Roberto Kuppê (*)
Trump perdeu
Sim. Trump perdeu e Lula venceu (mais uma). Doravante, Lula tem que se preparar para receber o troféu “Chefe de Estado do Ano”, das mãos do perdedor. Não temais, Lula. Trump sentiu e cedeu. Os Estados Unidos perderam muito com o tarifaço contra o Brasil. A pressão foi grande sobre ele. Pior de tudo é ter que engolir em seco o fato de ter sido enganado por Eduardo Bolsonaro. Resta ao chefe de estado dos EUA banir o traidor da Pátria brasileira.
Trump em ‘química’ com Lula
A inesperada demonstração de afeto do presidente americano Donald Trump ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pegou de surpresa tanto a Casa Branca quanto o Planalto. A expectativa entre assessores palacianos e diplomatas era de que Lula e Trump trocassem apenas um frio aperto de mão nos bastidores da Assembleia Geral da ONU, aberta pelo brasileiro e seguida pelo discurso do americano. Mas o abraço, seguido de um convite para conversar na próxima semana, foi uma demonstração de aproximação muito maior do que esperava o mais otimista dos diplomatas brasileiros. Após o fim do discurso de Trump, funcionários dos dois governos iniciaram imediatamente as negociações para a conversa. O chanceler brasileiro, Mauro Vieira, disse que muito provavelmente Trump e Lula vão conversar por telefone ou videoconferência. Vieira confirmou que Lula enviou um convite para que Trump venha à COP 30 em novembro. O que ele não disse, no entanto, é que o Itamaraty e assessores de Lula preferem que o encontro não seja presencial, por temerem que o presidente americano possa constranger o presidente brasileiro, como fez com os mandatários da Ucrânia e da África do Sul no Salão Oval da Casa Branca. (CNN Brasil)
Trump em ‘química’ com Lula 2
A reação de Trump ao encontrar Lula após o discurso do brasileiro na abertura da Assembleia Geral da ONU surpreendeu também integrantes da diplomacia americana. Eles ficaram ainda mais surpresos ao ouvir o presidente americano elogiando Lula durante seu discurso, de forma improvisada. A porta-voz do Departamento de Estado, Amanda Robertson, disse que nada disso estava programado. “Foi tudo espontâneo, não estava planejado”, afirmou. (g1)
Trump em ‘química’ com Lula 3
A aproximação entre Trump e Lula, após meses de troca de farpas, acusações e sanções aplicadas por Washington, é resultado também dos esforços de empresários brasileiros e americanos que defendem uma relação mais pragmática entre os dois países. De acordo com interlocutores que trabalham pela reaproximação, empresas como a Embraer e a JBS, que têm operações nos Estados Unidos, ajudaram a abrir o caminho para o abraço desta terça-feira. Eles encontraram apoio no Departamento de Comércio e no Tesouro americano, órgãos preocupados com os impactos do tarifaço imposto ao Brasil na economia dos EUA. (Folha)
O estadista
Na ONU, Lula falou como estadista: defendeu a democracia, a soberania brasileira, condenou o massacre em Gaza e foi aplaudido cinco vezes. Trump, no mesmo palco, improvisou ataques, ironizou a ONU, citou o Brasil com condescendência e reafirmou tarifas duras. Aos 80 anos, a organização virou palco de um contraste histórico entre multilateralismo e autoritarismo, avalia Flávia Tavares na coluna Cá Entre Nós. (YouTube)
O estadista 2
No discurso em que elogiou Lula, Trump não citou uma só vez o nome de Jair Bolsonaro, para desespero dos apoiadores do ex-presidente, que esperavam que as pressões americanas pudessem resultar em uma anistia. Para piorar, nesta terça-feira o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), rejeitou a indicação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para ser o líder da minoria, em mais uma tentativa de salvar o mandato do filho de Jair Bolsonaro. Logo depois, o Conselho de Ética da Câmara instaurou um processo que pode levar à cassação de Eduardo por conta de sua atuação junto a autoridades americanas para sancionar o Brasil e autoridades brasileiras, como o ministro do STF, Alexandre de Moraes. Denunciado pela Procuradoria-Geral da República por coação, Eduardo Bolsonaro segue sendo procurado por oficiais de Justiça para ser intimado. (Globo)
Ah, coitado
Eduardo Bolsonaro escolheu justamente esta terça-feira, nada auspiciosa para sua família, para declarar que, se seu pai não puder concorrer às eleições de 2026, ele será o candidato à Presidência da República em nome do clã. “Eu sou, na impossibilidade de Jair Bolsonaro, candidato a presidente da República; por isso que o sistema corre e se apressa para tentar me condenar em algum colegiado, que seja na Primeira Turma do STF, para tentar me deixar inelegível”, disse ele, dos Estados Unidos. (Metrópoles)
PEC da Blindagem
O senador Alessandro Vieira (MDB-SE) apresentou nesta terça-feira parecer contra a PEC da Blindagem, proposta que condiciona a abertura de processos criminais contra deputados e senadores à autorização do Congresso. No relatório, o parlamentar classificou o texto como inconstitucional e disse que ele abre caminho para a impunidade de políticos eleitos. “A medida que se apresenta como defesa do Parlamento, na verdade mina sua legitimidade, transformando-o em refúgio para criminosos de toda ordem”, escreveu Vieira. A proposta foi aprovada na Câmara e está em análise na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, com votação prevista para hoje. (Estadão)
PEC da Blindagem 2
Senadores da oposição ainda tentam salvar a chamada PEC da Blindagem, que, ao que tudo indica, será enterrada pelo Senado. O senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) apresentou uma emenda para alterar o texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), já aprovada na Câmara. A sugestão protocolada por Moro prevê que a Câmara dos Deputados e o Senado só precisariam autorizar investigações quando se tratar de crimes contra a honra ou de acusações relacionadas exclusivamente a opiniões, palavras e votos de parlamentares. (Valor)
Guilherme Boulos
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu nomear o deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) para a Secretaria-Geral da Presidência, em substituição a Márcio Macêdo (PT). A mudança será oficializada após a viagem de Lula aos Estados Unidos, segundo interlocutores do governo. Lula comunicou a decisão a ministros e dirigentes petistas no fim de semana. Macêdo deve deixar o cargo para disputar uma vaga de deputado federal em 2026, com apoio do PT de Sergipe. (Folha)
Fátima Cleide
A coluna espera que a ex-senadora Fátima Cleide (PT), braço direito do ministro Macedo continue com Boulos ou assuma novas funções na presidência da República. Ela tem sido importante representante de Rondônia na pasta. E por falar em Fátima Cleide, ela é cotadíssima para disputar uma vaga de deputada federal. Lula precisa dela na Câmara Federal.
