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segunda-feira, setembro 8, 2025

Rondônia possui menos de dois médicos para cada mil habitantes, aponta pesquisa

Com 1,7 milhão de habitantes, Rondônia tem 3.160 médicos, o que dá uma razão de 1,78 profissionais por mil habitantes, segunda maior proporção da região Norte, segundo dados da Demografia Médica de 2020, divulgados pelo Conselho Regional de Medicina de Rondônia (Cremero).

Conforme confirmado pela Demografia Médica 2020, não faltam médicos no Brasil, mas sim uma melhor distribuição desses profissionais pelos Estados brasileiros.

Apesar de ser um Estado de grande potencial econômico, Rondônia confirma esse número por não conseguir atrair profissionais e nem fixar os que aqui se formam, pauta de preocupação constante discutida pelo Cremero.

“Essa desigualdade na distribuição dificulta o acesso da população aos cuidados em saúde de qualidade. Apostamos nas ações do Estado e municípios através de seus gestores, para que por meio de políticas que promovam condições de trabalho e remuneração adequada, possam conquistar a vinda e permanência dos médicos e outros profissionais nestas áreas”, reforçou o presidente do Cremero, Dr. Robinson Machado.

As regiões Norte (1,30) e Nordeste (1,69) apresentam uma média menor do que o índice nacional de 2,94 médicos por mil habitantes.

Pela primeira vez na série histórica, nenhum Estado apresentou razão menor do que um (1) médico por mil habitantes.

No Norte, que tem uma taxa 43% menor do que a média nacional, a maior proporção de médicos é encontrada no Tocantins, com média de 2,01. A menor aparece no Pará (1,07).

“O médico precisa ter segurança financeira e de infraestrutura, além de uma rede de referência e contrarreferência. Sem essas condições, é quase impossível fixar qualquer profissional em alguns locais”, argumentou Dr. Mauro Ribeiro, presidente do CFM.

Iniciativa privada x pública

Além das desigualdades regionais, a Demografia Médica também mostra que há uma concentração de médicos na iniciativa privada, que geralmente oferece melhores condições de trabalho. De acordo com o estudo da USP, 50,2% dos médicos atuam na iniciativa privada e no serviço público, 28,3% trabalham apenas na iniciativa privada, seja por meio dos planos de saúde, ou em consultórios particulares, e 21,5% atendem apenas no serviço. Com isso, a força de trabalho na iniciativa privada é de 78,5% e, no serviço público, 71,7%.

Fonte: Mais RO

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