Por Roberto Kuppê (*)
Disk Feminicídio
Diante de milhares de casos de feminicídio no Brasil, com o assunto na ordem do dia, existe algum telefone específico para socorrer a mulher em situação de risco imediato, ou seja, quando está sendo espancada? Sabe-se que quando uma criança está engasgada com o leite, imediatamente o Bombeiros atende. Mas, no entanto, quando uma mulher está sendo engasgada pelo marido, a Polícia não vai atender a ocorrência por se tratar de uma briga de família. Por que? Os números diários de feminicídio não convencem? Existe o 180 da Delegacia da Mulher, mas, não funciona 24 horas, quando funciona. O correto seria ter um Disk Feminicídio, com atendimento 24 horas, com viaturas, com policiais masculinos e femininos, psicólogos, etc. Porque, neste momento, dezenas de mulheres estão sendo espancadas e mortas pelos seus companheiros. Abaixo, telefones úteis, para diversas ocorrências.
Ambulância | 192 |
Bombeiros | 193 |
Centro de Valorização da Vida (CVV) | 141 |
Comunicação para portadores de necessidades especiais | 142 |
Delegacia da Mulher | 180 |
Defesa Civil | 199 |
Delegacias Regionais do Trabalho | 158 |
Detran | 154 |
Direitos humanos | 100 |
Disque denúncia | 181 |
Governo Federal | 138 |
Guarda Municipal | 153 |
Ibama | 152 |
Informação de código de acesso de assinante | 102 |
Justiça Eleitoral | 148 |
Ofertas de emprego (Sine) | 157 |
Polícia Militar | 190 |
Polícia Rodoviária Federal | 191 |
Polícia Federal | 194 |
Polícia Civil | 197 |
Prestadora de água e esgoto | 115 |
Prestadora de energia elétrica | 116 |
Procon | 151 |
Serviços de emergência no Mercosul | 128 |
Transporte público | 118 |
Vigilância Sanitária- 150 |
Manifestação contra feminicídio sexta, 23
Acontece nesta sexta-feira, em Porto Velho, ato pelo fim da negligência do Estado (Rondônia) frente à violência contra as mulheres. A concentração será na Praça das Caixas D’Água, a partir das 18 horas. Haverá recolhimento de assinaturas para providências legais e caminhada até ao CPA. O encerramento será na Praça Getúlio Vargas, com uma breve vigília. Participe!
Maridos viciados
A coluna observa que em muitos casos de feminicídio ocorrido no Brasil, o marido é viciado em drogas, alcoólatras, etc. Sem julgar ou fazer juízo de valor, como se diz, a coluna sugere que as mulheres devem escolher bem com quem casar. Porque casar não é apenas uma noite de amor, são dias, anos de convivência. Se achar um pretendente num “piseiro”, tome muito cuidado. Se beber, não case. Estude e case com alguém do mesmo nível social, cultural, educacional. Diferenças salariais são causas de brigas. Esposa trabalhando e marido desempregado também é motivo de brigas. Para piorar, o governo vai liberar armas para “gente de bem”, o que vai aumentar o índice de feminicídios. Enfim, é melhor ficar só do que mal acompanhado.
Índices de feminicídio
Só nos primeiros meses de 2019, o Brasil já registrou mais de 200 casos de feminicídios, segundo levantamento organizado pelo Doutor em Direito Internacional pela USP, Jefferson Nascimento, com base no noticiário nacional. No último ano, 536 mulheres foram vítimas de agressão física a cada hora, segundo estudo do Fórum Brasileiro de Segurança. Rondônia é o quinto Estado com maior índice de violência contra mulher e o terceiro em estupros, de acordo com o ranking nacional. Em feminicídio, Rondônia detém a terceira maior taxa em toda a Região Norte. Em 2018, o Pará registrou 58 casos, o Acre 14, Rondônia 9 e Tocantins 6, como mostra os dados do Monitor da Violência. Segundo a professora e advogada de Direitos Humanos Catiene Santanna, essa estatística não é muito eficaz e que mais casos foram registrados de feminicídio. “Em 2018, cerca de 40 mulheres foram vítimas de feminicídio e em 2019 já temos números que se tornam alarmantes. Nós estamos em março e já temos cerca de três crimes constados em 2019”, informou Catiane, acrescentando que os números aumentam a cada dia.