aplique sanções contra o Brasil e autoridades brasileiras só vai aumentar caso o Congresso aprove um projeto que não conceda anistia absoluta ao seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro. Eduardo estava acompanhado do blogueiro Paulo Figueiredo, seu parceiro na articulação junto a autoridades americanas. (Globo)

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No Congresso, líderes do Centrão demonstram irritação com Eduardo Bolsonaro e avaliam que o deputado pode implodir o acordo em construção para reduzir as penas dos condenados pelos atos golpistas. No X, o filho 03 de Bolsonaro disse estar disposto a ir às últimas consequências para garantir a anistia ao pai. “Será vitória ou vingança, mas não haverá submissão”, escreveu. (g1)

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O Centrão não é o único irritado. Segundo Malu Gaspar, Jair Bolsonaro, que está em prisão domiciliar, tem pedido a interlocutores que o visitam para convencerem Eduardo a baixar o tom da beligerância. Seu maior temor é que a troca de farpas entre o filho e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, faça o partido afrouxar o empenho pela anistia e inviabilize a inclusão de um nome da família na chapa presidencial para o ano que vem. (Globo)

Não vai, não

Pode ser uma imagem de 1 pessoa, chapéu e texto que diz "MAKE ΑΝΖΔΗΟ GREAT AGAIN AMERICA"A coluna já havia previsto há semanas que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), não deixaria uma reeleição certa para uma aventura rumo ao Palácio do Planalto. Ele é bolsonarista mas não é bobo. Em condições normais, ninguém vence Lula. Se o presidente estiver bem de saúde, será candidato e será reeleito.

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Tarcísio de Freitas tem dito em conversas reservadas que não pretende disputar a Presidência da República em 2026. Segundo interlocutores, ele demonstra forte convicção de que ficará fora da corrida presidencial diante de um cenário de fragmentação da direita. A avaliação de Tarcísio é que a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) na articulação das sanções aplicadas pelos Estados Unidos ao Brasil contribuiu para dividir ainda mais o campo conservador. Ele tem atribuído a essa movimentação a recuperação da aprovação do presidente Lula, que até junho enfrentava desgaste e queda de popularidade.

Câmara desiste de votar anistia

O futuro do projeto de lei da anistia, que busca reduzir as penas de condenados por atos golpistas, parece estar subindo no telhado. O relator da proposta, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), reconheceu que a votação, antes prevista para a próxima terça-feira, dificilmente ocorrerá. Desde que a Comissão de Constituição e Justiça do Senado rejeitou a PEC da Blindagem e a proposta foi arquivada de vez pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), os esforços de Paulinho em buscar consenso no Parlamento não têm tido muito sucesso. A indefinição cresceu ainda mais depois do cancelamento de uma reunião marcada com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e Alcolumbre. Oficialmente, a ausência foi justificada por um compromisso de Alcolumbre com o ministro do Supremo Luís Roberto Barroso. Nos bastidores, porém, está claro que o clima entre os dois presidentes azedou de vez depois que a PEC da Blindagem, aprovada com folga na Câmara na semana anterior, foi sumariamente enterrada no Senado. Paulinho, por sua vez, tenta recompor apoio. Ele prevê encontros com PSD e PCdoB e negocia com o Senado para aproximar o texto do entendimento do Supremo. Mesmo assim, a proposta, apresentada como uma “anistia restrita”, segue sem base consolidada e enfrenta resistências para avançar no Congresso. (CNN Brasil)

Alcolumbre X Hugo Motta 

Apesar de ter se sentido traído por Alcolumbre e visto seu poder ser ainda mais enfraquecido como presidente da Câmara, Hugo Motta tratou de minimizar a derrota que amargou nesta semana com o arquivamento da PEC da Blindagem no Senado. Publicamente, o deputado paraibano disse respeitar o presidente do Senado e afirmou ser normal que as duas casas discordem em algumas pautas. “Bola pra frente. A Câmara cumpriu seu papel, aprovou a PEC, e o Senado entendeu que ela não deveria seguir. Vivemos em um sistema bicameral, e cabe respeitar a decisão”, disse Motta. Segundo o presidente da Câmara, ainda não há clima definido para a votação. “Preciso de mais tempo para entender o sentimento da Casa. O relator não conversou com todos os partidos, e eu também não dialoguei com todos os líderes”, afirmou. (g1)

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Hugo Motta, no entanto, disse que o impasse em torno do projeto de anistia, também conhecido como o PL da Dosimetria, não terá impacto sobre a votação da reforma do Imposto de Renda, prevista para a próxima quarta-feira. A proposta amplia a faixa de isenção para quem recebe até R$ 5 mil mensais e é uma das prioridades do governo neste semestre. A hipótese de ligação entre os dois temas surgiu após declarações de Paulinho da Força, que, após reunião com a bancada do PT, sugeriu que a análise do projeto de anistia poderia influenciar o calendário da reforma do IR. Motta refutou a leitura: “Garanto a pauta do IR para quarta-feira. Não há vinculação dessa pauta com nenhuma outra. A matéria está madura”, disse. (Valor)

TikTok nos Estados Unidos

O presidente Donald Trump assinou nesta quinta-feira uma ordem executiva que aprova um acordo para manter o TikTok nos Estados Unidos, em uma transação avaliada em US$ 14 bilhões, segundo o vice-presidente JD Vance. Os termos, que ainda precisam ser aprovados pela China, incluem uma nova joint venture, que supervisionará os negócios do TikTok nos EUA, com a ByteDance mantendo menos de 20% de participação. Oracle, Silver Lake e o fundo de investimento MGX, sediado em Abu Dhabi, serão os principais investidores, controlando uma participação de aproximadamente 45% da companhia. Trump afirma que o presidente chinês, Xi Jinping, deu sinal verde para o acordo. (CNBC)

Breakfast

Por hoje é só. Este é o breakfast, o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção com os temas de destaque da política em Rondônia e do Brasil.

(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político,  com informações do Canal Meio

O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Mais RO não tem responsabilidade legal pela opinião, que é exclusiva do autor.

Informações para a coluna:  [email protected]

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