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quinta-feira, setembro 11, 2025

Coluna Zona Franca

Por Roberto Kuppê (*)

 Lei antidesmatamento

Foi aprovada no final do ano passado pelo Parlamento Europeu a lei anti desmatamento da UE (União Europeia), que impede a entrada na região de produtos advindos de áreas desmatadas após 31 de dezembro de 2020 – mesmo que a supressão da vegetação tenha sido realizada de acordo com a lei, no nosso caso, o Código Florestal Brasileiro. O Bloco Europeu importou US$ 17,9 bilhões do Brasil em produtos agropecuários no ano passado.

 Lei antidesmatamento 2

A nova lei da União Europeia pode ser um golpe para as exportações do agronegócio brasileiro, não porque o agro desmate ilegalmente, mas porque requer que as companhias apresentem relatórios demonstrando a rastreabilidade de sua cadeia de produção, garantindo que a produção não contribui para o desmatamento, criando burocracia e excluindo pequenos produtores que terão dificuldade de se adequar. A legislação aprovada inclui várias commodities brasileiras, como soja, milho, café, carne bovina, suína, frango e ovinos, madeira, cacau, borracha e papel.

 Lei antidesmatamento 3

A União Europeia importou US$ 17,9 bilhões do Brasil em produtos agropecuários no ano passado. Apesar de não ser o maior consumidor das nossas exportações, a lei preocupa, pois o bloco lidera tendências que, em geral, são adotadas pelos demais mercados. Nossa produção agrícola abastece o mercado interno e o excedente é exportado. Nossos compradores exigem produtos sustentáveis, portanto não é uma boa ideia ignorar as exigências do mercado. As informações são  da revista Forbes. 

CPI do MST 

Nenhuma descrição de foto disponível.Olha, a coluna defende as ações do Movimento dos Sem Terra. O MST é o maior produtor de arroz orgânico do Brasil. O MST não desmata. O MST não faz queimadas. O MST não tem trabalho escravo. O MST não invade terras indígenas. O MST não comete crimes ambientais.  O MST não usa veneno. A CPI do MST que visa exclusivamente atingir o governo Lula, vai provar, porém, quem são os verdadeiros vilões do agro. Ponto.

Demarcação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou decretos de homologação de seis terras indígenas, durante o encerramento do Acampamento Terra Livre 2023, em Brasília. Os processos estavam parados desde 2018, pois o ex-presidente afirmou que não faria nenhuma demarcação durante seu governo. As áreas homologadas para usufruto exclusivo indígena estão situadas nos estados do RS, AL, CE, AC, AM e GO.

Demarcação 2

Isso, traduzindo, significa que invasores de terras indígenas que hoje ocupam enormes áreas, além de serem impossibilitados de obter financiamento público para suas lavouras, deverão deixar o local. Lula prometeu demarcar todas as TI até o final do governo dele.

AGRISHOW

A cerimônia de abertura da Agrishow, programada para segunda-feira (1º), às 11h, foi cancelada pelos organizadores. A alegação é de que decisão ocorreu “em virtude de toda a repercussão gerada pela cerimônia de abertura da 28ª edição da Agrishow”. A repercussão negativa ocorreu porque os organizadores convidaram o ex-presidente Bolsonaro e desconvidaram o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.

AGRISHOW 2

O ministro diz acreditar que foi um movimento coordenado com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), muito próximo do ex-presidente. No Planalto, a avaliação é que a organização transformou o evento empresarial em um palanque político. Pelo jeito o agro também não aceitou os resultados das urnas.

Tarcísio descortês

O governador Tarcísio Freitas é pré-candidato à presidência da República em 2026. Por isso tem demonstrado total descortesia com o governo Lula que não faz distinção se o governador é contra ou a favor do governo federal. Lula esteve com Tarcísio em São Sebastião quando houve aquela tragédia que matou dezenas de pessoas. Lula disse na ocasião que faria de tudo pra ajudar aquele povo. Fez e está fazendo ainda. Como agradecimento, Tarcísio desconvidou o ministro da Agricultura e convidou Bolsonaro para o Agrishow, ocasionando essa confusão.

Ponte binacional

Parlamentares rondonienses estão todos eufóricos com a volta da discussão da construção da ponte que ligará o Brasil à Bolívia na região de Guajará-Mirim, em Rondônia. A ponte é um compromisso de há 120 anos do Brasil que assinou o Tratado de Petrópolis em 1903. O governo Lula, em 2009, realizou estudos e o DNIT à época chegou a fazer licitação para a construção da ponte.

