Paranoia
A revista Veja dessa semana foi na ferida. Bolsonaro sofria de paranoia. Pior, se achava um Donald Trump, mas, na realidade, não passava de um pateta. De acordo com Veja, Jair Bolsonaro nunca escondeu de ninguém sua certeza de que forças ocultas conspiravam contra ele. Por medo de sabotagem, evitava viagens em jatos particulares. Protegido por um batalhão de seguranças, não abria mão de dormir com uma pistola embaixo do travesseiro. Para afastar risco de envenenamento, pedia a alguém para experimentar a comida antes de ser servida. De todos os fantasmas que habitavam a mente do ex-presidente, no entanto, o pior era o que soprava em seus ouvidos a existência de um complô para apeá-lo do poder.
Paranoia 2
A trama imaginária envolvia uma maquinação que teria fraudado as urnas eletrônicas em 2018. “Era para eu ter vencido no primeiro turno”, costumava repetir Bolsonaro, ao tentar explicar o flagrante paradoxo. Para a Procuradoria-Geral da República, esse comportamento paranoico era apenas um ardil para dissimular o início do planejamento de um cerco à democracia — obsessão que, se comprovada, agora pode render até quarenta anos de prisão ao ex-presidente.
Cagando para a prisão
Em um momento de sincericídio, Jair Bolsonaro admitiu que golpista que perde está lascado. O ex-presidente foi denunciado, nesta terça (18), por tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado democrático de direito, organização criminosa, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado pela Procuradoria-Geral da República.
Caso a denúncia seja aceita pelo Supremo Tribunal Federal, ele se tornará réu. Acusado de liderar a conspiração para impedir Lula de assumir o governo e de ser o principal beneficiário da tentativa de golpe operada no Brasil entre 2022 e 8 de janeiro de 2023, Jair pode pegar de 20 a 40 anos de prisão.
“Geralmente quem dá golpe é quem ganha. O golpista não perde, ou, se perde, ele está lascado”, admitiu. O lapso foi cometido durante o Primeiro Seminário de Comunicação do PL, em Brasília, nesta quinta (20). Inspirado, ele também havia afirmando no mesmo evento: “O tempo todo [é] ‘vamos prender o Bolsonaro’. Caguei para a prisão.”
Inelegível forever
Uma possível condenação de Jair Bolsonaro (PL) nos processos decorrentes da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) pode impedi-lo de disputar eleições pelo restante da vida. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo e analisada por juristas que explicam as consequências da Lei da Ficha Limpa para o caso do ex-mandatário. Bolsonaro, que completa 70 anos em março, responde por cinco crimes cujas penas somadas podem chegar a 43 anos de prisão.
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Segundo a legislação eleitoral, a inelegibilidade de condenados em crimes comuns começa com a sentença e se estende por mais oito anos após o cumprimento da pena. Assim, no pior cenário, o ex-presidente poderia ficar impedido de concorrer por 51 anos. A questão da prescrição pode ser um fator a favor do ex-presidente. De acordo com o Código Penal, pessoas com mais de 70 anos têm o prazo de prescrição dos crimes reduzido pela metade. Assim, caso Bolsonaro chegue a essa idade no momento da sentença, algumas infrações poderiam prescrever antes mesmo do cumprimento integral da pena.
“Ditadura sanguinária”
Sobre a tentativa de golpe de Estado comandada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, o deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) defende que a peça produzida pela PGR é “consistente, robusta e tem um encadeamento lógico muito importante”. Por isso, Ivan afirma que os bolsonaristas ficaram “desesperados”.
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“É gravíssima a denúncia. Essa ideia de que não houve uma tentativa de golpe de Estado se esfarela. A declaração do Ministro do Exército ameaçando dar voz de prisão para o Bolsonaro e o relato de que discutiram os três ministros: da Marinha, que topou colocar tropas na rua; da Aeronáutica que se negou; e do Exército, já seriam suficientes [para comprovar a tentativa de golpe]”, declara o deputado.
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Valente acrescenta que a minuta do golpe não foi feita só por Anderson Torres, mas também por Bolsonaro, que redigiu a redação final na casa do ex-ministro da Defesa, Braga Netto, convocando a ação dos “kids pretos”. O deputado afirma que isso seria uma “ação de morte, de assassinato político”. As informações são do Brasil 247.
Podcast
Entrevistado pelo podcast Resenha Política, o prefeito de Porto Velho, Léo Moraes (Podemos), revelou que está travando uma batalha para trazer para o município o montante de R$ 100 milhões de reais que estão bloqueados na justiça. O valor será destinado para a saúde que se encontra na UTI. Na mesma entrevista o prefeito disse que serão necessários cerca de 1 bilhão de reais para resolver o problema dos alagamentos em Porto Velho.
Bloco da Prevenção
Nesta sexta-feira (21), às 9h, no Mercado Cultural, a Prefeitura de Porto Velho, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), lançará a Campanha de Saúde do Carnaval 2025, com o tema “Tenda da Saúde – Bloco da Prevenção”.
Eleições 2026
Não se preocupem. Léo Moraes não vai deixar a prefeitura de Porto Velho para disputar o governo de Rondônia em 2026. No podcast ele disse que vai cumprir os quatro anos e disputar reeleição em 2028. Em 2030, quem sabe. Léo Moraes tem uma vantagem sobre todos os possíveis pretendentes. Em 2030 terá apenas 46 anos de idade.
Eleições 2026-2
Para as próximas eleições os nomes mais citados para a sucessão estadual são: Sérgio Gonçalves, Hildon Chaves, Ricardo Frota, Fernando Máximo, Alex Redano, Fátima Cleide, Marcos Rogério e Confúcio Moura.
Eleições 2026-3

Para a Câmara Federal os nomes mais citados são Jesualdo Pires (PSB-RO), Valdir Vargas, Euma Tourinho, Sid Orleans, Lucas Torres, Vinicius Miguel, Célio Lopes, Neidinha Surui e Elismar Araújo.

Já para estadual a lista é grande com destaques para Ramon Cujui, Everaldo Fogaça, Edson Silveira, Israel Trindade, Breno Mendes, Luiz Porto, Fábio Sphera, Giovanna Barros, Ribamar Araújo, Estênio Júnior, Samuel Costa, Celso Popó, Jesuino Bouabaid, Fátima Ferreira, Jefferson Rocha, Cláudio Carvalho, Torres Filho, Pedro Regis, dentre outros.
Breakfast
Por hoje é só. Este é o breakfast, o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção com os temas de destaque da política em Rondônia e do Brasil.

(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político
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