Roberto Kuppê (*)
Lula vem aí
Daqui a três dias, próxima sexta-feira, o presidente Lula chega em Porto Velho (RO), para uma série de entregas e anúncios. A capital é uma das mais contempladas pelo governo federal. Depois de mais de uma década sem receber recursos diretos da União, Porto Velho volta a ser prioridade nacional. Sob a gestão de Léo Moraes (Podemos), a prefeitura conseguiu aprovar todas as propostas apresentadas ao novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado pelo presidente Lula. O resultado é um pacote de investimentos que soma mais de R$ 32 milhões, destinado a ampliar e modernizar a saúde básica no município.
Lula vem aí 2
O maior projeto aprovado prevê a construção de uma policlínica, orçada em R$ 30 milhões. A capital passará a integrar o grupo de apenas 45 cidades brasileiras contempladas com esse tipo de estrutura, que concentra atendimentos especializados em um único espaço.
Lula vem aí 3
Primeiramente o presidente desembarca, pela manhã, em Rio Branco (Acre), onde vai participar de uma solenidade na Cooperacre, no Distrito Industrial. Após a agenda na capital do Acre, Lula segue para Porto Velho, onde será recepcionado por uma multidão composta por políticos, correligionarios e militantes. Caravanas do interior do estado estão se organizando para participar do evento.
Caminhada Esperança no Vale do Jamari
Aconteceu na tarde de ontem, 4, em Porto Velho, reunião da coordenação estadual da Caminhada Esperança para preparar o lançamento do movimento na região do Vale do Jamari. Programado para ocorrer no dia 16 de agosto em Ariquemes, o evento de lançamento terá a participação dos nove municípios e dos oito partidos que compõem o movimento (há grande chance de, em breve, o Cidadania ingressar no movimento).
Caminhada Esperança chega ao Vale do Jamari 2
Criado para ser o catalisador suprapartidário dos ideais progressistas no estado de Rondônia, o movimento Caminhada Esperança, que reúne o MDB, PT, PSOL, PC do B, Partido Verde, PSB, PDT e Rede foi lançado no dia 30 de maio em Porto Velho e deve chegar em todos as regiões do estado. Sob as lideranças do senador Confúcio Moura (MDB) e o ex-senador Acir Gurgaz (PDT), o movimento busca formular políticas de desenvolvimento inclusivo, garantias de direitos, sustentabilidade e melhoria na gestão pública.
Sucessão estadual
O senador Confúcio Moura segue interiorizando a Caminhada Esperança, sentindo o coração dos eleitores. A depender disso ele decidirá até o final do ano se sai à reeleição ou ao governo de Rondônia. Devem disputar ao governo Sérgio Gonçalves (União Brasil), Fernando Máximo (União Brasil) e Hildon Chaves (PSDB).
Senado Federal
Para o Senado Federal a batalha será “sangrenta”, com muitos candidatos fortes. Pelo bolsonarismo três nomes se destacam: Marcos Rogério (PL), Silvia Cristina (PP) e Rogério Scheid(PL). Pelo centro, Marcos Rocha (União Brasil). Pela esquerda Confúcio Moura (MDB), Acir Gurgacz (PDT) e Fátima Cleide (PT).
Câmara Federal e Assembleia
Para a Câmara Federal os nome mais comentados são o de Jesualdo Pires (PP), ex-prefeito de Ji-Paraná e de Sid Orleans (PT). Já para a Assembleia Legislativa, alguns nomes despontam: Ramon Cujui (PT), Israel Trindade (PT, ) e Everaldo Fogaça (Republicanos).
