Por Roberto Kuppê (*)
O que aconteceu no dia 8 de janeiro de 2023 não foi um fato qualquer. Foi algo terrivelmente grave e está sendo tratado assim pelas autoridades. Foi uma quebradeira com intenção de se instalar o caos, para assim se executar a parte 2, que seria um atrito maior com a segurança que causasse mortes. Graças a Deus, o chefe do GSI, general Gonçalves Dias, não estava entendendo nada e deixou correr solto, sem defender o Palácio do Planalto como deveria, o que, certamente, causaria feridos e até mortes.
Nenhum “terrorista” foi ferido. Os danos foram só materiais, além da democracia que fora ferida de morte. A tentativa era de um golpe civil militar, como em 1964, quando a “sociedade civil organizada” apoiou os militares que governaram o País com punhos de ferro por 21 anos. Na Ditadura Militar, muitos mortos. Graças a Deus, os golpistas do 8 de janeiro não passavam de uns patetas, idiotas, imbecis, que achavam que podiam repetir 64 impunemente.
Dito isto, finalizamos o ano com muitas conquistas. O governo que entrou conseguiu controlar o navio que estava à deriva, colocando-o no prumo, no rumo certo, mesmo sem contar com todos os marinheiros que desejavam que o navio naufragasse. Claro, estamos falando aqui do governo Lula.
Em Rondônia a situação quanto ao meio ambiente, é caótica. Com um governo negacionista em todos os sentidos, as florestas e os rios de Rondônia sofreram muito em 2023. Invasões à terras indígenas, grilagem de terras, garimpo no rio Madeira, causaram e ainda estão causando devastações e mortes. E não há expectativa de solução do problema em 2024 que entra, muito pelo contrário, vai piorar.
Os governantes (governo do Estado, bancada federal e Assembleia Legislativa) não estão nem aí para proteger o meio ambiente. O que certamente trará mais consequências nefastas. O rio Madeira secou mais do que de costume. O calor foi mais intenso do que antes. Sem medidas preventivas, o futuro não será bom para a próxima geração.
E o ano que finda, traz o ano que entra. Em 2024 a direita irresponsável estará à toda para eleger seus prefeitos e vereadores, para que estes ajudem a eleger o próximo presidente da República, governadores e um Congresso Nacional mais negacionista (em todos os sentidos).
Não viramos uma Venezuela. Mas, o perigo de virarmos uma Argentina é uma realidade, se depender dos mileis brasileiros.
FELIZ ANO NOVO, BRASIL
(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político