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quarta-feira, agosto 27, 2025

COLUNA ZONA FRANCA

 

A vingaa das baleias

Após tripudiar com as leis e importunar as baleias, o ministro Alexandre de Moraes mandou o ex-presidente Jair Bolsonaro entregar o passaporte em 24 horas numa operação que investiga “organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, para obter vantagem de natureza política com a manutenção do então presidente da República no poder”.

A vingaa das baleias 2

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São alvos de buscas: General Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil; General Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); General Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; General Estevam Cals Theóphilo Gaspar de Oliveira, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército; Almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante-geral da Marinha; Anderson Torres, delegado da PF e ex-ministro da Justiça;
Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido de Bolsonaro; Tercio Arnoud Thomaz, ex-assessor de Bolsonaro, conhecido como um dos pilares do chamado “gabinete do ódio”.
Ailton Barros, coronel reformado do Exército. Foram presos, segundo o blog da Andréia Sadi: Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro; Marcelo Câmara, coronel do Exército e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro citado no inquérito que apura os presentes recebidos pelo ex-presidente. Há, ainda, outros dois mandados e prisão. Ontem, Bolsonaro participou de uma manifestação contra as baleias jubartes, numa afronta às leis ambientais.

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A PF foi à casa de Bolsonaro, em Angra dos Reis, e apreendeu celulares de assessores. Determinou também que Bolsonaro entregasse o passaporte. Como o documento não estava na residência, os policiais deram 24 horas para que ele o entregue. Bolsonaro reagiu alegando ser alvo de uma “perseguição implacável”. “Saí do governo há mais de um ano e sigo sofrendo uma perseguição implacável. Me esqueçam, já tem outro governando o país”. O covarde ainda se faz de vítima.

Lula comentou

O presidente Lula (PT) falou nesta quinta-feira (8), durante entrevista à Rádio Itatiaia, sobre a operação da Polícia Federal que mira ex-ministros, ex-assessores e militares próximos a Jair Bolsonaro (PL). “É muito difícil um presidente da República falar sobre uma operação que é feita depois de uma decisão judicial, tudo correndo em sigilo até determinar que se faça busca e apreensão na casa das pessoas. Eu espero que a Polícia Federal faça a coisa do jeito mais democrático possível, que não haja nenhum abuso, que faça aquilo que a Justiça determinou que faça e depois apresente para a sociedade aquilo que eles encontraram. Eu, sinceramente, não tenho muitas condições de falar sobre uma ação da Polícia Federal, porque isso é uma coisa sigilosa, da Polícia, da Justiça, e não cabe ao presidente ficar dando palpite”.

Educação nas favelas

Ontem, enquanto Bolsonaro participava de mais um ato anti-democrático, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumpria uma série de agendas na área de educação no Rio de Janeiro e na Baixada Fluminense. Entre os principais anúncios feitos pelo presidente estão a construção de três campi do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ). Os institutos são promessa do presidente e demanda antiga das comunidades, que apostam no investimento em educação para capacitar os jovens e contribuir para o crescimento local. A expectativa é que as obras, que receberão, cada uma, R$ 15 milhões do governo federal, estejam concluídas até 2025. Os campi serão em Belford Roxo, município da Baixada Fluminense, que ganhará uma nova sede para substituir a atual estrutura provisória; o campus Parque Olímpico/Cidade de Deus do Instituto Federal do Rio de Janeiro, que funcionará no Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, onde as arenas esportivas serão transformadas em unidades de ensino, e o campus Complexo do Alemão, localizado em um dos maiores conjuntos de favelas da zona norte da capital.

Seria uma pena

Deputado federal Lebrão (UNião Brasil-RO)

O STF (Supremo Tribunal Federal) retoma hoje (8) o julgamento de três ações que podem atingir diretamente a composição de bancadas da Câmara dos Deputados, incluindo parlamentares da oposição (menos mal). Mas, apesar da oposição (ao governo Lula), o entendimento poderá tirar o deputado federal Lebrão (União-RO), que tem votado, junto com o senador Confúcio Moura (MDB), predominantemente com o governo. E o pior de tudo é que, quem entraria, seria o Rafael o Fera, do PL de Ariquemes. Ninguém merece.

Cassação de MR

Governador de Rondônia Coronel Marcos Rocha e vice-governador Sérgio Gonçalves poderão ter chapa cassada — Foto: Ana Kézia Gomes/g1

Em uma virada nos eventos políticos de Rondônia, após a apresentação do recurso do Partido Liberal (PL), o Ministério Público Eleitoral endossando a tese busca reforma da decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RO), que anteriormente havia julgado improcedente as acusações de uso indevido da máquina pública contra Marcos José Rocha dos Santos e Sérgio Gonçalves da Silva, governador e vice-governador de Rondônia, respectivamente e ambos do União Brasil.

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O caso, que agora busca uma reviravolta no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), levanta questões críticas sobre a integridade do processo eleitoral e o equilíbrio de poder político e econômico. A apelação do PL destaca uma série de atos que, também na nova visão do Ministério Público, configuram um claro abuso de poder, influenciando indevidamente o resultado das eleições.

Cassação de MR 3

Entre as alegações, está a reedição de decretos considerados inconstitucionais e a concessão de vantagens aos eleitores, práticas essas que teriam desequilibrado a disputa eleitoral a favor dos réus. Este recurso ao TSE não é apenas um pedido de justiça eleitoral, mas um reflexo da crescente tensão e do escrutínio sobre as práticas políticas em Rondônia.

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Especialistas em direito eleitoral e políticos locais estão divididos sobre as implicações dessa decisão, com muitos salientando a importância de preservar a confiança pública no sistema eleitoral. Com o TSE agora no centro dessa batalha jurídica, a expectativa é que uma análise mais aprofundada das evidências e das leis aplicáveis possa, potencialmente, reverter a decisão do TRE-RO. Tal resultado não apenas mudaria o cenário político em Rondônia, mas também estabeleceria um precedente significativo para como casos semelhantes são tratados no futuro, reforçando a integridade do processo eleitoral brasileiro.

Denúncia

Dois servidores comissionados lotados no gabinete do deputado estadual Delegado Camargo, do Republicanos (RO), estariam usando o tempo que deveriam estar trabalhando, para fazer pré-campanhas para vereador. Eles ganham entre 6 e 7 mil reais por mês cada. Um dos denunciados vive propagando fake news contra o governo Lula.

(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político

Informações para a coluna:  [email protected]

O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Mais RO não tem responsabilidade legal pela opinião, que é exclusiva do autor.

 

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