Prisão domiciliar
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teve a prisão domiciliar decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. De acordo com a decisão de Moraes, Bolsonaro ficará preso em sua casa, não poderá receber visitas que não sejam de familiares próximos e advogados, e todos os celulares utilizados em sua residência serão recolhidos. Moraes considerou que Bolsonaro desrespeitou as medidas cautelares que já haviam sido impostas a ele, que o proibiam de usar redes sociais e de manter contato com outros investigados. No domingo, Bolsonaro participou de uma manifestação a seu favor em Copacabana de maneira virtual, gravando um vídeo em conversa com seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), posteriormente divulgado nas redes sociais. A defesa do ex-presidente afirmou que ele não cometeu nenhum crime e seguiu respeitando as medidas cautelares impostas por Moraes. (g1)
Prisão domiciliar 2
Moraes considerou que Bolsonaro realizou uma “participação dissimulada” na manifestação a seu favor no Rio de Janeiro. De acordo com o ministro, “as condutas de Jair Messias Bolsonaro, desrespeitando deliberadamente as decisões proferidas por esta Suprema Corte, demonstram a necessidade e adequação de medidas mais gravosas, de modo a evitar a contínua reiteração delitiva do réu, mesmo com a imposição de medidas cautelares diversas da prisão”. Moraes afirmou ainda que Bolsonaro produziu material para ser publicado nas redes sociais de seus três filhos, de seus seguidores e de apoiadores políticos, e citou a videochamada ao deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) durante o ato na Av. Paulista. O conteúdo, segundo o ministro, seria de “incentivo e instigação a ataques” ao STF e de “apoio ostensivo” à intervenção estrangeira no Poder Judiciário. (CNN Brasil)
Prisão domiciliar 3
Flávio Bolsonaro publicou o vídeo com o recado do ex-presidente aos manifestantes em Copacabana em suas redes sociais logo após encerrar a conversa com o pai. O vídeo espalhou-se como rastilho de pólvora na internet, sendo republicado por milhares de apoiadores de Bolsonaro e por seus outros filhos. Horas depois, no entanto, o senador pelo Rio optou por apagar o vídeo, sob recomendação dos advogados de Bolsonaro. (Metrópoles)
Prisão domiciliar 4
Aliados de Bolsonaro criticaram Moraes. Nas redes sociais, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro publicou um trecho da Bíblia: “E os céus anunciarão a sua justiça; pois Deus mesmo é o Juiz”. Já o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) afirmou que Bolsonaro sofre perseguição: “Isso não é Justiça, é vingança política”. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afirmou em um vídeo no X que a prisão de Bolsonaro é um absurdo: “Vale a pena acabar com a democracia sob o pretexto de salvá-la?”. (g1 e X)
Prisão domiciliar 5
O governo americano condenou a decisão de Moraes. O Departamento de Estado dos Estados Unidos publicou uma nota acusando Moraes de “silenciar a oposição e ameaçar a democracia”. O post destaca que os EUA irão responsabilizar o ministro e “aqueles que apoiarem e facilitarem as condutas sancionadas”. Na publicação, o Departamento de Estado diz que a decisão de Moraes restringe a defesa de Bolsonaro. Agora, membros do governo Lula temem que as negociações sobre o tarifaço sejam prejudicadas pela prisão. (Folha)
Reagiu com indignação
O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) reagiu com indignação à manifestação do governo dos Estados Unidos contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que impôs prisão domiciliar a Jair Bolsonaro. Em postagem nas redes sociais nesta segunda-feira (4), o parlamentar criticou duramente a nota emitida pelo Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental, órgão do Departamento de Estado norte-americano, e alertou que o Brasil não aceitará pressões externas.
Reagiu com indignação 2
“A interferência do governo dos EUA nos assuntos internos do Brasil é inaceitável. O Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental, órgão oficial do Departamento de Estado, ultrapassou todos os limites ao atacar o STF e o ministro Alexandre de Moraes, por cumprir seu dever constitucional”, escreveu Lindbergh. “A prisão domiciliar de Bolsonaro foi decretada por descumprimento de cautelares e não se trata de opinião, mas de decisão judicial amparada na Constituição”, acrescentou o deputado.
A prisão de Bolsonaro não tem relação com o processo que investiga a trama golpista, pelo qual ele é réu e deve ser julgado até o fim de setembro. As medidas cautelares foram impostas em 18 de julho e estão relacionadas à investigação em curso no STF sobre as ações de seu filho Eduardo Bolsonaro (PL) contra a soberania nacional. Bolsonaro ainda pode ser condenado a até 40 anos de prisão pelo crime de tentativa de golpe de Estado. (Folha)
Quarto presidente preso
Jair Messias Bolsonaro é o quarto presidente a ser preso desde a redemocratização do Brasil. A lista inclui os ex-presidentes Fernando Collor de Mello, Michel Temer e o presidente Lula — todos acusados em casos de corrupção e abuso de poder. Antes deles, outros presidentes brasileiros também foram presos, como Hermes da Fonseca (1910–1914), Washington Luís (1926–1930) e Arthur Bernardes (1922–1926). O ex-presidente Juscelino Kubitschek (1956–1961) chegou a ser preso por alguns dias após a decretação do AI-5, durante a ditadura militar. (Poder360)
Quac!
Sérgio Moro criticar prisão domiciliar pro golpista é tipo o piromaníaco reclamar da fumaça. O homem que tentou criar uma fundação com R$ 2,5 bi agora finge ser paladino da justiça. Hipocrisia em grau lavajatíssimo! Tá achando que a gente esquece?
Breakfast
Por hoje é só. Este é o breakfast, o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção com os temas de destaque da política em Rondônia e do Brasil.
(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político, com informações do Canal Meio
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