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DEU NO IMPRENSA POPULAR, DO TABORDA: DENÚNCIA GRAVE CONTRA O CANDIDATO A VICE, NEODI

17/10/2010 05:11:32

A denúncia é grave: o deputado Neodi Carlos teria comprado um avião com dinheiro desviado do Legislativo.

O controverso e sortudo deputado Neodi Carlos conseguiu reeleger-se para o cargo de deputado com uma votação surpreendente, 15.401votos. Logo ele que comandou um período de turbulência no legislativo, a ponto de ter ameaçado renunciar o cargo de presidente.Neodi é o único remanescente dos envolvidos na “Operação Dominó” desencadeada pela PF a permanecer na atividade parlamentar. Na mira da Justiça pela prática crimes contra o meio-ambiente, o deputado Neodi sofre bloqueio de seus bens por determinação do Judiciário, mas isso, como se viu, não foi empecilho para que ele fizesse um grande e rica campanha eleitoral nesse ano.

Certamente muito contribuiu para sua vitória o cargo que conquistou por dois mandatos como presidente da Assembléia rondoniense. Ele foi beneficiado certamente pela maciça propaganda paga com o dinheiro público afirmando que na sua gestão a Assembléia devolvia dinheiro ao Executivo e praticava uma administração austera.

A DENÚNCIA

Pois o homem probo criado pela propaganda vai iniciar um novo mandato já tendo de esclarecer esta denúncia que, até agora, ainda não chamou a atenção do nosso severo Ministério Público Estadual (onde Neodi se vangloria de ter muitos amigos) e nem de outros órgãos de investigação.

Mas a própria Assembléia rondoniense, que nunca teve coragem de cassar ninguém pela prática da corrupção, poderá demonstrar interesse em passar à limpo essa história na próxima legislatura. Até porque o atual corregedor da Assembléia, deputado Valter Araujo, acabou sendo o deputado estadual mais votado e, como se sabe, nunca fez parte do grupo que com Neodi dominou a Casa nos últimos 4 anos.

A denúncia – veiculada em vários sites e escondida nos jornais – fala sobre o uso do dinheiro desviado por meio de licitações fraudulentas e superfaturamento de preços, em contratos da Assembléia Legislativa, para o pagamento das prestações de um avião do deputado Neodi consta de recente depoimento, com delação premiada, prestado à justiça por um dos organizadores do caixa dois que funcionou no Legislativo durante a presidência do então deputado Carlão de Oliveira.

De acordo com a denúncia o dinheiro para Neodi comprar o avião saiu de uma empresa chamada Aquárius, contratada pela Assembléia para prestar serviços de aluguéis de carros mas que, na verdade, chegou a ser uma das principais fontes abastecedoras do caixa 2 existente no legislativo estadual.

De acordo com depoimentos prestado à justiça, o avião foi comprado pelo próprio Neodi com recursos de sua empresa, mas depois o caixa 2 da Assembléia teria sido utilizado para pagar parceladamente a aeronave ao deputado, numa espécie de ressarcimento. Pelo menos a metade do valor do avião – de acordo com o depoimento – é oriundo de dinheiro desviado do parlamento estadual.

Sempre de acordo com a denúncia, a compra da aeronave seria para gerar mais dinheiro para o caixa 2 por meio de aluguel do avião à própria Assembléia Legislativa com valores superfaturados.

COISA ANTIGA

De acordo com pessoas que viveram o dia a dia da Assembléia desde a primeira legislatura. Isso é o que conta João Lima ([email protected]), que mantém viva uma história de 1984. “Foi quando aconteceu o primeiro escândalo. Na época, o Sr. José Bianco era o Presidente. O 1º Secretário era o Sr. Oswaldo Piana. Desviaram alguns recursos com o pagamento de folha paralela. Isso acontece até hoje. É normal folha paralela na Assembléia. Quando esse escândalo aconteceu, o Sr. José Bianco, para mostrar que era uma pessoa íntegra, designou uma Comissão de Inquérito Administrativo para apurar o desvio. Nomeou pessoas de sua confiança, inclusive pessoas que faziam parte dos desvios. Acionou a polícia, solicitou um promotor do Ministério Público e montou um verdadeiro circo. Tudo isso foi criado para incriminar pessoas inocentes”.

João Lima explica detalhes sobre esse episódio, vivido por ele, que busca até hoje ressarcimento pelos danos que sofreu:

“O dinheiro supostamente desviado, foi rateado entre as pessoas que foram nomeadas pelo Sr. Osvaldo Piana. O pessoal que fazia parte da ala do Sr. Bianco foram todos inocentados. Segundo a Comissão por terem tido um bom comportamento perante a Comissão. Os depoimentos, em sua maioria, foram tomados mediante ameaça de tortura pelo Promotor designado pela Comissão. Disseram que houve falsificação de documentos por parte de um servidor. Isso após algum tempo não foi comprovado. Na época, se houvesse seriedade por parte da Justiça, teriam solicitado uma quebra de sigilo bancário para saber se realmente essas pessoas se apossaram desse dinheiro”.

João Lima revela ao concluir: “Na época o inquérito foi terminado e enviado ao Ministério Público. Esse Inquérito passou mais de 20 (vinte) anos, e após esse tempo, chegaram a conclusão de que não havia nada que nos incriminasse.

Diante disso, entramos com pedido de danos materiais e morais. Esse pedido, encontra-se até hoje aguardando uma resposta. Acho que a intenção da Justiça é que os envolvidos morram. Nunca vi tanta morosidade por parte da Justiça. Infelizmente a nossa Justiça é cega para os pobres, porém, enxerga muito para atender os poderosos. Uma coisa que me deixa alegre é saber que aos poucos essas pessoas estão aparecendo na mídia como verdadeiros vilões” .

O José Bianco descrito nessas reminiscências de João Lima é o mesmo que agora está fazendo tudo para ver se coloca no governo o médico Confúcio Moura.

Fonte: Imprensa Popular/Aldrin Taborda

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