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quinta-feira, dezembro 4, 2025

Rondônia contribui para marco histórico e Brasil elimina transmissão vertical do HIV

Ministério da Saúde anuncia que o País cumpriu critérios internacionais para impedir que o vírus passe da mãe para o bebê (transmissão vertical); fortalecimento do pré-natal nos 52 municípios rondonienses foi decisivo para o resultado.

O Brasil, com a participação decisiva da saúde pública de Rondônia, alcançou um feito histórico. O Ministro Alexandre Padilha anunciou que o país atingiu uma série de critérios internacionais para eliminar a transmissão vertical do HIV – quando o vírus é passado da mãe para o bebê durante a gestação, parto ou amamentação. Esta conquista coloca o Brasil, e consequentemente Rondônia, alinhados às metas globais da ONU e na fila para receber o certificado oficial da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A eliminação dessa forma de transmissão é um dos indicadores mais sensíveis da qualidade da saúde pública. Para que o Brasil chegasse a esse patamar, foi necessário um esforço conjunto nos estados. Em Rondônia, o trabalho da Superintendência do Ministério da Saúde (SMSA), em articulação com a Secretaria de Estado da Saúde, a Agevisa e as secretarias municipais, foi fundamental para garantir que gestantes nos 52 municípios tivessem acesso ao pré-natal de qualidade, testagem precoce e tratamento antirretroviral.

O superintendente do Ministério da Saúde em Rondônia, Sid Orleans, celebrou o anúncio como uma vitória do SUS na Amazônia. “Quando o Ministério anuncia que o Brasil eliminou a transmissão vertical, ele está dizendo que a rede de saúde funcionou lá na ponta, na Unidade Básica de Saúde de cada município do Brasil. Essa vitória nacional tem o DNA do trabalho feito aqui, superando nossas distâncias logísticas para garantir que o teste e o remédio chegassem a cada gestante. Proteger um bebê do HIV é garantir o futuro.”

Os Números da Conquista

Os dados do novo Boletim Epidemiológico mostram que a taxa de transmissão vertical no país ficou abaixo de 2%, e a incidência de infecção em crianças foi inferior a 0,5 caso por mil nascidos vivos. Além disso, o Brasil registrou o menor número de mortes por Aids em 32 anos.

Na área materno-infantil, a melhoria na assistência pré-natal e nas maternidades resultou em uma queda de 54% no início tardio da profilaxia neonatal. Ou seja, os bebês estão sendo protegidos no momento certo.

Prevenção e Tecnologia no Estado

Rondônia também segue a estratégia nacional de ampliação do acesso às novas tecnologias. O SUS no estado oferece a Prevenção Combinada, que une a distribuição de novos modelos de preservativos (texturizados e sensitivos) ao acesso à PrEP (Profilaxia Pré-Exposição) e à PEP (Profilaxia Pós-Exposição).

O diagnóstico foi facilitado com o envio pelo Ministério da Saúde de milhares de “duo testes” (que detectam HIV e sífilis simultaneamente) e autotestes para as unidades de saúde do Estado. Além disso, o tratamento para quem vive com HIV em Rondônia avançou com a oferta do comprimido único (Lamivudina e Dolutegravir), facilitando a adesão dos pacientes.

Com esses resultados, o Brasil se aproxima das metas globais 95-95-95 (95% das pessoas com HIV conheçam seu diagnóstico, 95% delas estejam em tratamento e 95% dos tratados alcancem supressão viral.) da ONU, consolidando o SUS como referência mundial no combate à epidemia e na defesa da vida.

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