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terça-feira, setembro 9, 2025

Brasil movimentou US$ 6,9 bilhões no Turismo e Economia Criativa em 2023

Por Fernando Djavan (*)

Segundo análise do avanço dos números do turismo em 2023 pela Embratur e Economia Criativa, o Brasil movimentou US$ 6,9 bilhões.  Para o presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), Marcelo Freixo, o aumento dos voos internacionais e a defesa da sustentabilidade pelo Brasil foram fatores decisivos para o recorde no gasto de turistas estrangeiros em 2023.

O valor foi divulgado nesta segunda (5/2) e chegou a US$ 6,9 bilhões, ultrapassando o arrecadado no ano da Copa do Mundo, em 2014, com US$ 6,8 bilhões. O aumento significativo nos números do turismo em 2023, conforme divulgado pela Embratur (Empresa Brasileira de Turismo), não apenas reflete uma recuperação pós-pandemia, mas também destaca a interseção cada vez mais relevante entre o turismo e a economia criativa.

Esta análise examina como esses dois setores se influenciam e impulsionam mutuamente, contribuindo para o crescimento econômico e o desenvolvimento cultural do Brasil.

1. Turismo como catalisador da economia criativa: O turismo desempenha um papel crucial na promoção e valorização da cultura e das artes. Destinos turísticos que oferecem experiências autênticas e imersivas na cultura local têm maior probabilidade de atrair visitantes. Isso impulsiona as indústrias criativas, como arte, música, gastronomia, design e artesanato, gerando empregos e estimulando o crescimento econômico em comunidades locais.

2. Promoção de Destinos Culturais: A Embratur, juntamente com outras entidades do setor de turismo, tem promovido ativamente destinos culturais e criativos do Brasil. Isso inclui cidades históricas, festivais culturais, museus, galerias de arte e bairros vibrantes conhecidos por sua cena artística. O turismo cultural não só atrai visitantes interessados na história e na cultura do país, mas também valoriza e preserva o patrimônio cultural brasileiro.

3. Integração de Elementos Criativos no Turismo: A economia criativa se entrelaça com diversos aspectos do turismo, desde o design de experiências turísticas até a criação de produtos e serviços exclusivos. Empreendimentos criativos, como hotéis boutique, restaurantes temáticos, tours guiados por artistas e festivais de música, oferecem aos turistas experiências únicas e memoráveis, diferenciando um destino dos demais.

4. Estímulo à Inovação e ao Empreendedorismo:A colaboração entre o turismo e a economia criativa também impulsiona a inovação e o empreendedorismo. Iniciativas como incubadoras de startups criativas, programas de capacitação e financiamento para empreendedores culturais e projetos de economia criativa em áreas turísticas incentivam a criação de novos negócios e a diversificação da oferta turística.

5. Sustentabilidade e Responsabilidade Social:A sinergia entre turismo e economia criativa pode ser um motor para a sustentabilidade e a responsabilidade social. Projetos que promovem práticas sustentáveis, preservação ambiental, inclusão social e desenvolvimento comunitário são essenciais para garantir que o crescimento do turismo beneficie todas as partes interessadas de forma equitativa e sustentável.

6.Implicações Futuras e Desafios:O avanço dos números do turismo em 2023 pela Embratur, impulsionado pela economia criativa, oferece oportunidades significativas para o desenvolvimento econômico e cultural do Brasil. No entanto, desafios como a necessidade de infraestrutura adequada, políticas de apoio à economia criativa, preservação do patrimônio cultural e promoção da inclusão social ainda precisam ser enfrentados para garantir um crescimento sustentável e inclusivo do setor.

Em resumo, a interconexão entre o turismo e a economia criativa apresenta um potencial vasto e multifacetado para impulsionar o crescimento econômico, promover a diversidade cultural e estimular a inovação no Brasil. O aproveitamento dessas sinergias exigirá uma abordagem colaborativa e estratégica entre os setores público e privado, bem como o engajamento ativo das comunidades locais e dos stakeholders relevantes.

(*) Fernando Djavan é ativista da Economia criativa

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