OCCUPY EFMM
Está sendo criado um movimento apartidário para exigir da prefeitura de Porto Velho a reabertura imediata do Complexo Turístico da EFMM, fechado desde 2018. O movimento Occupy EFMM pretende bater panelas na porta da sede da prefeitura. Segundo informações, a prefeitura teria dado 60 dias para a Amazon Fort, detentora da concessão, para abrir os portões do complexo que foi revitalizado graças à compensação com a Usina de Santo Antônio ao custo de R$ 30 milhões.
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Os 60 dias vencem em março. Segundo uma fonte, o embaraço (burocracia) existente estaria sendo resolvido em Brasília junto à Secretaria do Patrimônio da União – SPU, órgão do Ministério de Gestão e Inovação em Serviços Públicos responsável pela gestão do Patrimônio da União, à qual pertence a EFMM, e que foi passada para prefeitura de Porto Velho. Acontece que segundo a lei, o executivo municipal não poderia terceirizar a gestão, ou seja, a Amazon Fort não poderia administrar o complexo. É isso que está sendo resolvido em Brasília.
Andrey Cavalcante
Falando em Amazon Fort, o advogado da empresa, Andrey Cavalcante, não tem envolvimento com o imbróglio instalado em Florianópolis. À coluna, ele disse que recebeu o com surpresa o envolvimento do nome dele, que figura apenas como advogado da empresa. “Vejo um terrível equívoco que pune a atividade advocatícia, criminaliza o profissional, e viola as mais comezinhas prerrogativas outorgadas à minha classe”, disse Andrey Cavalcante, que passou pela presidência da OAB Rondônia com excelência. O jovem é de família tradicional de Porto Velho e mantém escritório influente em Brasília. Enfim, é um profissional acima de qualquer suspeita e merecedor da confiança dessa coluna e de toda a sociedade rondoniense.
Lavanderia
Todos sabem que o SBT de Rondônia foi vendido para um grupo do Amazonas. O Grupo Norte de Comunicação comanda agora todas as operações da TV Allamanda, se tornando o principal afiliado do SBT no Estado. Mas, o forte do grupo não é a TV, cuja receita não cobre as despesas. O forte são os contratos do serviço de lavanderia que o grupo mantém com os estados onde atua. No Amazonas, por exemplo, o grupo mantém milhões em contratos com o governo. Em Rondônia, já teria abocanhado os contratos de lavanderia de hospitais públicos, que estariam sob o comando do deputado estadual Jean Oliveira (MDB).
Perseguição
O jornalista e apresentador Carlos Caldeira, teria sido demitido da Rema TV e do site News Rondônia a pedido. Segundo fontes, o papel combativo do profissional esbarrou em interesses políticos inconfessáveis. Em Guajará-Mirim, Caldeira está enfrentando processos da prefeita Raíssa Bento, por justamente, denunciar as mazelas da chefe do executivo municipal.
Candeias do Jamari
Candeias do Jamari: Case sociológico ou caso de polícia? O município – localizado cerca de 20 quilômetros de Porto Velho, Candeias do Jamari tem população de 22.310 habitantes, ou 4,8% da população da capital (IBGE 2022) e PIB per capita de R$ 23.357.78. O município ocupa uma área de 6.843,9 km² (o 10º em tamanho no estado). Com isso, apenas 3,2 habitantes ocupa cada quilometro quadrado. O município tem apenas 8,76% da sua população ocupada e estas recebem 2,1 salários mínimos mensal, em média. Nos últimos 11 anos, já passaram 12 prefeitos pela administração municipal, substituídos por corrupção ou por assassinato.
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Contexto – As notas a seguir derivam da necessidade de buscar uma explicação civilizada e racional para a realidade política e institucional vivenciada por Candeias do Jamari nos últimos 20 anos. Para isso, o colunista conversou com alguns sociólogos e economistas de sua relação para formular alguma concepção sobre as causas de tantos equívocos administrativos e sofrimento para a população. A coluna também conversou com alguns políticos experientes sobre como veem a situação local. No entanto, para evitar predominância do viés político o distanciamento necessário, resolvemos não utilizar estas percepções neste momento.