Declínio do bolsonarismo
Aquilo que a coluna falou sobre o desaquecimento da direita em Rondônia com o declínio do bolsonarismo, está acontecendo. Mais acentuado ainda, após ontem, o presidente dos Estados Unidos Donald Trump dar uma guinada para a esquerda brasileira. Ao elogiar Lula em público para bilhões de pessoas, Trump jogou um balde de água fria nos bolsonaristas de Rondônia. E isso vai reverberar na sucessão estadual. O senador Confúcio Moura (MDB-RO), está entusiasmado. Não podia ser melhor presidente momento do Movimento Caminhada Esperança. Resta ao grupo político de Confúcio Moura aproveitar esse momento e intensificar o movimento, e os nove partidos que o compõem, sejam mais atuantes.
Sucessão estadual
A sucessão estadual em Rondônia ainda está imprevisível. Antes favorável à bolsonaristas, agora o cenário é de meio a meio, nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Vencerá aquele que fizer as melhores alianças. Nesse quesito, Confúcio Moura está na dianteira com nove partidos. Já os bolsonaristas estão divididos e isso não é bom.
Sucessão estadual 2
O senador Marcos Rogério (PL-RO) já sabe que não será candidato ao governo. Perdeu o timing e até a própria reeleição é incerta. O deputado federal Fernando Máximo (UPr) é o que mais se destaca entre o bolsonarismo, que, repetimos, está em declínio no Brasil e em Rondônia. Hildon Chaves (PSDB), sem chances. Os limites eleitorais dele não passam de Candeias do Jamari. É isso e nada mais.
Congresso Nacional e estadual
Os nomes mais citados para o Senado Federal são: Silvia Cristina (UPr), Marcos Rocha, (UPr), Acir Gurgacz (PDT), Marcos Rogério (PL-RO) e Confúcio Moura (MDB-RO). Já para a Câmara Federal: Sid Orleans (PT), Jesualdo Pires (UPr), Fátima Cleide (PT), Ieda Chaves (PSDB), dentre outros. Para estadual se destacam: Ramon Cujui (PT), Alex Redano (Republicanos), Everaldo Fogaça (PSD), Marcos Combate (PL), Jair Montes (Avante), Breno Mendes (Avante), Valnei Rocha (Podemos), Thiago Tezzari (PSDB), Israel Trindade (PT), Paulo Moraes Júnior (Podemos), Caté Casara (PT), Cláudio Carvalho (PT), Léo Simão (PT), dentre outros.
200 milhões

Chipre

Chipre 2
Também participou do encontro o secretário municipal de Turismo, Esporte e Lazer, Paulo Moraes Júnior, que destacou a importância dessa aproximação com nações do outro lado do mundo, capazes de atrair turistas interessados em conhecer a região amazônica. “Nossa intenção é levar Porto Velho para os quatro cantos do mundo, apresentando a rica história e a bela natureza da nossa cidade, que vem se estruturando cada vez mais para se transformar em um polo turístico na Amazônia brasileira”, relatou Paulo Moraes Júnior.
Ouro ilegal no rio Madeira
Em sete meses, 277 balsas e dragas extraíram R$ 245,5 milhões em ouro ilegal no rio Madeira, segundo estimativa da Polícia Federal. Já os impactos socioambientais foram calculados em R$ 630,9 milhões, totalizando R$ 876,4 milhões em danos causados pelo garimpo na região de Humaitá (AM). Os equipamentos citados no cálculo foram destruídos em uma operação feita entre 8 e 19 de setembro, sendo a primeira ação iniciada e coordenada pelo Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia (CCPI Amazônia), inaugurado pelo presidente Lula, em Manaus, no último dia 9. (Folha)
Breakfast
Por hoje é só. Este é o breakfast, o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção com os temas de destaque da política em Rondônia e do Brasil.
(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político, com informações do Canal Meio
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