A CASA DO POVO VIROU DA MÃE JOANA

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Geovani Berno

 Por Geovani Berno (*)

Geovani Berno
Geovani Berno

Com todo o respeito que a dona Joana merece, mas a comparação é necessária pelo uso do adágio popular.

Necessário porque sua comunicação a mostra como um espaço democrático, de livre manifestação e onde as pessoas podem, desde que com respeito, circular à vontade nas áreas de uso comum. E até pouco tempo atrás, toda a imprensa era muito bem recebida naquele espaço.

Mas atualmente, pessoas que se diziam democráticas e que achavam um absurdo barrar “amigos e colegas” de imprensa, homens tementes a Deus, que usam crucifixos, abrem a bíblia para ler no horário de expediente para demonstrar sua fé, no momento que assumem cargos públicos mais elevados, esquecem suas origens e do apreço e, principalmente, da gentileza para com os colegas de profissão e de que ESTÁ no poder, e que este é efêmero, assim como todos somos.

 

Esquecem alguns homens, que somos republicanos e democráticos, graças a Deus. Mas o poder (e Hugo Chaves e Fidel Castro estão aí para nos mostrar) muda as pessoas. Para pior, infelizmente.

 

Uma pessoa que critica postura de seus colegas, um ente temente a Deus, que louva o exercício profissional e se orgulha de seu trabalho, e que após assumir o poder age de forma escabrosa, impedindo que profissionais cumpram com seu dever de informar, de realizar uma cobertura jornalística, é, no mínimo deplorável e digno de uma Nota de Repúdio do sindicato profissional da categoria, caso tivéssemos um que atuasse em nossa defesa.

 

O que não se concebe e não dá para entender, é que um profissional desta categoria, se posta como um troglodita defendendo seu assessorado, esquecendo-se que não é esta a função de um profissional da comunicação. Este papel cabe aos seguranças e ao próprio ente. E esquece o colega profissional, de que somos passageiros. Estamos no exercício da função. Até o momento em que o chefe também está. Após sua saída ou sua não eleição/reeleição, perde-se o “poder”, o telefone para de tocar e o ostracismo impera. Mas como diz um outro colega de profissão: “puxa-saco e formiga tem em todo canto”.

 

Espera-se, e este é o meu desejo, que cargos e funções não sejam colocados acima do companheirismo e do bom conviver. Amanhã você não estará mais no poder, meu caro. E poderá depender de uma indicação ou ser subordinado de quem ofender hoje. Portanto, sejam cordiais e abramos verdadeiramente as portas da Casa do Povo, pois caso contrário, o próprio povo e os colegas jornalistas acharão que continua a casa da mãe Joana. Novamente, desculpe dona Joana.

 

(*) Geovani Berno – é jornalista