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No dia das eleições (segundo turno) o governador de SP, Tarcísio de Freitas (Republicanos), foto, bradou a todos os pulmões que facções teriam orientado seus faccionados a votarem em Guilherme Boulos (PSOL-SP). Além de Pablo Marçal (PRTB-SP) ter relacionado Boulos com o crime organizado. Pois bem. O empresário Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, delator do PCC, foi morto no aeroporto de Guarulhos, após denunciar policiais civis de receberem propinas de facções criminosas. O dito empresário tinha como seguranças PMs da ativa que estão sendo investigados. Diante desses fatos, a coluna pergunta. O que Boulos tem a ver com isso? NADA. O que Tarcísio tem a ver com isso? TUDO.
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O delator do PCC havia prestado depoimento à Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo apenas oito dias antes de ser morto. A informação, divulgada pelo Globo, revela que Gritzbach denunciou casos de suposta extorsão cometidos por agentes da corporação em depoimento prestado em 31 de outubro.
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O secretário de Segurança Pública do estado, Guilherme Derrite, confirmou que a morte do delator levanta questões sobre o possível envolvimento de policiais civis e militares. Quatro policiais militares que atuavam como seguranças particulares de Gritzbach alegaram ter enfrentado uma falha mecânica no veículo, impedindo sua chegada a tempo de protegê-lo. Esses policiais foram afastados e tiveram seus celulares apreendidos para perícia. “Até o momento, não tem nenhuma informação de que havia policiais civis entre os atiradores. Mas a gente não descarta essa possibilidade”, afirmou Derrite, ressaltando o atraso suspeito da escolta no dia do crime.
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Gritzbach, que colaborava com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) em um acordo de delação premiada, mencionou diversos crimes atribuídos a policiais civis. O delegado-geral da Polícia Civil, Artur Dian, declarou que, até o momento, nenhum agente foi afastado de suas funções e que o delator não conseguiu apresentar provas concretas que sustentassem suas acusações. “Muita coisa ele quer jogar um ‘balão de ensaio’ para também se livrar da acusação de duplo homicídio. A gente tem que ser cauteloso e tudo tem que ser apurado”, disse Dian, referindo-se ao processo em que Gritzbach era réu pelos assassinatos de dois integrantes do PCC. A investigação se aprofundou após um policial relatar a postura suspeita dos seguranças de Gritzbach durante uma audiência anterior. Os PMs que escoltavam o delator usavam a mesma caminhonete Amarok que supostamente teve uma pane antes do atentado.
Pelo trabalhador
Está em pauta o fim da jornada escravagista de 6×1, ou seja, trabalhar seis dias e folgar apenas um. O documento proposto pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), dá nova redação ao inciso XIII, do artigo 7º da Constituição Federal para dispor sobre a redução da jornada de trabalho para quatro dias por semana no Brasil.
O que diz o texto?
A PEC busca alterar o trecho da Constituição que atualmente limita a jornada de trabalho a oito horas diárias e 44 horas semanais, para permitir novas formas de distribuição do expediente, como a escala 4×3, proposta pelo VAT. O texto também pretende modificar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que atualmente estabelece um dia como o período mínimo de descanso para o trabalhador.
Mobilização pelo fim da escala 6×1
A pressão popular em torno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa extinguir a escala de trabalho 6×1 tem mostrado efeitos no Legislativo. Nas primeiras horas desta terça-feira (12/11), o número de parlamentares que assinaram a proposta aumentou de 71 para 134. Faltam 37 nomes para que o texto possa ser protocolado na Câmara dos Deputados. A mobilização pelo fim da escala 6×1 ganhou força nas redes sociais após a deputada Erika Hilton apresentar a PEC na Câmara dos Deputados. Erika tem usado as redes sociais para incentivar outros deputados a apoiarem a proposta, que precisa de 171 assinaturas para ser formalmente apresentada. A proposta é uma iniciativa do Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), liderado pelo vereador eleito Rick Azevedo (PSOL-RJ), que já obteve 1,3 milhão de assinaturas em uma petição online em defesa da medida.
