Por Roberto Kuppê (*)
A primeira do ano
A Coluna do RK retornando. É a primeira do ano de 2019, o qual será de expectativas para Rondônia e para o Brasil. Em Brasília, um presidente militar, sem eira e nem beira, totalmente maluco, implantando uma política genocida. Em Rondônia, outro militar, eleito no embalo, acertando aqui, errando ali. E vamos que vamos.
Um ministério muito louco
O presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PSL), há 16 dias no poder, nomeou um ministério à imagem e semelhança dele. Qual o mais louco dos ministros? Da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes que vai tomar café vestido de astronauta? A da Mulher e Direitos Humanos, Damares, que viu Jesus no pé de goiaba? Ônix Lorenzoni, corrupto confesso, que elegeu o liquidificador como inimigo número um das crianças? Ou o da Educação, um colombiano? Tá difícil saber quem é mais louco do que o próprio presidente mais alvo de chacotas de todos os tempos.
Sobre armas
Desde ontem o brasileiro poderá comprar e guardar em casa até quatro armas de fogo. É o primeiro passo para uma guerra civil. Milhões de brasileiros vão ter acesso à pistolas de grosso calibre, “para se defender”. Na verdade, o maior beneficiado será o PCC que vai encomendar armas legais junto à pessoas de bem. Abrir-se-á um novo mercado. Num país com desemprego altíssimo, uma oportunidade para “pessoas de bem” adquirir armas e revender para a bandidagem. A oportunidade faz o ladrão. “Tá com o nome limpo meu irmão? Quebra essa. Compra quatro armas prá nós. Te dou o dinheiro”. Pronto!
Eleição da Câmara
Quem apostar contra a reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) à presidência da Câmara dos Deputados vai perder. Ele é o ungido de Bolsonaro e o preferido do sistema (mecanismo, como queiram). A recondução de Maia é a certeza de quatro anos ou mais de tranquilidade de Bolsonaro na presidência da República. Idem, Renan Calheiros (MDB-AL), na presidência do Senado. Será eleito sem problemas. A nova política será conduzida por velhos políticos e manjados esquemas. Nada mudou e nem vai mudar.
Fim dos indígenas
Estão armando o homem do campo para dizimarem aos poucos milhares de índios que ainda restam no País. Com eles, as florestas serão devastadas, sentenciando de morte animais de todas as espécies. O prejuízo ambiental será imensurável. O planeta será atingido por esta mazela humana.
Em Rondônia
O governador de Rondônia, coronel Marcos Rocha (PSL), contrariou as expectativas da oposição e nomeou um secretariado novo, 90% desconhecido do mundo político rondoniense. Mais militares do que civis, como não poderia ser diferente, já que o governador é milico. Aos 16 dias de governo, MR já foi alvo de inúmeras críticas da imprensa, de quem ele não é muito amistoso. Tido como despreparado para o cargo, a coluna espera que nos próximos 90 dias ele diga a que veio.
Capitão Douglas no DF
Falando em milico, o governador Marcos Rocha ratificou no Diário Oficial do Estado (DOE) desta quarta, 16, a cessão do capitão Bombeiro Militar Douglas Samuel de Araújo, para exercer função de assessor parlamentar no gabinete do deputado federal Crisóstomo (PSL), em Brasília. Douglas é aquele que comandava treinamento pesado no curso de formação de oficiais administrativos. Num desses treinamentos, o tenente militar do corpo de Corpo de Bombeiros de Rondônia, Michel Alexandre Pontes, morreu seis dias após passar mal em um treinamento. Douglas deveria ter sito afastado durante as investigações.
Eleições 2020
Contagem regressiva para as eleições de 2020. A futura ex-deputada federal Marinha Raupp (MDB), está torcendo para que o deputado federal Léo Moraes (Podemos) saia candidato e se eleja prefeito de Porto Velho. Ela é a primeira suplente. Isso se Marinha disputar a prefeitura de Rolim de Moura e perder, claro.
Agronegócio

Em que pese o agronegócio seja um setor da economia que degrada o meio ambiente, além de envenenar a mesa do consumidor, em Rondônia está de vendo em popa. É um dos responsáveis pela saúde financeira do Estado. É o setor que mais emprega e paga tributos. No rastro do sucesso econômico de Rondônia, o vizinho estado do Acre quer alavancar o agronegócio nas terras de Chico Mendes. Para isso, o novo governador Gladson Cameli (PP-AC) veio a Rondônia acompanhado de empresários do setor. Até o CEO do grupo Amaggi, Judiney Carvalho, acompanhou a visita do governador a Rondônia. Com a abertura definitiva do estado para a produção rural em larga escala, Gladson Cameli quer colocar o Acre, de uma vez por todas, na rota do desenvolvimento. Segurança jurídica, fim de entraves burocráticos, boa infraestrutura e linhas de créditos são as garantias oferecidas, de imediato, para atrair os investidores interessados a se instalarem no estado. “O que depender do Governo do Acre, o agronegócio já deu certo. Acabou o tempo em que o homem do campo recebia multas absurdas por querer plantar. Não iremos permitir que isso aconteça mais, pelo contrário, temos que dar incentivos para plantar muito mais”, pontuou o governador. O vice-governador de Rondônia, José Jodan (PSL), liderou a comitiva de empresários, parlamentares, autoridades rondonienses e acrianas, com o governador Gladson Cameli, durante visita à fazenda Céu Azul, no município rondoniense de Cujubim (distante 225 quilômetros de Porto Velho).Na ocasião, Cameli reafirmou o compromisso de transformar o estado em um grande celeiro na produção de alimentos.
(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político ([email protected])