O planejamento estratégico montado pela Prefeitura de Porto Velho nas ações de combate à dengue, evitou que a capital rondoniense vivesse uma epidemia da doença este mês. A informação foi passada nesta quarta-feira, 29, pelo secretário Domingos Sávio, da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), em entrevista coletiva. Pelos levantamentos feitos, o secretário afirmou que todas as projeções apontavam para um possível surto da doença. Em janeiro de 2013, foram notificados 478 casos de dengue em Porto Velho, número que acendeu o sinal de alerta.
No entanto, ao longo do ano, em função do trabalho realizado, os registros foram diminuindo e em dezembro foram registrados apenas 13 casos, com o ano fechando com 1.455 casos, bem abaixo dos 7.202 notificações de 2010. “Janeiro ainda não fechamos, mas pela média, temos uma projeção positiva, o que nos dá a segurança de que não teremos epidemia, como muito chegou a se falar. E todos sabem que janeiro é um mês crucial, por causa das chuvas. É nesse mês que os casos tendem a ficar sem controle. Mas com esse trabalho orientado pelo prefeito Mauro Nazif, conseguimos trazer esse índice para um número aceitável”, disse o secretário.
Nos últimos 13 anos já foram registradas 24.752 notificações da doença em Porto Velho. O ano com maior incidência da doença foi 2010 com mais de sete mil casos. O último óbito registrado foi em janeiro de 2013. Domingos Sávio reconheceu que sem a ajuda de parceiros como a Secretaria Municipal de Serviços Básicos (Semusb) na coleta do lixo nas áreas de intensificação e a Secretaria Municipal de Obras (Semob), Polícia Militar, Bombeiros, 17ª Brigada do Exército e o Ministério Público do Estado (MPE), não seria possível tirar a cidade da situação que se encontrava.“Porto Velho tem uma extensão territorial muito grande, difícil de ser trabalhada. São 800 quilômetros de ponta a ponta, uma área maior do que muitos estados e até países.
Mas felizmente conseguimos fechar essas parcerias que nos possibilitou tomar o controle da situação. Ainda existem bairros em situação de risco, no entanto, temos certeza de que com esse trabalho de campo que estamos realizado mais intensamente desde novembro, vamos manter esse quadro.
O secretário adiantou que a ajuda da população também é fundamental para se vencer essa “guerra”. A maioria dos criadouros do aedes aegypti, o mosquito transmissor da doença, é encontrada dentro das residências. Outros locais que contribuem para a proliferação do vetor são os terrenos baldios. Ele adiantou que se população tomasse as medidas necessárias para eliminar os criadouros do mosquito já contribuiria com uma redução em torno de reduz 50%. Por isso que a participação da população é de fundamental importância para manter a situação sob o controle.
Com relação a malária, pela primeira vez, desde 1999, os registros ficaram abaixo de 10 mil. Em 2013, foram feitas 8.947 notificações. A meta da Secretaria é reduzir a incidência da doença em pelo menos 30% este ano. “Estamos trabalhando para isso. A equipe já está em campo trabalhando arduamente e esse tem que ser um trabalho continuo, de rotina”, disse o secretário.