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sexta-feira, setembro 12, 2025

Coluna Zona Franca – Por Roberto Kuppê

A volta da coluna ZF

A Coluna Zona Franca retorna após 60 dias de recesso. Será trissemanal, publicada sempre às segundas, quartas e sábado. Política, política e política, além de política, claro. Política nacional e estadual.

Sucessão municipal

O ano começa com o assunto que vai dominar todo o ano de 2023: a sucessão municipal de Porto Velho (RO). Vários pré-candidatos já se adiantam e os nomes sendo lançados pelas redes sociais: Fátima Cleide (PT) e Júnior Gonçalves (União Brasil) são os primeiros nomes que já circulam com certa frequência. Fátima terá um forte padrinho: Lula, presidente da República. Já o Chefe da Casa Civil, Jr. Gonçalves, é o preferido do Palácio Rio Madeira.

Fátima

A ex-senadora Fátima Cleide que deverá ocupar um cargo federal, terá que seguir a fórmula que levou Lula de volta ao Palácio do Planalto: fazer uma ampla coalização de forças com vistas à ocupar a prefeitura de Porto Velho. Nas últimas eleições, Fátima obteve 28 mil votos para deputada federal. Ontem, Fátima participou em Brasília, da posse da ministra Cida Gonçalves, na foto com ela, no Ministério das Mulheres que havia sido extinto na administração Bolsonaro.

Fátima 2

À coluna, Fátima disse que está vivendo momentos de emoção e felicidade: “O astral da volta da democracia tá tão bom que a gente já fica muito feliz por ver um amigo, uma amiga sendo empossado/a. Alegria toma conta de nossos corações”.

 

Governo de emoções

Logo no início do governo dele em 2019, o agora (ufa!), ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), fez questão de frisar que as minorias teriam que se curvar à maioria. Ou seja, pobre, preto, LGBT, não teria espaço no governo dele. E foi o que aconteceu na prática. Já no governo Lula, no primeiro dia, as minorias ocuparam os melhores lugares, subindo inclusive a rampa junto com o presidente.

Governo de emoções 2

Lula prometeu e está cumprindo. Seus ministros, também. Ontem, o ministro dos Direitos Humanos, Silvio de Almeida, emocionou a todos ao discursar afirmando que todos os excluídos no antigo governo, terão visibilidade nesta nova gestão.

Meio ambiente

A volta de Marina Silva ao comando do Ministério do Meio Ambiente é mais uma promessa de campanha cumprida. Um novo ministério, dos Povos Indígenas, será ocupado por uma mulher indígena. A Funai, idem, voltou a ser defensora dos povos indígenas, com uma indígena à frente do órgão, antes ocupado por um militar.

Meio ambiente 2

O Ministério do Clima e Meio Ambiente da Noruega informou nesta terça-feira (3) ao g1 que o Brasil já pode aplicar cerca de R$ 3 bilhões doados pelo país para o Fundo Amazônia. Criado em 2008 para financiar projetos de redução do desmatamento e fiscalização do bioma, o fundo está parado desde abril de 2019. Na ocasião, o então presidente Jair Bolsonaro suspendeu comitês vinculados ao fundo. Além disso, em meio a uma série de polêmicas envolvendo a política ambiental do governo, Alemanha e Noruega – principais doadores do fundo – anunciaram a suspensão dos repasses. Após a eleição de Lula, em outubro, porém, os dois países informaram que voltarão a fazer os repasses. No último domingo (1º), em seu primeiro ato como novo presidente do Brasil, Lula assinou uma série de atos. E, entre esses atos, está um decreto que estabelece a retomada do fundo.

Bolsonaro na prisão

Para integrantes do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, o próximo passo do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre Moraes, será tornar o ex-capitão inelegível. Membros da sigla ainda avaliam que a chance de o ex-presidente ser alvo de prisão é real. Atualmente Bolsonaro está no exílio na Disney.

Bolsonaro na prisão 2

Sem cargo público pela primeira vez desde 1989, o ex-presidente Jair Bolsonaro perdeu a ampla proteção legal contra inquéritos judiciais ao deixar a Presidência, ficando exposto a investigações criminais e eleitorais que podem levar à sua prisão ou impedi-lo de concorrer a cargos públicos, disseram especialistas.

Bolsonaro na prisão 3

Não está claro quanto tempo ele planeja ficar no Estado norte-americano, onde mora seu ídolo político, o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump. A viagem de Bolsonaro aos EUA o isola de qualquer risco legal imediato no Brasil, onde ele está sendo investigado em pelo menos quatro inquéritos criminais que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF). Ainda assim, seu futuro é incerto, dizem os especialistas, e pode depender do caminho traçado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, que teve os mais intensos embates com Bolsonaro nos últimos meses, bem como dos cálculos políticos de Lula, que esteve ele próprio preso entre abril de 2018 e novembro de 2019 — a condenação por corrupção acabou anulada pela Justiça. A informação é do Brasil 247.

Bolsonaro torrou reservas

Dados do Banco Central (BC) apontam que o Brasil chegou ao fim de 2022 com US$ 324,7 bilhões em reservas internacionais, US$ 65,8 bilhões a menos do que as reservas registradas no início do mandato, que eram de US$ 390,5 bilhões. Segundo a coluna do jornalista Lauro Jardim, de O Globo, “Jair Bolsonaro foi o único presidente que não aumentou as reservas internacionais, quando se compara o primeiro com o último dia de governo de cada um dos mandatários”.

Bolsonaro torrou reservas 2

Em 2002, o governo federal dispunha de apenas US$ 16,3 bilhões de reservas internacionais líquidas, deixadas pelo governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). No acumulado dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff (2003 a 2015), ambos do PT, o volume das reservas internacionais chegou a US$ 368,7 bilhões. Em março de 2016, em meio ao golpe contra Dilma, elas somavam US$ 372 bilhões. As informações são do Brasil 247.

Miliciano

O governador do Rio de janeiro, Cláudio Castro (PL), disse que é radicalmente contra a instalação de câmeras em fardas de policiais de tropas de elite das polícias Civil e Militar e vai recorrer “até o fim” contra a medida. Foi reeleito com votos de milicianos.

Ele se vacinou sim

O ex-presidente Bolsonaro tomou as vacinas sim, como comprovam documentos mantidos no bloco de sigilos de 100 anos. Bolsonaro negou ter tomado, levando milhares de pessoas a não se vacinarem também. A coluna sabe de muitos que morreram por seguir as orientações dele.

Aumento abusivo

Durante todo o governo Bolsonaro, os aumentos constantes, quase semanais, da gasolina, não eram culpa dele, segundo bolsonaristas e ele próprio. Agora, sem qualquer razão, postos aumentaram os preços dos combustíveis e “a culpa é de Lula“. Vai vendo, Brasil.

Senador lulista?

Por falar nisso, o senador Samuel Araújo, de Rondônia, trocou o PL de Valdemar da Costa Neto pelo PSD de Kassab, que está na base de Lula. Samuel é o primeiro suplente de Marcos Rogério (PL) que assumiu o cargo por quatro meses. Ah, o PSD é o partido onde está alojado também o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco que vai tentar a reeleição ao cargo.

Informações para a coluna: [email protected]

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Mais RO não tem responsabilidade legal pela “OPINIÃO”, que é exclusiva do autor.

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