O Conselho Regional de Medicina Veterinária de Rondônia (CRMV-RO), através de Nota, confirmou o primeiro caso de Leishmania infantum em cachorro domiciliado em Porto Velho, com diagnóstico molecular (PCR) realizado pela Fiocruz-RO.
Um segundo animal, ainda assintomático, apresentou sorologia reagente e encontra-se em investigação.
A Leishmaniose Visceral Canina é uma zoonose de relevância epidemiológica e, por isso, casos suspeitos ou confirmados devem ser prontamente notificados à Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ), para que as ações de vigilância e controle sejam executadas conforme os protocolos de saúde pública.
O CRMV-RO reforça a necessidade de vigilância clínica por parte dos médicos-veterinários e recomenda atenção aos sinais clínicos compatíveis, além de comunicação imediata aos órgãos competentes.
Ver essa foto no Instagram
A Leishmaniose é uma doença grave, que pode afetar tanto cães quanto seres humanos, transmitida pelo mosquito-palha (Lutzomyia longipalpis). Esse inseto se desenvolve em locais úmidos com acúmulo de matéria orgânica, como folhas, frutos e fezes de animais. Costuma picar no início da noite e durante a madrugada.
Sintomas e prevenção
Os tutores de cães devem estar atentos a sinais como emagrecimento progressivo, feridas que não cicatrizam, queda de pelos (especialmente ao redor dos olhos e orelhas), crescimento anormal das unhas, apatia e fraqueza. Ao observar qualquer um desses sintomas, é fundamental procurar um médico veterinário.
Uma das principais formas de prevenção é o uso de coleiras repelentes com deltametrina a 4%, recomendadas por profissionais da área.
Além disso, o manejo ambiental é essencial para evitar a presença do vetor: manter quintais limpos, eliminar matéria orgânica em decomposição e dar destino adequado ao lixo orgânico são medidas que ajudam a interromper o ciclo do inseto transmissor.