O nome é grande. Hospital Municipal Universitário. Maior ainda é a importância desse feito nos 100 dias de administração Léo Moraes, que será lembrado eternamente. Mais um hospital criado pelo governo Lula, com interferência do senador Confúcio Moura (MDB). Sabe, impossível não aplaudir de pé o prefeito de Porto Velho. Entrou para a galeria de melhor prefeito, o único a crir um hospital municipal. Não é pouca coisa.
Hospital municipal 2
O anúncio foi feito nesta quarta-feira (10), durante agenda institucional do prefeito Léo Moraes em Brasília, em reunião com o ministro da Educação, Camilo Santana. Desde o início da gestão, a implantação do hospital municipal tem sido pauta constante de reuniões e articulações lideradas pela Prefeitura, sempre com o objetivo de avançar e tirar esse sonho do papel. Já foram diversas tratativas junto à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), ao Ministério da Saúde, ao Ministério da Educação e à Universidade Federal de Rondônia (Unir). Nessas agendas, estiveram presentes o senador Confúcio Moura, sua suplente Maria Eliza, a reitora da Unir, Marília Pimentel, e o secretário municipal de Saúde, Jaime Gazola.
Hospital municipal 3
Confúcio e o ministro da Educação, Camilo Santana
Segundo o senador Confúcio Moura, o novo hospital será administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) e promete transformar a realidade da saúde pública e da formação acadêmica no estado. A unidade será vinculada à Unir e atuará 100% dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), beneficiando diretamente a população de Porto Velho e de todo o estado de Rondônia.
Hospital municipal 4
Durante a reunião, o ministro Camilo Santana reforçou o compromisso do governo do presidente Lula em garantir que cada estado brasileiro conte com ao menos um hospital universitário. “Pode ter certeza, prefeito Léo Moraes: vamos trabalhar para que, o mais rápido possível, possamos dar essa boa notícia à população. Este será um hospital universitário, mas também será um hospital do SUS, totalmente voltado ao atendimento público”, afirmou. O presidente Lula vai estar em Porto Velho mês que vem inaugurando o hospital que está sendo negociado. Confúcio disse que já está no orçamento federal o recurso para a compra.
Jogo bruto
Os primeiros pré-candidatos ao governo de Rondônia são Confúcio Moura (MDB), Hildon Chaves (PSDB), Marcos Rogério (PL) e Sérgio Gonçalves (União Brasil). Sem dúvida nenhuma a sucessão estadual será teste para cardíaco. Não será uma corrida de 100 metros. Será uma maratona. Vencerá o mais preparado.
Confúcio Moura
Dos quatro nomes expostos, o de Confúcio Moura é de longe, o mais preparado tanto física quanto intelectualmente. Experiência de sobra. Resta saber se ele realmente preencherá a ficha de inscrição dessa maratona eleitoral.
Marcos Rogério
O senador Marcos Rogério (PL), eleito em 2018 arrastado pela onda bolsonarista, está ajustando todas as fichas na força do ex-presidente Bolsonaro. Pode dar com os burros nágua. Dono de um discurso eloquente, MR será forte um adversário a ser abatido.
Hildon Chaves
O ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB), que deixou a administração com 80% de aprovação, vai enfrentar uma pedreira. Enquanto percorre o estado para massificar o nome, enfrenta turbulências que poderão deixá-lo inelegível.
Sérgio Gonçalves
O vice-governador de Rondônia, Sérgio Gonçalves (União Brasil), afirma que será mesmo candidato ao governo de Rondônia. Mas, é o mais fraco desse quarteto. Porém, há quem diga que não se pode subestimá-lo. Terá a máquina do estado nas mãos e poderá surpreender. A conferir.
Bolsonarismo em queda
Os últimos dias e os que virão não serão nada bons para o bolsonarismo. Se fosse só a prisão de Bolsonaro, daria pra contornar, mas o que vem por aí é muita lama. O caso Rodrigo Manga (Republicanos), é só a ponta de um iceberg. Tem um escândalo gigantesco que envolve membros do Centrão desde o governo Bolsonaro.
Bolsonarismo em queda 2
Uma auditoria do TCU revela indícios da ação de um cartel de empresas de pavimentação em fraudes a licitações da Codevasf que somam mais de R$ 1 bilhão no governo de Jair Bolsonaro (PL).
Bolsonarismo em queda 3
O ex-ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil) é um dos envolvidos.A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma denúncia contra ele por supostos desvios em emendas parlamentares quando ele era deputado federal. A denúncia tem relação com as suspeitas de uso indevido de recursos públicos para a pavimentação de estradas que dão acesso a propriedades da família de Juscelino Filho na cidade de Vitorino Freire (MA). A irmã do ministro, Luanna Rezende, é a prefeita do município.
Bolsonarismo em queda 4
As investigações tiveram como ponto de partida relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) e chegaram ao que seria uma empresa de fachada, contratada para obras de pavimentação pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) durante o governo Bolsonaro. Portanto, a saída de Juscelino Filho não tem nada a ver com o governo Lula como os bolsonaristas estão querendo fazer crer.
China x EUA
A intensificação da guerra comercial entre as duas maiores potências econômicas do mundo deu um novo passo nesta sexta-feira, 11 de abril. A China anunciou que poderá elevar tarifas sobre produtos dos Estados Unidos para até 125%, caso o governo norte-americano continue com a imposição de tarifas adicionais sobre bens chineses exportados. A informação foi divulgada inicialmente pela Reuters.
China x EUA 2
Em pronunciamento oficial, o Ministério das Finanças da China afirmou que, diante das recentes medidas unilaterais dos Estados Unidos, Pequim “não irá recuar”. Já o porta-voz do Ministério do Comércio foi mais incisivo ao declarar que o país “condena veementemente as ações tarifárias unilaterais e arbitrárias dos Estados Unidos” e que medidas resolutas foram tomadas para “salvaguardar os direitos e interesses legítimos da China”. A autoridade ainda exigiu a remoção completa das chamadas “tarifas recíprocas”, classificando-as como práticas equivocadas que devem ser corrigidas.
Pato manco
Em menos de 90 dias de seu segundo mandato na Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alcançou um feito raríssimo na política internacional: não apenas perdeu a confiança de seus aliados históricos, como também os empurrou para os braços da China, fortalecendo ainda mais o papel global do gigante asiático. A grande aposta de Trump – o tarifaço – fracassou de maneira retumbante, e a gestão caótica destes primeiros dias gerou um abalo geopolítico cujos reflexos podem ser desastrosos para os movimentos de extrema-direita em todo o continente americano – o que representa uma excelente notícia para o restante do mundo. A opinião é de Leonardo Attuch, jornalista e editor-responsável pelo 247.
Pato manco 2
Na ânsia de impor tarifas exorbitantes até a países tradicionalmente aliados, Trump não apenas criou conflitos externos, mas também abriu caminho para que os países do Sul Global estabeleçam novas parcerias com Pequim, como deverá ocorrer na cúpula China-Celac marcada para maio. Desse modo, a postura isolacionista republicana tornou-se munição para o fortalecimento chinês, hoje um pólo alternativo de poder e de atração para governos descontentes com as constantes oscilações de Washington.
Breakfast
Por hoje é só. Este é o breakfast, o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção com os temas de destaque da política em Rondônia e do Brasil.
RK no Comitê de Imprensa do Senado Federal 2005
(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político
O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Mais RO não tem responsabilidade legal pela opinião, que é exclusiva do autor.