O resgate de Lula

Por Roberto Kuppê (*)

Como em um filme de ação e suspense, os 34 brasileiros que estão neste momento em Gaza, bem na fronteira com o Egito, em Rafat, vivenciam suas últimas horas de agonia, de angústia, de terror. Eles aguardam, finalmente, após dias de espera, serem autorizados a transpor o portão que os levará ao aeroporto no Egito, onde o avião presidencial brasileiro os aguarda há quase um mês.

A repatriação foi negociada pelo chanceler Mauro Vieira. O processo de repatriação avançou após intensas negociações. O grupo que é composto por 34 pessoas, aguarda primeiro a passagem de ambulâncias com feridos para assim, serem autorizados a transpor o portão da liberdade. O resgate mais esperado e mais difícil negociado pelo governo Lula.

O Itamaraty está preparado para a repatriação desse grupo, que deverá ser recebido pelo presidente Lula no aeroporto em Brasília, segundo informa a jornalista Mônica Bergamo, em sua coluna na Folha de S. Paulo. Essa será a última leva de brasileiros a deixar a região, marcada por conflitos e desafios.

O avião da Força Aérea Brasileira, estacionado no Cairo há três semanas, está pronto para buscar os brasileiros na fronteira com Gaza. O chanceler brasileiro, Mauro Vieira, confirmou a saída dos brasileiros em conversa com autoridades de Israel. No entanto, a notícia é tratada com cautela devido à instabilidade na região, onde a situação pode mudar a qualquer momento.

A demora na inclusão dos nomes dos brasileiros nas listas gerou insatisfação, contrastando com o início da repatriação de outros estrangeiros no começo do mês. A diplomacia brasileira continua empenhada em garantir a segurança e o retorno desses cidadãos ao Brasil, em meio aos desafios enfrentados na travessia pela fronteira entre Gaza e o Egito.

Uma vez em solo brasileiro, o grupo será tratado como sobreviventes de guerra, obtendo abrigo, documentos, alimentação e todo o apoio necessário para o bem estar deles. Lula deverá recepcioná-los no Palácio da Alvorada num clima de alegria e muita felicidade. Merecidos. Porque o que eles passaram (ainda estão passando no momento em que este artigo está sendo escrito), é para festejar sim. E “o resgate de Lula”, o mais difícil, tem que ser comemorado com festa. Bem-vindos de volta ao Brasil.