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terça-feira, junho 24, 2025

Coluna do RK- direto de Brasília

Coluna do RK-  Direto de Brasília

Por Roberto Kuppê (*) 

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Pobre Lula

aalaulapobresO titulo deste notinha tem dois significados e nenhum é pejorativo como alguns imaginariam ter. O primeiro significado é que Lula é um homem pobre. O segundo, que Lula é um pobre homem, perseguido e injustiçado.  Pelo andar da carruagem, Lula poderá perder esta guerra. Ele tem contra si o judiciário, a mídia, o Congresso Nacional e ainda seus mais recentes desafetos: Marta Suplicy, Marina, Cristovam Buarque e Pedro Taques.  E não imaginem que a luta da oposição seja contra a corrupção e a favor da ética. Longe disso. É exatamente o contrário. O motivo deste embate cruel e desproporcional é a busca pelo poder e pela impunidade. PSDB e Cia são autores do maior roubo da história deste país.

Ministro evitou o golpe

O ministro Marco Aurélio de Mello estava presente no aeroporto de Congonhas quando Lula foi levado “coercitivamente” para prestar depoimento sem antes ter sido intimado e indignou-se. Deu ciência ao delegado que iria interrogar Lula, disse que daria entrevista à mídia presente manifestando seu espanto com essa ilegalidade e ficaria ali até a decisão sobre se Lula seria ou não levado a Curitiba, o que, em sua opinião, “seria um despropósito”. Entrou em contato com o ministro Teori Zavasky e foi duro em sua fala, ainda que educado, é sua característica. E já deixou claro que ou o STF assume as rédeas e suas responsabilidades, ou cairemos no “estado de exceção” Chamou o juiz Sérgio Moro de louco, acusou-o de violar o direito de defesa, de atropelar a Constituição e disse que “de Direito, o processo é todo eivado de nulidades”. A sua presença, como a do professor Luizinho, mobilizando brasileiros, abortou a prisão de Lula, já que Moro foi informado do que estava acontecendo. O ministro só falará sobre o assunto se necessário, mas está pronto a dizer que o processo, como está, é nulo.

Guerra civil

A coluna teme pela vida de muitas pessoas, caso o golpe perpetrado pela direita derrotada nas eleições de 2014 seja levado a execução. Lula passou de líder político para ídolo do povão. Nas redes sociais o clima está tenso. O povo quer ir para o confronto para defender Lula.

Brasília a mil graus

A simples presença do ex-presidente Lula em Brasília elevou a temperatura política nos bastidores do Congresso, do Judiciário e do Palácio do Planalto. Depois de passar o terço com Dilma, Lula se reuniu com Renan Calheiros e a cúpula do PMDB para aglutinar na mesma trincheira as forças que ainda podem resistir e fazer frente aos ataques da oposição e, principalmente, da escalada golpista do judiciário e de parte da mídia conservadora.

Quase ministro

Por volta do meio dia, quando Lula já era quase ministro da Justiça, a turma da toga reagiu e, primeiro, o Ministério Público de São Paulo apresentou denúncia contra Lula por ocultação de patrimônio, no caso do triplex do Guarujá. Depois, o STF se encarregou de impor um revés a Dilma, impedindo o procurador baiano de se tornar seu novo ministro.

O mais citado  

A essa altura, a citação de Aécio Neves já tinha praticamente sumido do radar da corrupção. Caguetado pelo senador Delcídio de Amaral ele foi machete por alguns minutos na grande imprensa, que logo se ocupou de crucificar Lula, Dilma e o governo. No final do dia, no entanto, Aécio era o mais citado no twitter como o mais citado na Lava Jato e numa série de escândalos de corrupção.

Barbas de molho  

Outro que também disputa o lugar de mais citado na Lava Jato nesta quarta maluca foi o senador Valdir Raupp, acusado de receber dinheiro das empreiteiras envolvidas no Petrolão. Raupp fez cara de paisagem e disse a todos que não era com ele, que nada sabia e nada temia.

 Novos aliados

aaaaarogeriocassol2222 O deputado Marcos Rogério, que está trocando o PDT pelo DEM, circulou ontem no plenário do Senado Federal com o seu novo chefe, diga-se, aliado político, o senador Ivo Cassol (PP), que está prestes a colocar uma tornozeleira eletrônica. Enquanto o senador Valdir Raupp (PMDB) discursava sobre a exploração ilegal de diamantes no território dos índios Cinta-Larga, Ivo Cassol, que já foi garimpeiro, e Marcos Rogério, que até pouco tempo era radialista, empregado do Sistema SGC, cochichavam nas cadeiras reservadas aos senadores de Rondônia sobre a citação de Valdir Raupp na lista dos cinco senadores que receberam propina das construtoras envolvidas na Operação Lava Jato, dedurados pelo senador Delcídio Amaral (PT) em seu acordo de delação premiada. Ivo Cassol ainda tem esperança de ter Marcos Rogério no PR, partido de Jaqueline Cassol, controlado por ele no Estado. Prometeu até uma dobradinha com o ex-senador cassado Expedito Junior para o Senado, com Jaqueline candidata ao governo.

Advogado do diabo

A esquerda, Cunha e à direita, Marcos Rogério
A esquerda, Cunha e à direita, Marcos Rogério

Marcos Rogério que é da bancada evangélica e livrou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, das acusações de envolvimento na Operação Lava Jato em seu relatório apresentado ao Conselho de Ética da Câmara, começa assim uma nova caminhada, uma nova trajetória política ao lado de quem está prestes a ir pra cadeia. As apostas são sobre quem vai primeiro: Cunha, Cassol ou Raupp. Marcos está apenas começando. Mas tem futuro e pode ser o próximo da fila se não conseguir explicar a compra de um avião, de uma fazenda e de um apartamento de luxo, tudo isso logo no primeiro mandato como deputado.

Marcos Rogério no DEM

Sob a alegação de que não teria mais espaço no PDT, Marcos Rogério estaria embarcando no DEM, partido citado na Lava Jato e onde abriga os políticos mais controvertidos e cruéis do Congresso Nacional. É berço da Bancada da Bala, cujo líder é o deputado federal e ex-PM, Alberto Fraga (DF). Também abriga o DEM o senador Ronaldo Caiado (GO), líder da Bancada do Ódio, que tem a mania de destruir pontes e demais benfeitorias por onde passa.

Sempre votou contra no PDT

Marcos Rogério não pode reclamar de falta de espaço no PDT. Ele sempre votou contra as principais bandeiras do partido brizolista. Uma delas, a não redução da maioridade penal e outras propostas a favor as minorias. O parlamentar de Ji-Paraná também apoiou em 2014 o então candidato à presidência, Aécio Neves (PSDB-MG), contrariando a orientação do partido que apoiava a reeleição de Dilma Rousseff.

(*) Roberto Kuppê escreve no BLOG DO KUPPÊ

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