
Uma jovem rondoniense desabafou nas redes sociais, que sofreu preconceito em Maringá (PR), segundo ela, por ser do estado de Rondônia, ou seja do Norte. Segundo Raquel Barbosa Becker, que é advogada, ele foi impedida de doar sangue por ser de Rondônia. Num outro post, porém, Raquel Barbosa Becker publicou que há sim restrições para doadores de sangue provenientes de regiões consideradas como áreas endêmicas dentro do prazo de doze meses (da chegada da pessoa ao Sul). “Hoje, pela primeira vez desde que cheguei a Maringá eu sofri preconceito por vir da minha terra querida que é Rondônia”, relata a advogada.
“Eu já passei por várias situações em minha vida em que sofri preconceito, com perguntas do tipo ‘e como é conviver com a onça?’, ou então, ‘tem índio pelado correndo na rua?’, mas, nunca me magoou tanto quanto hoje, em que a minha origem foi colocada como se eu fosse menos do que as pessoas que vivem e nasceram no Sul. Eu e minha irmã fomos até o hemocentro na tentativa de doar sangue, como inocentes acreditávamos que seríamos bem recebidas por estar fazendo este gesto solidário. Ao contrário do que esperávamos fomos classificadas como não doadoras, pasmem, porque morei em Rondônia. Eu indignada perguntei o porque desse fato ser um problema, e novamente, pasmem, justificou o médico: por causa da malária”, disse. “Fiquei chateada, porque eu sai de Rondônia, crendo que conheceria mais sobre o mundo, veria novidades, aprenderia novas coisas e descobri que de certa forma, eu conheço mais do mundo do que os próprios sulistas. E sei que Rondônia, Acre, e até mesmo o Amazonas, tem muito mais a oferecer do que malária, do que onça, do que índio, e de todo esse PRÉ-CONCEITO, que as pessoas tem, mas que a grande maioria não busca conhecer com exame crítico. Através de piadinhas que humoristas conhecidos formulam, histórias contadas da época da carochinha, contos e fabulas lidas nos livros infantis, as pessoas tem uma ideia de que o norte está atrasado. Estou realmente chateada, porque vim para o Sul em busca desta fábula que as pessoas contam lá no Norte, sobre o Sul onde tem qualidade de vida, uma melhor estrutura, pessoas cultas, e devo narrar que até o presente momento, tenho encontrado aqui a mesma coisa que encontro na minha cidade de origem, um governo corrupto, professores sofrendo opressão, alunos insatisfeitos com instituições, uma sociedade que tenta burlar a todo momento o sistema e pasmem, preconceito social. Nasci e morei 25 anos em Rondônia, nunca tive malária, nunca tive dengue, e era doadora ativa no hemocentro de Vilhena, uma cidade de aproximadamente 90.000 habitantes com apenas 37 anos”, disse Raquel.
Nova postagem
“Gostaria de agradecer a todos que curtiram, comentaram e compartilharam meu texto de ontem falando sobre preconceito.
Alguns profissionais da saúde gentilmente me esclareceram que na lei que regulamenta a doação de sangue, o candidato se torna inapto quando procedente de Municípios considerados como áreas endêmicas dentro do prazo de doze meses.
Assim, por este motivo não fui considerada apta a doação.
Porém, no estado de Rondônia, e consequentemente nos outros estados endêmicos, não se é aplicado o mesmo critério, porque lógico, não teríamos então doação de sangue.
Minha primeira questão do dia é “Porque meu sangue serve para salvar uma vida no norte, porém não serve para salvar uma vida no sul?”, pois diante da presente justificativa, tanto um enfermo quanto o outro, estão sujeitos as mesmas consequências da minha doação.
Devo dizer ainda que uma Lei não é porque exista que ela é boa, se fosse assim, não teríamos emendas, não teríamos alterações de leis, não teríamos revogações, e agora no presente momento, o Brasil não estaria adotando um novo código de processo civil.
Ainda, tratando sobre o mesmo assunto mas já olhando por outro aspecto, a tentativa da referida lei e conter um epidemia, logo, o Ministério da Saúde, encontrou como solução, que desta forma a doença fica em seu local de “origem”.
Não tenho nenhum mestrado em Malária, então não posso falar com conhecimento de causa, desejo profundamente apenas que o Governo pare de tratar o problema e comece a tratar a causa, o que tem feito com muita frequência ultimamente.
Pois pelas leituras nos noticiários percebo que epidemia de Malária acontece não só no norte.
De outra forma, a língua portuguesa é riquíssima, e quando falei em preconceito, deixei bem claro de qual estava me referindo, que aquele que é concebido sem exame crítico.
Ainda aproveitando o gancho da minha chateação, fiz uma critica sobre o tratamento que recebemos por virmos do norte, e percebo por meio dos comentários e compartilhamentos que não sou a única que tenho essa concepção de que somos tratados como menos que os outros por sermos do norte.
