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terça-feira, junho 24, 2025

Coluna Zona Franca

O boicote deu certo

Pode ser uma imagem de 4 pessoas e criançaBoicote leva milhões para ver ‘Ainda estou aqui’ e Hollywood estuda contratar bolsonaristas para salvar indústria. Mais uma vez os bolsonaristas provaram que são os maiores responsáveis pelo incentivo à cultura no país. Após anunciarem um boicote ao filme ‘Ainda estou aqui’ do diretor comunista e herdeiro de banco Walter Salles, o filme vem lotando salas de cinema por todo o país e já superou a marca de meio milhão de espectadores e um faturamento de mais de R$ 8 milhões em bilheteria.

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Executivos de Hollywood vieram ao Brasil para contratar esses patriotas responsáveis pelo boicote para salvar a indústria cinematográfica norte-americana. Seu Bebeto da Motoca e Dona Alice de Criciúma, administradores do grupo de Telegram “Deus, Pátria e Família”, foram contactados por agentes de Los Angeles e garantiram que os boicotes aos seus filmes terão resultado nas bilheterias em até 72 horas. Risos.

O Brasil pauta o mundo

Por uma serie de fatores (ou por mera sorte de Luiz Inácio Lula da Silva), o Brasil caminha para conduzir o mundo a solucionar gargalos geopolíticos históricos. Se não todos, ao menos colocar na agenda dos países questões tão importantes que não podem ser ignorados daqui em diante. Nem mesmo por Trump, quando assumir. Senão vejamos.

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Países do G20 precisam buscar consenso e não divisões, alerta Guterres, da ONU | BoqnewsAs pautas do G20, a ser realizado no Rio a partir de hoje, serão conduzidas conforme os interesses do Brasil. O enfrentamento à fome, a governança global e a crise climática são temas caros ao Brasil e à Lula. O fim do governo Biden é um antidoto para evitar que Trump seja elevado a protagonista, uma vez que os demais líderes dos países integrantes querem uma saída honrosa para o presidente democrata.

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Com a ascensão de Trump ao poder nos EUA, acende um alerta em relação ao poder do republicano nos espaços de governança global e ao seu perfil beligerante. Não é simples romper com o velho sistema de poder estabelecido a partir do jogo de forças existente no período da Guerra Fria, mas o mundo agora tem outras preocupações e prioridades – não existente à época – que não apenas a disputa bélica entre os EUA e a União Soviética.

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É claro que esta variável ainda conta, mas a crise do clima, a presença da China e da Índia no arranjo internacional e a incapacidade da ONU em solucionar conflitos pontuais abrem espaços para que os pleitos do Brasil vão ao centro do debate global. Neste sentido, a agenda em curso é muito favorável. Citamos alguns eventos: o próprio G20, tendo as maiores lideranças presentes ao evento; a COP 30, no ano que vem em Belém; a inauguração do porto peruano de Chancay na semana passada, financiado pela China; a visita estendida de Xi Jinping ao Brasil; a decisão do Brasil em concluir a Rota do Pacífico com a construção da ponte Brasil-Bolívia e, por último, mas não menos importante, a decisão da justiça argentina em prender/deportar os golpistas brasileiros de 8 de janeiro de 2023.

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Para selar a maré de sorte de Lula, uma agenda interna que não estava no radar do mais comunista dos comunistas: o debate sobre a mudança na escala de trabalho 6 x 1, proposto pela Érika Hilton (PSOL-SP) ganhou dimensão nacional e mobilizou toda a esquerda em torno do tema, colocando a direita na defensiva. Para quem não acredita em sorte no jogo político, é muita liderança de Luíz Inácio Lula da Silva.

                                   Ferrovia Transoceânica

Com investimento histórico de R$ 581 bilhões, Ferrovia Transoceânica promete revolucionar o comércio entre América do Sul e Ásia. A Ferrovia Transoceânica está prestes a redefinir o panorama do comércio entre a Ásia e a América do Sul. Este ambicioso projeto, em fase estrutural, é fruto de uma Parceria Estratégica entre Brasil, Peru e China, prometendo criar uma nova rota de transporte de mercadorias e impulsionar o desenvolvimento econômico de toda a região. Certamente, este será um dos principais tópicos nas agendas das visitas de Xi Jinping ao Peru e ao Brasil no final do mês, alinhado com sua participação na Cúpula do G20 no Rio de Janeiro.

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A iniciativa é fruto de uma colaboração entre os governos de Pequim, Brasília e Lima, visando conectar o Brasil ao Peru através de uma linha férrea de alta capacidade. Essa conexão encurtará significativamente o tempo e a distância de transporte e tornará o comércio mais rápido e econômico. Além disso, ao reduzir a dependência de rotas marítimas tradicionais, como o Canal do Panamá, a China assegura acesso direto aos recursos sul-americanos, fortalecendo sua posição estratégica no cenário global.

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A nova rota ferroviária representa um investimento e uma oportunidade única para a China consolidar sua influência na América do Sul. A relação comercial entre China, Brasil e Peru já vinha crescendo exponencialmente, impulsionada pela demanda chinesa por commodities como soja, minério de ferro e cobre. Agora, com o investimento na construção da ferrovia ligando o Brasil ao Peru, espera-se que essa parceria estratégica com a China se intensifique ainda mais, trazendo benefícios significativos para a região e para o comércio internacional.

