Buscando evitar impactos negativos no setor produtivo e ao consumidor final, o senador Jaime Bagattoli (PL) tem liderado as conversas sobre as consequências da privatização da hidrovia do rio Madeira na economia de Rondônia.
“A Hidrovia do Madeira já é uma hidrovia consolidada, o que ela precisa são de poucos investimentos. Outro ponto que precisa ser lembrado é que boa parte dos portos ao longo dela já são da iniciativa privada. Diante disso, não resta dúvidas de que a privatização vai encarecer os custos para o produtor rural e repercutir lá na ponta com o consumidor final”, defende o senador durante uma sessão na Comissão de Infraestrutura.
A estratégia, ainda segundo o senador, será seguir uma linha que reafirme a necessidade do Congresso de validar temas de impacto nacional tão sensíveis como é a privatização da hidrovia.
Desde 2024, Bagattoli já vem alertando sobre as consequências da concessão da hidrovia. Em setembro do mesmo ano, o senador defendeu que haja garantias na tarifa para concessão da hidrovia do rio Madeira, uma vez que todo o custo na logística é pago pelo produtor.
“Precisamos, enquanto bancada, de uma atuação política cuidadosa, mas com muita firmeza na oposição à privatização. É preciso pensar quem de fato vai ganhar com tudo isso e, principalmente, os meios para que os mais pobres não sejam ainda mais penalizados”, acrescenta o senador.
Com um trecho de mais de 1 mil quilômetros, compreendido entre Porto Velho e a foz do rio Amazonas, a hidrovia do rio Madeira é considerada uma das maiores rotas de escoamento de produtos do Brasil. Além dela, o Governo Federal incluiu, no fim de agosto, mais duas hidrovias da região Norte, a do Tapajós e do Tocantins, num pacote de privatizações.
Assessoria