Fator PSDB
O PSDB, além do MDB, claro, é peça fundamental na eleição de Lula. A ida de Geraldo Alckmin para o PSB, para ser vice de Lula, atenua o momento em que o PSDB, alavancando pelo voto de FHC, prefere o petista à Bolsonaro. Mas, no entanto, não se espera e nem se quer, a adesão de Aécio Neves. Os maiores economistas, pai do Real e defensores da boa economia, estão com Lula. Metade do MDB está com Lula. O novo “frentão”, necessário, pode dar tranquilidade à eleição de Lula em 30 de outubro.
O tucano traidor
O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), candidato derrotado à reeleição, hipotecou apoio “incondicional” ao presidente Jair Bolsonaro, após calcar toda a sua propaganda eleitoral no primeiro turno dizendo que não era “nem de esquerda e nem de direita”. Na hora agá do segundo turno, não resistiu à ideia de um eventual cargo ministerial e anunciou na última terça a sua adesão ao presidente. O efeito de seu gesto sobre os quase 4,3 milhões de eleitores é uma incógnita. Tem eleitor paulista que votou no governador e em Lula. Esse eleitor se sente traído.
Nordeste
O titular desta coluna está no Nordeste. É impressionante o quanto o eleitor nordestino está certo, convicto e irredutível no voto à Lula. Nada, absolutamente nada muda o voto. Pode chover fake news, mas os nordestinos estão vacinados. Chegou forte nesta região as questão de Bolsonaro na maçonaria e as falas preconceituosas dele sobre os nordestinos que votaram em Lula. Ao contrário do que Bolsonaro falou, o nordestino é inteligente sim, tanto que a maior parte recebeu o Auxílio Brasil turbinado, mas votou em peso em Lula.
PSD com Lula
O PSD (de Gilberto Kassab e do Rodrigo Pacheco, presidente do Senado), também aderiu à Lula. Ontem, o prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, em nome do PSD, declarou total apoio à Lula. Em Rondônia o partido tem a direção do deputado federal não reeleito, Expedito Netto.
Mais do mesmo
Em Rondônia, as eleições estão reduzidas a dois Marcos, dois bolsonaristas. O eleitor, claro, de maioria bolsonarista, está tranquilo sobre seus votos em 30 de outubro. Mas, aos eleitores de esquerda, restará a anulação do voto, abstenção ou escolher o menos pior. A preferência tem sido pela continuidade do atual governador Marcos Rocha (União Brasil).
Algo no ar
Parece que o presidente Bolsonaro prefere o senador Marcos Rogério (PL), no Senado, num eventual segundo mandato. Nos encontros dos eleitos com o presidente em Brasília, somente o governador Marcos Rocha (União Brasil), recebeu afagos e o pedido de votos para ele. Marcos Rocha enfatizou o apoio recebido do presidente nos quatro anos de mandato. Saiu feliz do encontro. Nem o “apelo” da nova extremista de direita Silvia Cristina (PL-RO), pedindo votos para Marcos Rogério comoveu o presidente. Diante disso, na campanha de Rogério o clima não está bom. A desconfiança da falta de apoio de Bolsonaro pode influenciar na verba do PL à campanha de Marcos Rogério. Sem dinheiro, campanha nenhuma avança.
Rei dos precatórios
Se, por um acaso o senador Marcos Rogério se eleger governador, quem assumirá por quatro anos será o advogado e empresário bem sucedido, Samuel Pereira Araújo, goiano, 65 anos. Samuel Araújo é conhecido por comprar precatórios com deságio, para depois recebe-los. Ficou mega milionário e foi um dos doadores da campanha ao Senado de Marcos Rogério. Nas eleições de 2018, doou R$ 855.000,00 para Marcos Rogério. Já para estas eleições, para o governo, não doou nada.
Léo Moraes com Bolsonaro
Perguntaram à coluna para que lado vai o candidato derrotado ao governo de Rondônia, Léo Moraes (Podemos). Para presidente, ele nunca escondeu ser bolsonarista. Já para o governo de Rondônia, ainda não escolheu. Vai esperar sair as pesquisas para decidir?
Frente Democrática
Passadas as eleições, a Frente Democrática de Rondônia se desfez, saindo-se derrotada nestas eleições, tendo eleita apenas a deputada estadual Cláudia de Jesus (PT), filha do ex-candidato a vice-governador, Anselmo de Jesus. O que continua é a federação PT-PCdoB-PV.
Mais uma deputada
Segundo o jurista Ernandes Segismundo, o PT poderá eleger mais uma deputada. Trata-se da primeira suplente do partido, Léo Simão. Com os votos do Hermínio Coelho que não tinham sido computados na totalização dos votos e distribuição das vagas, o TRE vai retotalizar os votos nos próximos dias incluindo os 6.167 votos de Coelho e, com isso, eleger eventualmente Léo Simão, como a segunda deputada estadual. Com isso, deve “cair” o deputado eleito Nim Barroso (PSD).
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