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terça-feira, setembro 9, 2025

Hildon Chaves precisa decretar lockdown urgente em Porto Velho

PORTO VELHO- Se depender do governador de Rondônia, Marcos Rocha (PSL), o estado caminhará para as milhares de mortes e centenas de milhares de casos de Covid-19. O prefeito de Porto velho, Hildon Chaves (PSDB), precisa decretar urgentemente um isolamento rígido, ou seja, lockdown, fechar tudo, deixar só o essencial por, pelo menos, 15 dias. E fazer cumprir sob pena de multas e até prisão, se for o caso.

Vidas estão sendo perdidas por falta de UTI. Milhares de pessoas insistem em sair às ruas apesar de restrições. O fim do isolamento restrito foi um erro.

Os números não para de crescer. Porto Velho, até ontem estava com 8.948 casos confirmados e 278 mortes que poderiam ter sido evitadas.

“Pessoal o caos está instalado. Tanto HB quanto JP estamos trabalhando sem luva de procedimento; no lugar dessas estamos utilizando a luva cirúrgica. Aparelho de Raios-x, Tomógrafo e CR do JP quebrado; Centro cirúrgico bloqueado. Resumindo The Walking Dead na saúde pública do Estado dê Rondônia. E apesar disso tudo somos entregues como ovelhas no matadouro para sacrifício daqueles que não se comprometem com a saúde da população. Fazem apenas discurso de promoção individual. Chega disso: vamos agir em atitude humana com os profissionais de saúde e também com a população”, enviou mensagem um médico de Porto Velho ao Mais RO.

O Ministério Público do Estado de Rondônia expediu recomendação ao governador do Estado de Rondônia e ao prefeito de Porto Velho para que analisem e, se for o caso, viabilizem o retorno do distanciamento social ampliado, com o funcionamento somente das atividades essenciais, realizando-se ações conjuntas de fiscalização, considerando a demora na ampliação de leitos de UTIs e a subida vertiginosa de casos de COVID-19.
Recomenda ainda que sejam adotadas providências no sentido de aumentar leitos de UTI para atendimento de pacientes com COVID-19, com todos os recursos necessários ao seu funcionamento, evitando-se o iminente colapso na rede pública e privada de saúde e  viabilizem a melhoria no atendimento nas unidades de saúde, especialmente com a contratação de recursos humanos, medicamentos e insumos, bem como a colocação, pelo Municipio de Porto Velho, de mais uma ambulância, tipo 0, para transporte de pacientes graves acometidos de COVID-19, uma vez que o SAMU apresenta dificuldades na realização intempestiva das remoções.
A recomendação é subscrita pelo Procurador-Geral de Justiça, Aluildo de Oliveira de Leite; pela Coordenadora da Força-Tarefa Covid-19, Promotora de Justiça Emília Oye, e pela Promotora de Justiça Flávio Barbosa Shimizu Mazzini, ambas titulares das Promotorias de Justiça da Saúde em Porto Velho.
A manutenção do distanciamento social ampliado é recomendada pelo MPRO diante da taxa de ocupação de UTIs nas unidades de saúde pública e privada que ultrapassa a 80% de ocupação, assim como o crescente número de casos de COVID-19, principalmente na capital Porto velho. No período de 5 a 17 de junho houve aumento de 6.705 casos confirmados (97,7%) e 148 óbitos (69%), demonstrando que a curva de casos segue ascendente, bern como a internações, inclusive em UTIs e de óbitos, desaconselhando as alterações do Decreto n° 25.138, contrárias às indicações técnicas ja colocadas pelo Decreto Estadual n° 25.049, de 16 de junho de 2020.
O município de Porto Velho tem  62,42% dos casos, com 8.948 casos confirmados e 278 mortes. O próprio Conselho Municipal de Saúde já expediu recomendação para manutenção apenas do funcionamento dos serviços considerados essenciais, como farmácias, postos de gasolina, supermercados e padarias.

Fonte: Mais RO

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