Coluna Zona Franca

                                           Emendas pix

Quem ainda não entendeu o apego dos políticos às chamadas emendas Pix – quando o dinheiro vai direto para o caixa dos municípios – deve olhar o resultado das eleições de domingo. Das 174 cidades que, segundo dados da Controladoria-Geral da União (CGU), mais receberam esse tipo de recurso, 94% reelegeram seus prefeitos ou deram a vitória aos candidatos apoiados por eles. A taxa de reeleição nessas localidades ficou bem acima da média nacional de 81,4% registrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que já é recorde. As emendas Pix estão na mira do Supremo Tribunal Federal (STF), que exige mais transparência por parte do Legislativo.

Emendas pix 2

Em Rondônia, as chamadas emendas pix renderam. O União Brasil fez 16 prefeitos, o PL 12, o PSD 7, PP fez 4 e o Republicanos, 3. Somados todos os prefeitos do espectro político direita e centro-direita, são 45 dos 52 municípios existentes no estado de Rondônia. Todos beneficiados pelas emendas destinadas pelo governo Lula.

Vai ter Boulos

O aniversário de 79 anos do presidente Lula será no dia 27 de outubro, dia do segundo turno. Com certeza ele vai comemorar com um Boulos eleito prefeito de São Paulo. Falando em Boulos, o candidato do PSOL deverá contar com votos sabe de quem? Dos bolsonaristas marçalistas que não vão votar em Nunes. Quem disse que esta coluna falou mal de Marçal? Nunca. Risos.

                                           Vítor ou Vitória?

A direita portovelhense não tem dúvidas em quem votar no segundo turno. Votando num ou noutro, tanto faz, os dois candidatos são de direita. O dilema está com os eleitores do campo progressista, a chamada esquerda. Nenhum dos dois representam o ideal do lulopetismo. Mariana Carvalho (UB), foi a mais votada e tem a simpatia da maioria dos eleitores. Por outro lado, Léo Moraes (Podemos) de forma solo e independente, foi o segundo mais votado. Nesta segunda etapa, com tempo na TV e no rádio iguais, eles mostrarão ao eleitorado porque desejam governar o município de Porto Velho e tentar atrair os eleitores dos candidatos derrotados nas urnas no último domingo. De forma democrática, a coluna deseja sorte aos dois. Que vença o melhor ou a melhor. Ah, a foto montagem. A primeira, o articulista com o amigo deputado federal Maurício Carvalho (UB). A outra, uma foto tirada na orla de Maceió, no dia seguinte das eleições de 2024. Sabe o que isso significa? Nada. Risos. A coluna é imparcial como deveria ser.

Célio Lopes

Tudo indica que o ex-candidato a prefeito de Porto Velho, Célio Lopes(PDT), o terceiro mais votado, apoiará a candidatura de Mariana Carvalho (UB). A determinação teria partido do presidente estadual do PDT, ex-senador Acir Gurgacz. Quanto ao PT, segundo o vice-presidente Edson Silveira, a tendência é liberar os eleitores. Uma boa parte, porém, indica que apoiará informalmente Léo Moraes (Podemos). A coluna ainda não tem as posições oficiais de Samuel Costa (Rede-PSOL), Benedito Alves (SDD), Euma Tourinho (MDB) e Ricardo Frota (Novo).

Vereadores

Levantamento mostra que nas eleições municipais deste ano, o PL foi o partido que elegeu mais vereadores nas 26 capitais brasileiras, com 94 parlamentares eleitos. Ao todo, 833 vereadores foram eleitos para ocupar as Câmaras Municipais das capitais. Os partidos do denominado “centrão” da política brasileira, PSD (73), PP (69), MDB (69) e União Brasil (68), fecham o grupo das cinco legendas que mais elegeram vereadores nesses municípios.

O PL é também o partido com maior bancada em mais capitais. A legenda terá a maioria dos vereadores em Florianópolis (SC), Belo Horizonte (MG), Cuiabá (MT), Palmas (TO) e Maceió (AL). União Brasil, PSB e MDB terão a maioria dos vereadores em quatro capitais brasileiras, cada um deles. PT, Republicanos e PSD terão a maior bancada em três Câmaras Municipais.

Vereadores 3

O PP e o Republicanos são os partidos com maior presença nas capitais brasileiras. O primeiro só não elegeu vereadores em Florianópolis. O segundo, em Maceió (AL) e Aracaju (SE). O PT não elegeu parlamentares em apenas três: Cuiabá (MT), Porto Velho (RO) e Boa Vista (RR). Assim como o PL, que não terá parlamentares também em Boa Vista, Macapá (AP) e São Luís (MA).

Vereadores 4

PT e PSB dominam o cenário entre os partidos progressistas. Os petistas elegeram 61 vereadores nas 26 capitais brasileiras e aparece em sexto no levantamento. Em 16 capitais brasileiras, 47 vereadores do PSB foram eleitos. Em Porto Alegre (RS), Florianópolis, Belo Horizonte, Rio Branco (AC), Porto Velho (RO), Boa Vista, Macapá e Natal (RN), os socialistas não conseguiram eleger parlamentares.

Vereadores 5

O Psol elegeu 34 vereadores em 14 capitais, com especial concentração no Sudeste, onde os psolistas conseguiram eleger 23 parlamentares para essas Câmaras Municipais. Em Cuiabá (MT), Goiânia (GO), Campo Grande (MS), Rio Branco, Manaus (AM), Porto Velho, Boa Vista, Palmas, São Luís, Teresina (PI), João Pessoa (PB) e Maceió (AL), o partido não elegeu vereadores. O PDT terá vereadores eleitos em 17 capitais. Ao todo, o partido elegeu 37 vereadores. O PCdoB, partido tradicional da política brasileira, elegeu apenas oito vereadores, que estão distribuídos em seis capitais. O levantamento foi feito pelo Brasil de Fato.

Barba, cabelo e bigode

Em Porto Velho, a coligação “Somos Todos Porto Velho”— formada pelos partidos Republicanos, PP, Democracia Cristã, PRTB, PRD, PL, Agir, União Brasil, PSD, Avante e Federação PSDB/Cidadania — elegeu todas as cadeiras da Câmara Municipal. Se eleita no segundo turno, Mariana Carvalho (União) não terá oposição na Câmara Municipal. Por outro lado, se Léo Moraes (Podemos) for o vencedor, vai enfrentar uma ferrenha oposição.

Não reeleitos

Os vereadores que não se reelegeram foram Carlos Damaceno, Márcia Socorrista, Marcelo Reis (colocou a esposa), Valtinho Canuto, Paulo Tico, Rai Ferreira, Isaque Machado, Marcio Oliveira, Jurandir Bengala, Aleks Palitot, Vanderlei Silva.

Breakfast

Por hoje é só. Este é o breakfast, o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção com os temas de destaque da política em Rondônia e do Brasil.

(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político

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