Devo dizer que minha intenção não é denegrir a cidade de Maringá que é linda, tão pouco as pessoas que aqui vivem que são muito simpáticas, minha critica, é sobre a forma de pensar, a forma como as pessoas concebem suas opiniões.
Um amigo me trouxe um conceito esses dias de Pão Pullman, que mesmo sendo saboroso, é o mesmo em todo lugar, vem dentro de uma embalagem igual a todas, e que não traz qualquer novidade, minha outra questão é “quanto nós estamos comprando de pão puma todos os dias?” ao invés de pegarmos uma receita, fazermos, mudarmos, alterarmos e vermos no que dá?
Essa metáfora é apenas para exemplificar que todos nós estamos aptos a formarmos nossa própria opinião sobre determinadas coisas, utilizando-se de exame critico, tendo por nossas próprias ideias uma opinião final.
Sei que pessoas críticas as vezes cansam, porque tem épocas em nossas vidas que queremos ser do tipo “zen”, que não queremos estar no meio de discussões, tão pouco, tomando partido de qualquer lado.
Mas discussões são necessárias para evoluirmos, e isso é importante não só como crescimento pessoal, mas também social.
Se o fato das discussões não fossem importantes, não haveria greve, não haveria reuniões, não haveria manifestações, tão pouco revoluções.
Ontem eu expressei minha opinião, li e ouvi a opinião de muitos outros, reavaliei minhas opiniões e cresci, hoje meu texto é questionar o quanto nos estamos dispostos a fazermos isso, ao invés de apenas ir no mercado comprar um Pão Pullman?
Assim, por este motivo não fui considerada apta a doação.
Porém, no estado de Rondônia, e consequentemente nos outros estados endêmicos, não se é aplicado o mesmo critério, porque lógico, não teríamos então doação de sangue.
Minha primeira questão do dia é “Porque meu sangue serve para salvar uma vida no norte, porém não serve para salvar uma vida no sul?”, pois diante da presente justificativa, tanto um enfermo quanto o outro, estão sujeitos as mesmas consequências da minha doação.
Devo dizer ainda que uma Lei não é porque exista que ela é boa, se fosse assim, não teríamos emendas, não teríamos alterações de leis, não teríamos revogações, e agora no presente momento, o Brasil não estaria adotando um novo código de processo civil.
Ainda, tratando sobre o mesmo assunto mas já olhando por outro aspecto, a tentativa da referida lei e conter um epidemia, logo, o Ministério da Saúde, encontrou como solução, que desta forma a doença fica em seu local de “origem”.
Não tenho nenhum mestrado em Malária, então não posso falar com conhecimento de causa, desejo profundamente apenas que o Governo pare de tratar o problema e comece a tratar a causa, o que tem feito com muita frequência ultimamente.
Pois pelas leituras nos noticiários percebo que epidemia de Malária acontece não só no norte.
De outra forma, a língua portuguesa é riquíssima, e quando falei em preconceito, deixei bem claro de qual estava me referindo, que aquele que é concebido sem exame crítico.
Ainda aproveitando o gancho da minha chateação, fiz uma critica sobre o tratamento que recebemos por virmos do norte, e percebo por meio dos comentários e compartilhamentos que não sou a única que tenho essa concepção de que somos tratados como menos que os outros por sermos do norte.
Devo dizer que minha intenção não é denegrir a cidade de Maringá que é linda, tão pouco as pessoas que aqui vivem que são muito simpáticas, minha critica, é sobre a forma de pensar, a forma como as pessoas concebem suas opiniões.
Um amigo me trouxe um conceito esses dias de Pão Pullman, que mesmo sendo saboroso, é o mesmo em todo lugar, vem dentro de uma embalagem igual a todas, e que não traz qualquer novidade, minha outra questão é “quanto nós estamos comprando de pão puma todos os dias?” ao invés de pegarmos uma receita, fazermos, mudarmos, alterarmos e vermos no que dá?
Essa metáfora é apenas para exemplificar que todos nós estamos aptos a formarmos nossa própria opinião sobre determinadas coisas, utilizando-se de exame critico, tendo por nossas próprias ideias uma opinião final.
Sei que pessoas críticas as vezes cansam, porque tem épocas em nossas vidas que queremos ser do tipo “zen”, que não queremos estar no meio de discussões, tão pouco, tomando partido de qualquer lado.
Mas discussões são necessárias para evoluirmos, e isso é importante não só como crescimento pessoal, mas também social.
Se o fato das discussões não fossem importantes, não haveria greve, não haveria reuniões, não haveria manifestações, tão pouco revoluções.
Ontem eu expressei minha opinião, li e ouvi a opinião de muitos outros, reavaliei minhas opiniões e cresci, hoje meu texto é questionar o quanto nos estamos dispostos a fazermos isso, ao invés de apenas ir no mercado comprar um Pão Pullman?