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No entanto, o potencial transformador da Ferrovia Transoceânica não está isento de desafios. Um dos principais obstáculos é a necessidade de atravessar a Floresta Amazônica e a Cordilheira dos Andes, regiões de difícil acesso e com ecossistemas sensíveis. Além disso, divergências entre Brasil e Peru sobre a rota ideal podem atrasar o cronograma de construção. Contudo, esses desafios também representam oportunidades para a inovação e cooperação entre os países envolvidos. A superação desses obstáculos exigirá tecnologias avançadas e um planejamento meticuloso, bem como um esforço conjunto de governos e empresas para garantir que o projeto seja realizado de forma sustentável e eficiente. Assim, a ferrovia conectará geografias e aproximará nações em prol de um objetivo comum.

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Nos últimos anos, a influência dos Estados Unidos na América do Sul tem diminuído, abrindo espaço para o avanço da China. Com projetos ambiciosos como a Ferrovia Transoceânica, a China está se posicionando como um parceiro crucial para o desenvolvimento da região. Essa parceria promete gerar benefícios mútuos, desde o fortalecimento das economias locais até a criação de novas oportunidades de emprego e infraestrutura.

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O projeto reforça a iniciativa chinesa da Nova Rota da Seda, expandindo sua rede de comércio global. Ao melhorar as conexões de transporte, a China facilita o comércio intra-regional e promove o crescimento econômico sustentável. Desse modo, a Ferrovia Transoceânica não é apenas um empreendimento logístico, é um catalisador para a integração regional e uma peça-chave na estratégia geopolítica chinesa. A Ferrovia Transoceânica vem avançando a todo vapor, prometendo transformar o comércio internacional e impulsionar o desenvolvimento econômico na América do Sul. Com informações do Diário do Acre.

                                             Meio ambiente

O governador de Rondônia, Marcos Rocha (União Brasil), afirmou, durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP29), em Baku, no Azerbaijão, que o Estado passou “50 dias embaixo de fumaça de queimadas — que não é queimada, mas sim incêndio criminoso”. A declaração, em que citou a crise hídrica e descreveu o combate às queimadas no Estado, contraria as ações da administração de Rocha, segundo ambientalistas consultados pela CENARIUM.

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O gestor ambiental e conselheiro da Organização Não Governamental (ONG) Kanindé, Edjales Benício, afirmou que “o governo [de Marcos Rocha] não tem nenhum compromisso com o meio ambiente e com a sustentabilidade”. O ambientalista citou uma série de ações adotadas por Rocha durante o mandato que contrariam o discurso realizado na COP29, na quarta-feira, 13. “Ele [Marcos Rocha] já deu várias demonstrações disso, como tentativas de desafetar a reserva de Jaci Paraná e reduzir o parque de Guajará-Mirim, tentativas de legalizar o garimpo, alterações nos alinhamentos socioeconômicos e ecológicos, que afetaram áreas protegidas, a remoção do caráter deliberativo do Conselho Gestor do Fundo Clima. Todas essas ações são evidências de que o governo não prioriza a proteção ambiental”, apontou.

                           Queima de arquivo ambiental

O secretário do Meio Ambiente de Rondônia e Edjales Benício, da ONG Kanindé (Composição: Paulo Dutra/CENARIUM) A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam-RO), comandada por Marco Antonio Lagos, na foto com Edjales Benício, decidiu, num passe de mágica, remover qualquer vestígio de dados sobre áreas embargadas e devedores ambientais. Esses dados, que antes permitiam uma tímida fiscalização pública, agora estão confortavelmente guardados a sete chaves, longe dos olhos curiosos e das perguntas incômodas. E não se deixe enganar pelo coro de manchetes que tentam nos vender a ideia de “avançados” progressos ambientais no estado. O que realmente temos é uma triste sequência de engodos, mentiras e falácias. A realidade no solo é muito mais sombria: enquanto áreas de proteção ambiental queimam à vista de todos, a Sedam parece mais empenhada em apagar dados do que chamas.

Queima de arquivo ambiental 2

Estamos diante de uma verdadeira queima de arquivos – arquivos que deveriam ser acessíveis ao público para garantir a fiscalização da proteção ambiental. Para quem gosta de fundamentos jurídicos, a Lei de Acesso à Informação (LAI) obriga qualquer órgão público a assegurar a transparência de dados de interesse coletivo (artigo 3º), especialmente aqueles relacionados ao meio ambiente, conforme o artigo 225 da Constituição Federal. Além disso, o artigo 10 da Lei Complementar nº 140/2011 estabelece que os entes públicos devem dar publicidade a sanções e embargos ambientais, promovendo, inclusive, a responsabilização dos infratores.

                                           Boa iniciativa

O prefeito eleito de Porto Velho, Léo Moraes (Podemos), vai conhecer experiências que deram certo nas administrações de outras capitais. Já estão agendadas visitas à Florianópolis, capital de Santa Catarina; e Recife, capital de Pernambuco. Em Florianópolis, o prefeito é Topázio Neto (PSD), que foi reeleito, administra uma cidade com um dos melhores índices de Desenvolvimento Humano do Brasil, qualidade de vida e um centro de tecnologia que tem atraído pessoas e investimentos. Já Recife, possui  o melhor IDH do Nordeste, uma economia pujante e o prefeito João Campos(PSB) foi reeleito no 1º turno com mais de 70 % dos votos. Em ambas as capitais, o turismo é uma importante base da economia. Ou seja, Léo terá muito o que ver e, torcemos, traga e implante em Porto Velho as boas experiências dessas metrópoles. Com informações da COLUNA SEMANAL do Rondoniaovivo.

Breakfast

 

Por hoje é só. Este é o breakfast, o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção com os temas de destaque da política em Rondônia e do Brasil.

(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político

O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidaddo colaborador e titular desta coluna. O Portal Mais RO não tem responsabilidade legal pela opinião, que é exclusiva do autor.

Informações para a coluna:  [email protected]

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