Batendo todos os dias o próprio recorde, o rio Madeira sobe a cada hora, deixando a população e as autoridades assustadas. Mais assustadas. O nível subiu dez centímetros em 24 horas. Na madrugada desta segunda-feira, 24 de março, chegou a 19,54 por volta das 04 h 15, mas, ficou em 19,50 metros às 5 h 15 na última medição do setor de hidrologia da CPRM.
A CHEIA HISTÓRICA
Mais de dez de bairros da cidade de Porto Velho tem ruas alagadas e vilas ribeirinhas inteiras foram engolidas pelo rio, desalojando cerca de 4 mil pessoas na região. E o quadro ainda deve se agravar nas próximas duas semanas.
A previsão de ampliação da crise no Madeira é de relatório do Sipam (Sistema de Proteção da Amazônia), de Porto Velho, finalizado na manhã de sexta-feira. “Chuvas volumosas são esperadas, principalmente em Rondônia, no Mato Grosso e nas áreas a leste dos Andes peruanos e bolivianos, diz estudo do Centro Gestor e Operacional do Sipam, que subsidia as ações da Defesa Civil. A notícia de que mais água deve elevar a medição preocupa a Defesa Civil e provoca apreensão nos moradores, que desde o Natal estão sofrendo com a cheia. No dia 15 de fevereiro, a água bateu na marca de 17,57 metros, superando o registro de 1997, de 17,52 metros. Com a expectativa de mais chuvas na bacia do Madeira, formada principalmente pelos Rios Mamoré e Guaporé, mais o Beni, na Bolívia, técnicos do Sipam trabalham com a possibilidade de a medida superar a 20 metros.
Com informações do setor de Hidrologia da CPRM/ ANA/Estado