Na noite desta quarta-feira (19), um duplo homicídio foi registrado no bairro Escola de Polícia, em Porto Velho, deixando a comunidade local em estado de choque. As vítimas, os primos Geilson Chaves da Gama e Richelle Cristina Cardozo Roça, foram brutalmente assassinadas em uma vila de apartamentos localizada na rua Irani Gadelha.
A Polícia Militar foi acionada após vizinhos relatarem uma violenta discussão. Ao chegarem ao local, os agentes encontraram Geilson caído próximo ao portão de entrada, com ferimentos graves e coberto de sangue. O homem não resistiu e faleceu antes da chegada do atendimento médico. Dentro de um dos apartamentos, o corpo de Richelle foi encontrado sobre uma cama, com sinais evidentes de asfixia.
A equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) constatou que Richelle havia sido morta aproximadamente oito horas antes de Geilson. Segundo testemunhas, barulhos e gritos foram ouvidos momentos antes do crime. Uma vizinha relatou ter visto Geilson chegando ao local e, pouco depois, escutado o som de telhas quebrando. Em seguida, o homem saiu ferido, pedindo ajuda antes de cair no chão.
Durante as investigações, familiares das vítimas informaram que Richelle havia terminado recentemente um relacionamento com Jesse Marcelino Monteiro, que foi identificado como principal suspeito do crime. A Polícia conseguiu localizá-lo em uma residência no bairro Jardim Santana. Ao ser detido, Jesse confessou a autoria dos homicídios.
Em depoimento, Jesse afirmou que, apesar do término, continuava mantendo encontros com Richelle. No dia do crime, ele teria suspeitado de um envolvimento da ex-companheira com seu primo, Geilson. Enfurecido, estrangulou Richelle por volta das 11 horas da manhã e escondeu o corpo no quarto. Mais tarde, por volta das 21 horas, atacou Geilson com golpes de faca ao encontrá-lo no local.
A Perícia Criminal encontrou a arma do crime no telhado do apartamento, juntamente com um afiador de facas. Jesse foi preso em flagrante e encaminhado às autoridades competentes, onde permanece à disposição da Justiça. O caso segue sob investigação.