Por Roberto Kuppê (*)
Impeachment em massa
O Brasil poderá vivenciar um fato político inédito e inusitado. Todo o clã Bolsonaro poderá sofrer cassação de seus respectivos mandatos. Do presidente ao vereador, os Bolsonaro colecionam uma série de crimes, do eleitoral ao administrativo, podendo até estarem envolvidos em homicídios. A hashtag #ImpeachmentBolsonaro chegou ao topo dos Trending Topics do Twitter. Não se fala de outra coisa. As capas das revistas semanais devem dar as pistas do destino do clã. A da Veja (ao lado) aborda a complexidade das investigações em torno da morte de Marielle Franco. De acordo com investigações, há dúvidas sobre a participação do presidente Bolsonaro no assassinato.
Já a reportagem de capa de IstoÉ traz a polêmica do leão. Segundo a reportagem, Bolsonaro não se porta como o rei da selva. Emocionalmente descontrolado, o presidente Jair Bolsonaro dá sinais de que perdeu o eixo, trata todos como se fossem inimigos e corre o risco de acabar sozinho. Militares, juízes do STF, ex-aliados e associações de imprensa reagem assustados. A situação agravou-se com um de seus filhos defendendo a volta do AI-5. Nunca antes na história desse País ocorreu a ascensão de uma família completa em todos os níveis da política. De presidente da República a vereador, o clã está em todas. Mas, o que poderia ser algo positivo, tem se revelado um desastre. Essa é a verdade.

Caso Marielle
O MP-RJ discute o afastamento da promotora Carmen Eliza Bastos de Carvalho das investigações sobre o assassinato da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL). Carmen fez campanha para Jair Bolsonaro e já publicou foto com o deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL-RJ), que quebrou a placa de Marielle.
Ele está descontrolado
O Brasil está nas mãos de um mandatário literalmente fora de controle emocional. Nos últimos dias, a população acompanhou apreensiva e boquiaberta uma sucessão de manifestações do presidente que revelam inabilidade para lidar com as instituições, despreparo para confrontar notícias negativas e, no final, degeneraram em uma situação descontrolada. Fonte: IstoÉ.
Suruba no Planalto
O deputado Alexandre Frota (PSDB-SP) publicou, nesta sexta-feira (1), um vídeo (veja abaixo) em que o Jair Bolsonaro pede para que ele “cale a matraca”. O parlamentar afirmou ainda que o presidente disse que quer “continuar transando” com ele. De acordo com Frota , o vídeo foi gravado durante um café da manhã no Palácio do Planalto, após ele ter pedido a prisão do ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, investigado por movimentações atípicas em sua conta e suspeita de “rachadinha” no gabinete do senador.
Segue o vídeo do meu encontro com Bolsonaro no Palácio no café da manhã. No vídeo podemos ouvir claramente quando eu fala pra mim com a mão na boca(porra Frota cala essa matraca)na sequência diz "eu quero continuar transando contigo "isso por eu ter pedido a prisão do Queiroz pic.twitter.com/BqA0cIbDMq
— Frota 777 ( equipe ) (@alefrota77) November 1, 2019
Desastre ambiental
Autoridades estaduais e municipais de Porto Velho ainda não tomaram nenhuma providência acerca do derramamento de óleo numa nascente nas imediações da oficina do 5 BEC. Centenas de peixes foram encontrados mortos após estranha substância oleosa surgiu no igarapé. Um chacareiro denunciou o possível crime ecológico.
Rocha indiferente
O governador de Rondônia, Marcos Rocha (PSL), não está nem aí para o desmatamento e as queimadas no estado. Não tem participado de encontros de governadores da Amazônia que tratam do tema. A última ocorreu na segunda-feira, 28, no Vaticano (Itália). Marcos Rocha não foi e nem mandou representantes. Ele segue fielmente o presidente Bolsonaro que é contra o Fundo Amazônia que visa proteger o meio ambiente. Aliado do agronegócio, MR quer distância de ecologistas.
Mais uma senadora de RO
Em breve Rondônia terá a sua segunda senadora. Após Fátima Cleide (PT) atuar brilhantemente em Brasília, desta vez será Maria Eliza de Aguiar e Silva, reitora da faculdade particular Centro de Ensino São Lucas. Ela que é a primeira suplente do senador Confúcio Moura (MDB-RO), deverá assumir em dezembro quando o titular deverá tirar uma licença do cargo. Ela tem experiência de sobra para substituir com competência o senador Confúcio Moura que está desempenhando um excelente papel.
Feminicídio
Milhares de mulheres morrem no Brasil todo o ano (3 por dia, vezes 365), e os deputados da bancada da bala aprovaram armas (cerca de 17) para a população civil. Os mesmos parlamentares se posicionam contra o aborto. É o que chamamos de incoerência, hipocrisia. Além de ser pecado matar, tirar a vida de uma mãe deveria ser caracterizado como crime hediondo.
Desigualdade
Sobre desigualdade: dos 171,8 mil estudantes com as melhores notas do Enem, apenas 919 alunos (0,5%) eram de famílias de baixa renda. Brasil tem 55 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza; 48% das crianças brasileiras de até 10 anos não compreendem um texto simples.