29 C
Porto Velho
quarta-feira, agosto 27, 2025

Coluna Zona Franca

Lula lá

A maioria dos rondonienses não sabe onde fica essa obra. Trata-se da construção do viaduto na interseção entre as BRs 364 e 435, sentido Colorado do Oeste, pelo governo federal através do DNIT. As equipes do DNIT deram início à etapa de concretagem da primeira travessa. Iguais a essa, o governo federal tem centenas de obras em todo o estado de Rondônia. Nunca o estado recebeu tantas obras como agora. No entanto, curiosamente, o reconhecimento é zero ao governo Lula. Se o presidente chegasse hoje em Rondônia capaz de ser escorraçado. Só a título de ilustração, Edinho da Rádio, do PL, foi eleito prefeito de Colorado do Oeste. Por óbvio, o candidato de Lula, Cido do Pt (PT), perdeu.

Lula lá 2

Apesar do insucesso na maioria dos municípios do Brasil, o PT passou de 183 para 248 prefeituras e está disputando o segundo turno em 13 cidades. O PT elegeu 222 vices e elevou de 2.668 para 3.118 o número de vereadores em todo o Brasil, além de integrar coligações vitoriosas em cidades estratégicas como Recife e Rio. Em São Paulo, capital, o PT tem Marta Suplicy de vice de Guilherme Boulos (PSOL) que disputa o segundo turno contra Ricardo Nunes (MDB).

Advogados insatisfeitos

Advogados de Rondônia insatisfeitos com a atual gestão da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) anunciaram a formação de uma chapa de oposição, liderada pelo advogado Eurico Montenegro Neto. A candidatura tem como principal motivação o que os membros classificam como um “desmonte” da advocacia nos últimos anos, com críticas à falta de representatividade e à condução da entidade. Eurico Montenegro Neto, que já é conhecido no meio jurídico por sua atuação em causas relevantes, destacou que o grupo oposicionista busca promover uma renovação nos rumos da OAB.

Quem fica com quem

Em Porto Velho os candidatos a prefeito derrotados em 6 de outubro estão definindo posição quanto a apoios à Mariana Carvalho (UB) ou Léo Moraes (Podemos). Benedito Alves (SD) e Célio Lopes (PDT) já estão com Mariana. Samuel Costa (Rede) deve apoiar Léo Moraes ou ficar neutro. Euma Tourinho (MDB) deve decidir só amanhã, 12, mas com certeza não ficará com Mariana. Ambas se atacaram muito no primeiro turno. Já o PT liberou a militância para votar em quem quiser.

Porto Velho

Mariana Carvalho foi a mais votada, com 44,53% (111.329), e vai ao segundo turno com Léo Moraes, que teve 25,65% (64.125) dos votos válidos. Mariana Carvalho, que já foi deputada federal, é conhecida por defender o bolsonarismo, além de ter tido o apoio do ex-presidente durante a campanha. Ele, que foi seu colega de Câmara Federal durante os mandatos, e Michelle Bolsonaro estiveram na cidade em setembro para participar de um comício da candidata. Mariana também é a candidata do atual prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB).

Léo Moraes

Léo Moraes obteve 25,65% dos votos no primeiro turno, o equivalente a 64.161 votos. Ele possui uma trajetória política consolidada em Rondônia, tendo começado sua carreira como vereador de Porto Velho em 2012. Posteriormente, foi eleito deputado estadual em 2014 e assumiu o cargo de deputado federal em 2018. Com uma campanha voltada para melhorias na administração pública e em questões urbanas, Léo busca se consolidar como uma alternativa à candidatura de Mariana Carvalho. Sua chapa não conta com uma coalizão tão extensa, mas aposta no diálogo direto com o eleitorado e nas promessas de mudanças estruturais para a capital. Sua vice é a advogada Magna dos Anjos.

Mudanças climáticas

Pode ser uma imagem de textoA população de Porto Velho, uma das maiores cidades da Amazônia, enfrenta uma das piores crises ambientais de sua história devido à combinação da seca extrema e das queimadas, levando a capital de  Rondônia, ao posto da mais devastada pelo fogo no Brasil.  Por mais de dois meses, os moradores ficaram atordoados com a fumaça espessa provocada por incêndios florestais. O rio Madeira, que banha a cidade, atingiu a cota de 0,22 metros, o menor nível observado desde o início da série histórica há 60 anos. Nem assim a pauta ambiental despertou a atenção dos principais candidatos a prefeitura de Porto Velho. Quando abordam o assunto é en passant.

Mudanças climáticas 2

Léo Moraes quer recriar a brigada municipal de combate a incêndio e investir em educação ambiental. Também quer criar uma guarda municipal, com uma patrulha rural para coibir as queimadas. Inicindo a campanha do segundo turno, Mariana Carvalho disse que sonha com uma Porto Velho mais verde, onde o cuidado com o meio ambiente caminha lado a lado com o progresso. “Vamos fazer com que Porto Velho se torne uma cidade mais sustentável, com mais áreas verdes, ciclovias e programas de coleta seletiva.
Vamos continuar transformando Porto Velho, de forma consciente e sustentável”. 

Mudanças climáticas   2

Falando em negacionismo, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), vetou o projeto de lei aprovado pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) no mês passado que instituía o ensino de educação climática para estudantes da rede pública estadual. O veto foi publicado terça-feira (8/10) no Diário Oficial do Estado. O projeto era de autoria do deputado de oposição Guilherme Cortez (PSol) e foi vetado em um pacote de dez projetos de deputados opositores publicados por Tarcísio na última terça. O conteúdo deveria incluir temas como aquecimento global, mudanças no clima global, biodiversidade, poluição e impactos no clima, justiça climática e racismo ambiental. Por isso acontecem desastres climáticos em São Paulo. Esse povo não aprende.

Mudanças climáticas   3

Pesquisadores de diferentes instituições de pesquisa e universidades brasileiras publicaram no mês passado na revista Campo-Território, da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), um artigo alertando para os perigos da ascensão da extrema-direita nas eleições de 2024, principalmente em cidades que já possuem um alto índice de desmatamento. O artigo relembra como se deu a votação nas eleições de 2022, com alta concentração de votos para a direita em municípios que historicamente, também são grandes desmatadores. “A eleição de políticos de extrema direita em municípios brasileiros com altas taxas de desmatamento pode fortalecer políticas anti-ambientais e colocar em risco não apenas um enorme patrimônio cultural e ambiental, mas também vidas humanas”.  Segundo os pesquisadores, a reversão dessa tendência passa pela eleição de forças políticas locais e regionais que representem contrapontos às agendas anti-socioambientais que se encontram fortalecidas no contexto atual.

Breakfast

Por hoje é só. Este é o breakfast, o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção com os temas de destaque da política em Rondônia e do Brasil.

(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político

O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidaddo colaborador e titular desta coluna. O Portal Mais RO não tem responsabilidade legal pela opinião, que é exclusiva do autor.

Informações para a coluna:  [email protected]

Últimas

- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -

Relacionadas