Quem é contra?
Os bolsonaristas, claro. Para taxar grandes fortunas, cortar gastos de parlamentares, bico calado. Para ferrar com o povo pobre e trablhador o empenho dos parlamentares bolsonaristas é gigantesco. O deputado federal Marcos Feliciano (PL-SP), que trabalha só três dias por semana e ganha R$ 44 mil, disse que os trabalhadores devem se esforçar até à exaustão para alcançar a prosperidade. Suas palavras foram proferidas em um contexto de discussão sobre uma proposta de emenda à Constituição que visa reformular a jornada de trabalho no país. Partidos da esquerda são os que mais se mobilizaram a favor da proposta. Apenas um deputado do PL defendeu a PEC. Fernando Rodolfo (PL-PE) justificou, em suas redes sociais, que o “interesse do povo deve estar acima dos interesses dos partidos” e por isso assinou a proposta.
Quem é contra? 2
A Globo, a Folha de São Paulo, o Estadão, a direita e a extrema-direita são porta-vozes dos ricos e foram contra o 13º salário, que a esquerda conquistou com muita luta. O 13º salário, também chamado de gratificação natalina, foi criado no Brasil em 1962 após uma longa e intensa luta sindical e política. Agora, mais uma vez, esses veículos de comunicação, junto com a direita e a extrema-direita que representam interesses dos ricos, são contrários ao fim da escala 6×1, porque querem maximizar o lucro à custa dos trabalhadores.
Breno liberado
A juíza Juliana Paula Silva da Costa, da 20ª Zona Eleitoral de Porto Velho, decidiu arquivar o processo de investigação eleitoral contra o vereador eleito Breno Mendes (Avante-PVH), por suposta fraude à cota de gênero. O Ministério Público desistiu da ação após parecer de segunda promotora apontar ausência de irregularidades.
Um dos melhores
O deputado federal Maurício Carvalho (União Brasil-RO) é um dos que mais destina recursos para Porto Velho. Com dois anos de mandato foram inúmeras as conquistas, desde investimentos em saúde, educação, infraestrutura e projetos que impactam diretamente a vida dos rondonienses. Só para Porto Velho destinou R$ 50 milhões em recursos, investidos em saúde, infraestrutura, educação e esporte. “Cada conquista é resultado do nosso compromisso com você e com o desenvolvimento do nosso estado. Seguimos firmes na busca por novas oportunidades para trazer ainda mais investimentos aos rondonienses!”, pontuou o parlamentar. Maurício Carvalho também apresentou um projeto para alterar a Lei dos Portos e incluir novas metas e atividades no Programa Nacional de Dragagem Portuária e Hidroviária II. A proposta é assegurar a navegabilidade contínua das hidrovias, prevenindo os transtornos e prejuízos que a interrupção do transporte fluvial acarreta. O PL 3450/2024 será analisado nas comissões da Câmara.
Secretaria da Inclusão
O prefeito eleito de Porto Velho, Léo Moraes (Podemos), esteve reunido ontem com lideranças da comunidade atípica, para ouvir de perto as demandas e preocupações, especialmente nas áreas de educação e saúde, onde tantas famílias enfrentam desafios diários. Na ocasião, LM disse que vai criar a Secretaria da Inclusão, para atender essas necessidades de forma próxima e iniciar uma grande construção pela inclusão. O encontro teve a presença do desembargador Isaías Fonseca, também militante da causa, além de Heline Braga, mãe atípica, que transmitiu as demandas em nome de todos. Em seguida, Léo participou da abertura do 1º Congresso Internacional de Autismo da Amazônia, realizado pela Unir na OAB, onde foi debatido temas essenciais como políticas públicas, acesso à saúde e justiça para pessoas com deficiência, especialmente para quem vive fora dos grandes centros.
Breakfast
Por hoje é só. Este é o breakfast, o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção com os temas de destaque da política em Rondônia e do Brasil.
(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político
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