Coluna Zona Especial de Sábado

Roberto Kuppê (*)

O gesto de Lula

Lula fez um gesto que talvez salvará o estado de Rondônia. Ao chamar Confúcio Moura (MDB) para falar, Lula colocou o senador em campo na disputa pelo governo de Rondônia. O presidente já estava em suas falas finais quando, de repente, para surpresa geral, puxa Confúcio e, de mãos dadas, agradeceu ao senador pela fidelidade ao governo federal, dando-lhe a palavra. Pego de surpresa, o senador falou tudo que estava no coração. Foi aplaudido, recebendo um caloroso abraço do presidente. “Agradeço ao presidente Lula por esse olhar atento e pelos investimentos que Rondônia está recebendo. Sinto-me honrado em fazer parte da base do governo e contribuir para que nosso Estado avance cada vez mais”, disse.

Lula em Rondônia e as conclusões inequívocas

A visita do presidente Lula à Rondônia produziu duas constatações claras e objetivas. A primeira delas é que a que a esquerda em Rondônia está viva, pujante e, o melhor, unida em torno de um projeto de continuidade no poder. A prova foi a quantidade de pessoas presentes ao evento. Do lado de dentro do Palácio das Artes, 1.100 pessoas. Do lado de fora, a mesma quantidade.

Lula em Rondônia e as conclusões inequívocas 2

A outra constatação, foi o rito do evento. Anunciado como um ato de anúncio de investimentos em várias áreas, esta agenda foi cumprida pelos ministros responsáveis por cada uma das pastas. Na fala de Lula, apenas política. Indicação clara de que será candidato à reeleição.

Lula em Rondônia e as conclusões inequívocas 3

No entanto, o gesto político mais simbólico foi o fato da fala do senador Confúcio Moura ter sido a escolhida para fechar o evento. Em eventos deste tipo, a tradição reserva ao Presidente da República a última fala. Em Rondônia, o senador Confúcio Moura foi chamado por Lula a fazer o discurso de encerramento.

Lula em Rondônia e as conclusões inequívocas 4

Com isto, este colunista crava o seguinte: Lula será candidato à reeleição, acredita que a esquerda em Rondônia está forte – para isto a Carta entregue a ele pelo Movimento CAMINHADA ESPERANÇA foi decisiva – e, o mais eloquente: ele quer Confúcio Moura governador do estado.

Ponto para o Léo

No evento, a presença do prefeito de Porto Velho, Léo Moraes (Podemos) foi destaque. Mesmo vindo de campos opostos no espectro político, o prefeito recebeu o presidente com respeito institucional e aproveitou para apresentar demandas históricas da cidade, defender investimentos estratégicos e reforçar a importância de projetos estruturantes nas áreas de saúde, mobilidade urbana e infraestrutura.

Ponto para o Léo 2

Léo Moraes discursou e agradeceu pelos investimentos do governo federal e recebeu atenção especial do presidente Lula que reafirmou que governa para todos independente da cor partidária. Léo Moraes ouviu do presidente que ele vai voltar à Porto Velho só prá inaugurar o Hospital Municipal Universitário, que contará com 150 leitos no total — sendo 100 garantidos pela União e 50 de responsabilidade do município — representando um marco inédito no atendimento hospitalar local. Além de ampliar a capacidade de internação, a estrutura será referência no ensino e formação de novos profissionais de saúde, unindo assistência de qualidade e desenvolvimento acadêmico.

Sem presentes

A coluna notou que ninguém deu nenhum presente ao Lula. Por exemplo, produtos como chocolate, café e tambaqui.

Mas ele fez de novo

O incorrigível Lula, fez questão de tirar sarro do ex-presidente Bolsonaro. Repetiu aquele gesto que virou meme e até música viral, levantando gargalhadas na plateia. Ô Trumpi, Ô Trumpi, defende meu pai. Ô Trumpi, Ô Trumpi, defende meu pai. Risos.

O Mossad avisou

O governador Marcos Rocha (União Brasil) fez o certo em não comparecer. Ia levar uma sonora vaia. Rocha foi orientado pelo Mossad, agência de inteligência de Israel, para não ir. Quem levou as vaias foi o vice-governador Sérgio Gonçalves.

Breakfast

Por hoje é só. Este é o breakfast, o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção com os temas de destaque da política em Rondônia e do Brasil.