Ponte binacional 2

O senador Confúcio (MDB-RO) apresentou ao atual governo Lula que a construção da Ponte internacional de Guajará-Mirim/Guayaramerin seja incluída no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).  O parlamentar rondoniense, que é presidente da Comissão de infraestrutura do Senado (CI), com conhecimento da realidade dos limites orçamentários da União, pediu ao governo atenção especial nos pedidos apresentados.  De acordo com o senador, “a ponte sobre o rio Mamoré é uma obra emblemática, um sonho antigo do povo de Rondônia, especialmente da comunidade de Guajará-Mirim. Esta demanda tem origem ainda no Tratado de Petrópolis, de 1903”, esclarece o parlamentar.

Ponte binacional 3

 Confúcio Moura disse que a parte mais complicada para a construção da ponte já está concluída, faltando apenas a atualização dos valores. “O projeto técnico é a parte que mais demanda cuidados na realização de uma obra de grande complexidade. O que não é o caso da Ponte Brasil-Bolívia, pois o projeto já existe. Falta apenas ajustar aos dias de hoje os valores das planilhas que constam no documento”, disse o senador.

Novas hidrelétricas em RO 

Rondônia precisa de mais hidrelétricas? Precisa de mais inundações? Precisa invadir terras indígenas para construir mais uma hidrelétrica? A resposta é não. Com o advento da energia limpa (solar e eólica) não se precisa cometer mais crimes ambientais para construir hidrelétricas caras e desnecessárias em tempos modernos.

Eleições 2024

Em Rondônia, começou o jogo sucessório visando as eleições de 2024 e com olho em 2026. PT, PSB, PV e PDT reuniram mais uma vez para tratar do assunto. Formada nas últimas eleições de 2022, a Frente Democrática pretende caminhar junta de novo indicando um nome de consenso para a prefeitura de Porto Velho.

Eleições 2024- 2

Na reunião ocorrida na sede do PSB, três nomes demonstraram interesse na disputa pela prefeitura: Hermínio Coelho e Ramon Cujuí pelo PT e Vinícius Miguel, pelo PSB. A frente conta ainda com o PCdoB, PSOL e poderá receber a adesão de mais algumas siglas como MDB e PSD. A próxima reunião da Frente Democrática será na sede do PT, no final de maio.

Eleições 2024- 3

Com novos nomes na disputa, as eleições de 2024 pretendem ser bastante acirradas. O atual prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves (União Brasil) deverá apoiar um nome forte à sua sucessão. Fabrício Jurado, que assumiu a presidência do PSDB recentemente é um desses. A ex-deputada federal Mariana Carvalho, que também assumiu nesta semana o Republicanos, faz parte do grupo de prefeitáveis ligado à Chaves e ao governador Marcos Rocha (União Brasil).

Eleições 2024- 4

O presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia, Marcelo Cruz (Patriotas) também sonha em administrar a capital e já está se movimentando nos bastidores. A irmã dele assumiu o comando do Solidariedade na semana passada.

Marco Rogério

Nenhuma descrição de foto disponível.

De acordo com informações do Senado Federal, o senador Marcos Rogério (PL-RO) continua sob licença que seria de quatro meses e deve retornar em maio. Defensor ferrenho de Bolsonaro, se voltar a tempo, poderá compor a CPMI dos  Atos Golpistas de 8 de  janeiro. MR chegou a dizer que os ataques terroristas em Brasília foram praticados por “radicais de esquerda, infiltrados nas manifestações”.

Marco Rogério 2

Segundo o site Rondônia Dinâmica o senador é arrogante, vaidoso e narcisista. Características que, na visão daquele veiculo de comunicação, o fizeram “beijar a lona”.  Marcos Rogério disse que perdeu as eleições de 2022 para o governo de Rondônia porque a população o queria mesmo era no Senado Federal. Segundo prestações de contas ele gastou  R$9.383.507,82 para entender o recado do eleitor dele.

Marco Rogério 3

A verdade é que o senador se queimou politicamente, desde a CPI da Covid, culminando com a derrota eleitoral em 2022. Dificilmente será reeleito em 2026. Quiçá poderá se eleger deputado federal. Ao governo de Rondônia, jamais.

Pode ser uma imagem de texto que diz "Tá procurando emprego ou quer prestar serviços? Cadastrou no Busky, tá contratado!"

 

Informações para a coluna: [email protected]

(*) O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Mais RO não tem responsabilidade legal pela opinião, que é exclusiva do autor.

 

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