Por Roberto Kuppê (*)
Fora Maia?
Hoje vai haver “manifestações” em quase todo o Brasil, em plena pandemia. Algo surreal para o Mundo, mas não para nós brasileiros que já estamos acostumados com essas aberrações. Os “protestos” são contra o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que é farinha do mesmo saco do presidente Bolsonaro. Maia é tão cúmplice de toda a merda que está acontecendo no Brasil quanto Bolsonaro que está prestes a cometer o maior crime da humanidade, liberar o comércio e todas as atividades a partir da semana que vem. Mas, por que Maia não abre a gaveta de impeachments contra Bolsonaro? Elementar, meu caro Watson. Como farinha do mesmo saco, Maia jamais vai dar prosseguimento aos pedidos de afastamento do presidente. Primeiro, para não dar palanque para o PT, o “inimigo” da direita. Segundo porque Maia faz parte do golpe de 2016, cujo objetivo foi tirar a esquerda do poder e inviabilizar Lula para 2018. Em terceiro, porque o grupo que Maia representa (bancadas evangélica, da bala, do boi) está satisfeitíssimo com o caos, principalmente agora com pandemia. Vão encher os cofres particulares de dinheiro como nunca, e ainda vão culpar o PT no final. Se alguém está esperando um pedido de impeachment, é melhor colocar as barbas de molho.
PM Tchuchuca
A PM tem sido tchuchuca com fascistas e tigres com a esquerda. Cadê a PM do RJ e de SP pra enfiar o cacete nesses vagabundos arruaceiros das carreatas? Ou a porra da PM só serve pra bater em pobre, preto e professor?
Desafiando a morte
Três pastores dos EUA que desafiaram isolamento social e debocharam do coronavírus são infectados e morrem. Um deles chamou a pandemia de “histeria para derrubar Trump”. No Chile, bispo evangélico morre após culto com 300 pessoas. No Brasil, bolsonaristas estão morrendo também por desafiar o Covid19. Veja abaixo:
Joesley Batista
Lembram de Joesley Batista (JBS)? Pois é. A Friboi vai bem, obrigado. Nessa pandemia, ganhando bilhões. Mas, a coluna quer lembrar apenas da delação que ele fez, mas que não deu em nada. Ele disse que fez doações a mais de 2.800 políticos que foram eleitos nos últimos 15 anos. A maioria destas, ilícitas, ou seja, caixa 2. Inclusive para tirar Dilma, Joesley Batista disse que deu alguns milhões para Eduardo Cunha (MDB-RJ), dentre outros. Batista também chegou a citar alguns ministros do STF como recebedores de suas propinas. Nada aconteceu. Por que? Porque “ninguém solta o rabo do outro”.
Novo ministro
O novo ministro (ou seria sinistro?) da Saúde, Nelson Teich (pronuncia-se taich, alemão), é o retrato do que vem por aí. Mais mortes. Muita mortes. Ele foi guindado ao cargo, após Bolsonaro pesquisar qual seria o ideal para ocupar o lugar de Mandetta que defendia o isolamento social e não ia com a cara da cloroquina. Pois bem, achou o oncologista (especialista em câncer) Teich. O currículo do novo ministro não contempla pobres e idosos. Ele é do mercado da saúde. Não esperamos nada dele. Vai seguir o fluxo.
Terça da morte
O dia 21 de abril, dia de Tiradentes, é feriado em todo o Brasil. A coluna teme que, a partir deste dia, a pandemia tome proporções incalculáveis e a doença fique fora de controle. Milhares de pessoas se preparam para viajar para as praias. O presidente da República deve baixar um decreto que poderá ser o divisor entre a vida e a morte. Quem viver, verá.
Frase
“O maior remédio pra qualquer doença é o trabalho”, diz o miliciano vagabundo que com toda a família vive do dinheiro público e da milícia.
Jair Montes
A César o que é de César. O deputado estadual Jair Montes (Avante-RO) já é conhecido como o pai da luta contra coronavírus em Rondônia por defender políticas públicas no enfrentamento da (Covid-19). Indignado com o Coronafest, evento que aconteceu há duas semanas em Porto Velho, o deputado gravou vídeo desafiando os Bad Boys, Gogoboys e filhinhos de papai que realizaram a festa em Rondônia. “A polícia descobriu que foram mais de duas festas. Eu não tenho medo de Bad Boys, Gogoboys e filhinho de papai a polícia vai te prender”, afirmou o parlamentar no vídeo. E as festas continuam, apesar de tudo: “Estou recebendo muitas ligações da população. Infelizmente festas pra tudo que é lado. Já liguei no 190 e a polícia fala que o efetivo não dá conta. Falta conscientização de muitas pessoas”, postou Jair, ontem. Sempre atento aos números, Montes gravou mais um vídeo atualizando os aso do Covid19 em Rondônia:
Amazônia em chamas
Foi criado o Conselho Nacional da Amazônia que passará a funcionar na Vice-Presidência da República do governo Bolsonaro sem a participação de representantes do Ibama e da Funai (Fundação Nacional do Índio), dois órgãos com atuação direta na proteção do meio ambiente e das populações tradicionais da Amazônia. Terão assento no conselho 15 coronéis, sendo 12 do Exército e três da Aeronáutica, um general, dois majores-brigadeiros e um brigadeiro, além do próprio presidente do órgão, o general da reserva Hamilton Mourão (PRTB), vice-presidente da República. Vai sobrar pra Amazônia e para os índios. O fim está próximo.
Caso Alexander Vinícius

A coluna não poderia deixar de citar o Caso Alexander Vinícius, o jovem inocente de 19 anos que foi brutalmente assassinado pela Polícia Militar de Rondônia, a pretexto de que teria participado de um crime contra um cabo PM que fazia bico num frigorífico de Porto Velho. A mãe do rapaz, Alângia Araújo, que trabalhou com este jornalista em O Estadão do Norte, tem testemunhas de que ele estava em casa quando o crime aconteceu. E mais, o rapaz jamais pisou numa delegacia. Era do bem. Com a palavra o Ministério Público de Rondônia.
Covid19 in RO
Essa é uma fotografia irreal, fantasiosa e aquém da realidade. Rondônia tem mais casos do que esses apresentados oficialmente pelo governo. Claro, talvez não por culpa exclusiva do governo, mas a população em geral não está colaborando. Alguns se comportam como se nada estivesse acontecendo, à guiza de tudo não passa de histeria. Mas, uma parcela da população está exposta e quase nada por fazer para evitar o contágio: os profissionais de saúde, os motoristas, entregadores e demais trabalhadores nos chamados serviços essenciais como padarias, farmácias e supermercados.
Uso de máscara
Usar máscaras e fazer limpeza pessoal das mãos, é o mínimo necessário para que se possa impedir o contágio. Se não for pedir muito, a coluna sugere que todos usem máscaras, seja caseira ou adquirida em farmácias. Usem sem moderação. Façam de contas que é um acessório indispensável para o dia a dia. Existem vários tipos, algumas engraçadas, de time de futebol. Tem até máscaras com dizeres como “Fora Bolsonaro”.