Ingrid Bernardino Andrade e William Monteiro da Silva, suspeitos de espancar a menina Lauanny Hester Rodrigues até a morte, tiveram o pedido de habeas corpus negado pela Justiça. A audiência de instrução do caso está prevista para ocorrer em fevereiro de 2020.
Com a decisão, pai e madrasta da vítima seguem presos. William está no Centro de Ressocialização de Ariquemes (RO), enquanto Ingrid continua detida em uma penitenciária feminina da capital Porto Velho. William chegou a ser espancado dentro da unidade prisional.
À Rede Amazônica, o advogado de William e Ingrid, Hamilton Trodoli, informou que irá recorrer da decisão ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ).
No início deste mês, a avó paterna da criança, Suely dos Santos Monteiro, também teve o pedido de habeas corpus negado. A mulher foi presa preventivamente em outubro por suposta omissão do crime. Segundo a Polícia Civil, Suely tinha a guarda de Lauanny e estava proibida de entregar a criança ao pai.
Morte de Lauanny
Lauanny Hester Rodrigues, de apenas 2 anos, morreu depois de ser espancada pelo pai e a madrasta no fim da manhã do dia 21 de setembro, no bairro Marechal Rondon, em Ariquemes.
A Polícia Militar (PM) e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionados por vizinhos que ouviram a criança sendo agredida. Porém, quando a equipe médica e a guarnição chegaram a menina não apresentava mais sinais vitais.
O pai da criança, William, e a madrasta, Ingrid, foram localizados pela PM em uma prainha. Segundo a corporação, eles estavam deitados embaixo de uma árvore junto com um bebê de 5 meses, que é filha do casal.
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Criança morre após ser espancada em Ariquemes — Foto: Rinaldo Moreira/G1
Segundo o delegado à frente das investigações, Rodrigo Camargo, durante o interrogatório os suspeitos disseram que, de fato, tinham batido na menina por duas vezes.
“Às 2h40 da manhã eles acordaram, foram até a cozinha e viram que a criança tinha rasgado um saco de farinha de trigo. Diante disso, o pai acabou dizendo que para corrigir acabou agredindo a criança. Uma agressão absurda que, na minha visão e da polícia judiciária, configura tortura”, disse.
Fonte: G1