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A Sociologia Explica – A qualidade – boa ou má – da administração pública está diretamente relacionada com a capacidade da sociedade produzir capital social – ou massa critica – para interagir com os demais eleitores e influenciar na escolha dos gestores eleitos. O mesmo vale para o relacionamento com as instituições públicas. Isto é, quanto maior o nível de consciência e de participação da sociedade, mais eficientes serão as instituições. Isto inclui a Câmara de Vereadores, as organizações comunitárias e aquelas que prestam serviços diretos à população (saúde, educação, assistência Social, segurança).
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A Sociologia Explica 2 – A renitente apatia da população em relação aos mal feitos dos seus gestores é resultado de dois fatores. Ou o capital social do município não existe – ou está adormecido – ou a população como um todo espera se beneficiar do amplo espaço para a corrupção criado ao longo do tempo (e pela sua omissão).
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A Sociologia Explica 3 – No primeiro caso, a solução é complexa, pois a elevação do nível de consciência social e política é um processo lento e impactado por vários fatores, entre eles a educação formal e não formal e a capacidade de superar as barreiras impostas por setores que se beneficiam da omissão política da população.
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A Sociologia Explica 4 – No segundo caso, se espera se beneficiar da corrupção, pela facilidade aparente, a população precisa entender que os “benefícios” da corrupção chegam apenas a alguns poucos encarapitados nos espaços de poder e com elevado nível de delinquência e profissionalismo.
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A Economia não Explica – Segundo os nossos interlocutores, não se explica como um município que tem um mercado consumidor potencial de 460 mil pessoas no seu quintal não consegue ser uma potencia econômica. Comparam Candeias do Jamari a Mogi das Cruzes, na fronteira da capital paulista, que se tornou o maior polo de produção de hortifrutigranjeiros de São Paulo – possui renda elevada.
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A Economia não Explica 2 – Também não é explicável como uma população de 22 mil pessoas tem apenas 8,76% empregada, uma vez que está a poucos quilômetros da capital do estado, cm grande demanda de mão de obra.
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A Economia não Explica 2 – Nas décadas de 1970 e 1980 a sociologia abominava o termo “cidade-dormitório”, cujo conceito era trabalhar e consumir onde trabalhava e não onde morava e dormia. Atualmente, os avanços da tecnologia mudaram este quadro e há consenso de que morar perto dos grandes centros é vantagem comparativa em relação aos outros trabalhadores.
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Falta Protagonismo da População – Tudo é feito pelo homem, desde a gestão pública até a produção de mercadorias. Não há salvação para Candeias do Jamari fora da sua população. Não existem heróis na política. Não basta torcer para que surjam homens e mulheres honestos – ou para que sobrem benesses trazidas pela corrupção. Uma coisa ou outra é ocasional, mas a tragédia no município é diária.
Postagem estranha
Falando em Candeias do Jamari, o prefeito cassado do município, Valteir Queiroz (PRD), fez uma postagem no mínimo estranha. Ao postar que estava numa igreja, ele disse que se livrou da prostituição, além das drogas, etc. A coluna não entendeu, se ele costumava pagar prostitutas ou teria sido garoto de programa.
Situação de Candeias
Os vereadores de Candeias do Jamari (RO) aprovaram na última sexta-feu=ira, 19, uma resolução que normatiza a realização de eleições indiretas no município para escolher um novo prefeito e um vice de um “mandato tampão”. Nos últimos 11 anos, a cidade já trocou de prefeito 12 vezes. Três deles foram afastados antes de concluir os mandatos. Alguns dos escolhidos ficaram no cargo por menos de cinco meses. Conforme a Procuradoria, qualquer cidadão que se encaixe nas leis eleitorais pode montar uma chapa e concorrer. O novo prefeito e seu vice serão escolhidos pelos vereadores da cidade ainda neste mês (janeiro).
(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político
Informações para a coluna: [email protected]
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