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quinta-feira, agosto 21, 2025

Coluna Zona Franca

Roberto Moraes, servidor federal aposentado

Hoje não tem coluna. Tem causo. Vou contar uma historinha. Sabiam que hoje era para eu ser um servidor público federal aposentado? Pois é. Você é, e sempre será fruto de suas escolhas. Deuzulivi ser uma pessoa velha com poucas histórias pra contar. Tenho muitas. Algumas impublicáveis. Risos.

Só sei que foi assim. Em 1980 passei no vestibular para Ciências Econômicas no antigo Cesur, hoje Unir, em Porto Velho. Lembro exatamente como soube que passei no primeiro vestibular do primeiro curso de economia do então Território Federal de Rondônia, em 1980. No ano seguinte, 1981, Rondônia seria elevada à condição de estado. O governador era Jorge Teixeira.

Pois bem. Aguenta que lá vem história de verdade. Estava eu ouvindo a Rádio Caiari que daria o resultado do vestibular. Atento, ouvi meu nome sendo anunciado. Quão não foi minha alegria. Festejei, claro. Tinha 19 anos de idade, recém chegado de São José dos Campos-SP, onde fui estudar, após anos no Colégio Dom Bosco de Porto Velho.

Totalmente feliz, adentrei na faculdade onde conheci meus colegas de classe. Eu era o mais novo da turma. Tinha colega de 25 anos anos pra cima. Não vou lembrar de todos, mas um deles era Luiza Helena Erse, esposa do então secretário da Administração, Chiquilito Erse, Sérgio Valente, Idalmir, Hussein, Jorge Brito, Hernani Ferreira, Nicolau Hatzinakis, Agrael Pereira, Miguel Garcia, Edilson Lobo, dentre outros.

E se passaram dois anos. Ainda desempregado, eu, um jovem universitário, estava à procura de emprego. Um estágio, digamos. Ao mesmo tempo em que fiz um concurso da Receita Federal, fui à Seplan, Secretaria de Planejamento, onde o titular era José Renato da Frota Uchoa. Me recebeu. Falei que era estudante universitário e queria um emprego no novo governo de Rondônia. Em três minutos ele me disse que eu estava contratado. Era só levar os documentos. Naquele tempo era só passar em frente de uma delegacia que já era policial. Risos.

Acontece que passei no concurso da Receita Federal. E agora? Trabalhar pro governo do estado ou pro governo federal? Optei pela Receita Federal. O cargo era de três anos apenas, mas você poderia ser efetivado como foram os outros três que passaram comigo dentre eles, Francisco Pinto. Eu fiquei só dois anos. Minha área não era ser um burocrata. Meu caminho era as letras. O jornalismo.

Desde 1980 escrevia artigos aleatórios pros saudosos Alto Madeira, O Guaporé e A Tribuna. Montei uma revista semanal. Dayle People. Um sucesso. Assim, resumindo, me tornei jornalista. Em 1993 fui para O Estadão do Norte. O que teria acontecido comigo se tivesse aceitado trabalhar pro governo de Rondônia naquela época? Com certeza estaria hoje aposentado como servidor público federal. Talvez, um bolsonarista rabugento. Estaria a esta hora no Mercado Central tomando caldo de mocotó falando mal de todo mundo. Risos.

Felizmente não aceitei. Não teria vivido muitos histórias e hoje não chamar-me-ia Roberto Kuppê. Nem estaria escrevendo isso agora. Seria um Zé Ninguém. A Receita Federal e seis meses como assessor de imprensa da Sefaz em 1995, foram meus únicos empregos públicos. Tem mais histórias, mas isso fica pro meu livro biográfico.

P.S. A vida da gente é uma estrada desconhecida. A gente segue, muda de rumo. E a cada mudança de rota, a história muda também.

Breakfast

Por hoje é só. Este é o breakfast, o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção com os temas de destaque da política em Rondônia e do Brasil.

(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político

O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Mais RO não tem responsabilidade legal pela opinião, que é exclusiva do autor.

Informações para a coluna:  [email protected]

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