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domingo, junho 29, 2025

É preciso taxar os super ricos para reduzir a desigualdade

 

Por Édson Silveira*

O Brasil é um dos países mais desiguais do mundo — e isso não é apenas uma constatação estatística, mas uma realidade sentida nas ruas, nas periferias e no dia a dia de milhões de brasileiros e brasileiras. Enquanto a maioria da população trabalha duro para sobreviver com salários baixos e serviços públicos precários, uma minoria bilionária acumula riquezas incalculáveis, muitas vezes sem contribuir proporcionalmente para o país.

O vídeo recente do Partido dos Trabalhadores (PT), que viralizou nas redes sociais, reacende um debate urgente: por que os super-ricos pagam tão pouco imposto no Brasil?

A estrutura da carga tributária brasileira é perversa. Ao invés de cobrar mais de quem pode mais, ela recai com maior peso sobre os pobres. Isso acontece porque o nosso sistema tributário é baseado majoritariamente em impostos indiretos, como o ICMS, que incidem sobre o consumo. Em outras palavras, o trabalhador que ganha um salário mínimo paga o mesmo imposto sobre um pacote de arroz que um empresário milionário. Isso não é justiça fiscal. É injustiça tributária.

Ao mesmo tempo, rendimentos de capital, como lucros e dividendos — justamente onde estão concentradas as maiores fortunas — são pouco ou nada tributados. A isenção sobre lucros e dividendos, por exemplo, faz do Brasil uma exceção negativa no mundo. Nos países da OCDE, a taxação desses rendimentos é regra, não exceção. Aqui, seguimos protegendo privilégios em nome de uma falsa ideia de “liberdade econômica”.

A proposta de taxar os super-ricos, defendida pelo PT e por movimentos sociais, não é um ataque à riqueza — é uma defesa da democracia. É a tentativa de equilibrar uma balança profundamente desequilibrada, onde quem mais tem contribui menos e quem menos tem carrega o peso do Estado nas costas.

Além de promover justiça fiscal, a taxação dos super-ricos é uma ferramenta indispensável para combater a desigualdade social. Os recursos arrecadados com essa medida podem — e devem — ser investidos em saúde, educação, moradia e políticas públicas que garantam dignidade para quem mais precisa. Afinal, não há democracia plena em uma sociedade onde milhões passam fome enquanto poucos acumulam fortunas astronômicas.

A mobilização nas redes sociais é um sinal de que a consciência popular está mudando. Cada curtida, cada comentário, cada compartilhamento é parte de uma luta maior: a luta por um país mais justo, onde a riqueza seja instrumento de desenvolvimento coletivo e não apenas acúmulo privado.

É hora de virar o jogo. Taxar os super-ricos não é radicalismo. É justiça.

Vamos ampliar esse debate! Compartilhe, comente, pressione.

Assista aqui: https://www.instagram.com/reel/DLXF749uKt8

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