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sexta-feira, agosto 29, 2025

Ativista protesta contra deputada que votou a favor da redução da maioridade penal

luciana1A jornalista, empresária e  ativista Luciana Oliveira, está  na Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE-RO), para acompanhar audiência pública organizada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Federal. O objetivo da CPI é apurar as causas, razões, consequências, custos sociais e econômicos da violência, morte e desaparecimento de jovens negros e pobres no Brasil. Ocorre que um dos membros da CPI, é a deputada federal Mariana Carvalho (PSDB), que na semana passada votou a favor da redução da maioridade penal. Luciana Oliveira é uma das mais ferrenhas combatentes da redução, por entender que vai aumentar a violência ainda mais contra jovens, negros e pobres.  Luciana viu em Mariana uma contradição. Ele compareceu a audiência para protestar e pedir explicações da jovem parlamentar tucana. “Viemos pra dizer a deputada, que não dá pra salvar jovens negros e pobres em presídios. São eles os maiores prejudicados com a redução da maioridade penal”,  disse Luciana. O deputado feeral Marcos Rogério (PDT), que também votou a favor da redução da mairidade pnal, está presente a audiência pública.

 

A CPI

maria11A intenção da CPI é realizar oitivas e diligências pertinentes ao trabalho da Comissão nos Estados e terá como convidados para a mesa de debates, autoridades federais, estaduais e municipais, além de pesquisadores e estudiosos do tema da violência, representantes de movimentos sociais, parentes e vítimas da violência.

A CPI tem como presidente Reginaldo Lopes (PT/MG) e relatora Rosângela Gomes (PRB/RJ). A propositura da audiência em Porto Velho é da deputada Mariana Carvalho (PSDB/RO).

Números Violência

A taxa de mortalidade por homicídios no Brasil é uma das mais elevadas do mundo e o coloca na 11ª posição entre 194 países. Quando se olha a taxa entre os jovens, o número é ainda mais expressivo: quase 150 mortes para cada 100 mil jovens.

Segundo o especialista no tema, Édson Lopes Cardoso, jornalista e professor da Universidade Metodista de São Paulo, haver uma CPI para estudar essas mortes significa que, finalmente, o tema está ganhando destaque entre a classe política. O professor disse que o problema dos homicídios dos jovens negros é antigo e as causas são profundas.

Para ele é importante saber a naturalização desses assassinatos, o porquê a sociedade consente com isso e se “seremos capazes de mudar a representação humana do humano na sociedade”.

Cardoso relata que o risco de uma pessoa negra ser assassinada no Brasil é, em média, 2,5 vezes maior que o de uma pessoa branca, segundo diagnóstico da UNESCO.

Mais RO com informações de  ALE/RO – DECOM – [Geovani Berno]

Fotos: Eliênio Nascimento e Luciana Oliveira 

 

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