Por Roberto Kuppê (*)
Kikito de Ouro
Acontece em Gramado, de 11 a 19 de agosto, a 51a. edição do Festival do Cinema Brasileiro de Gramado. E uma produção rondoniense disputará na categoria curta, o troféu Kikito de Ouro. Trata-se de “Ela Mora Logo Ali”, um curta metragem que narra a vida de uma vendedora de bananas fritas em sinal de trânsito na capital Porto Velho, que após ter contato com a literatura, inicia sua inocente luta por direitos civis, tanto para ela quanto para sua família. “Ela Mora Logo Ali” fará parte da Mostra Competitiva de Curtas Nacionais, tendo grandes chances de ganhar ao menos 1 prêmio, o de Melhor Atriz para Agrael de Jesus.
O curta tem direção e roteiro de Fabiano Barros (foto) e Rafael Rogante, com direção de Fotografia de Neto Cavalcanti. O filme já foi selecionado por um total de 18 festivais, tendo recebido 18 prêmios, entre eles o de Melhor Filme pelo Júri, Melhor Filme pelo Público, Melhor Atriz, Roteiro e principalmente o Prêmio Direitos Humanos, entregue pelo Recifest, de Pernambuco. A coluna Zona Franca assistiu e a nota é 10. P.S. A produção precisa de apoio do governo de Rondônia, Assembleia Legislativa do Estado, prefeitura de Porto Velho, Fiero ou OAB para a viagem à Gramado.
The Territory no Emmy
Rondônia também está presente no Emmy Awards (EUA), com The Territory, premiadíssimo documentário sobre invasões de grileiros em terras Uro Eu Wau Wau. O filme é estrelado por Bitate e pela ativista Neidinha Suruí, com participação especial do ex-deputado federal Expedito Netto (PSD), que faz o papel de um político protetor de invasores.
União Brasil
O partido União Brasil já está dentro do governo Lula. Uma vitória e tanto o ingresso desse partido que é majoritariamente de centro-direita e surgiu da fusão entre o Democratas (DEM) e o Partido Social Liberal (PSL). Sinais de mudanças de rumo nota-se nas votações dos deputados federais Lebrão e Maurício Carvalho, ambos do União Brasil-RO, que têm votado a favor do governo. Falta agora só o governador de Rondônia, Marcos Rocha (União Brasil), parar de mimimi e passar a apoiar o governo.
Inteligência Artificial
E por falar em Lebrão, é dele a autoria do Projeto de Lei 759/23, que regulamenta os sistemas de inteligência artificial (IA) no Brasil e determina que o Poder Executivo (ou seja, o governo federal) defina uma ‘Política Nacional de Inteligência Artificial’. “A IA tem se tornado prioridade estratégica para economias globais, que buscam usar a tecnologia para apoiar decisões em saúde, segurança e educação”, afirma o deputado Lebrão.
Impeachment, pistola ou SAMU?
O deputado federal Dr. Fernando Máximo (União Brasil-RO) vota tudo contra o governo e quer o impeachment de Lula. Mas, paralelamente, ele quer fortalecer o SAMU, criado há 19 anos pelo atual presidente. Decreto assinado por Lula em 27 de abril de 2004, criou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, que salvou milhões de vidas e alterou rumo da Saúde no Brasil. Agora, observe o detalhe no macacão do SAMU que o deputado está usando: propaganda da pistola Glock .40. A maioria das vítimas socorrida pelo SAMU é de atingidos por balas.
Agronegócio
O presidente Lula está na Bélgica defendendo o agronegócio brasileiro. É isso mesmo que vocês estão lendo, embora a oposição burra insiste em dizer o contrário. Lula quer fechar o acordo do Mercosul com a União Europeia, desde que não haja sanções ou embargos à carne brasileira caso algum produto advenha de um desmatamento ilegal. Lula quer um meio termo, para que o acordo seja mais flexível.
A ponte vai sair do papel
Finalmente, após 120 anos! O senador Confúcio Moura (MDB-RO), presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado Federal, confirmou a licitação para a contratação de empresa para a execução das obras da Ponte Internacional sobre o rio Mamoré, ligando o Brasil (Guajará-Mirim) e a Bolívia (Guayaramerin), na rodovia BR-425/RO. “Esta demanda tem origem ainda no Tratado de Petrópolis, de 1903. A sua realização agora, trata-se de reparação histórica”, esclarece o parlamentar.
A ponte vai sair do papel 2
Falando em Confúcio, ele confirmou a visita do ministro dos Transportes, Renan Filho à Guajará-Mirim no início de agosto. O ministro irá inspecionar obras de restauração da BR-364 e deve inaugurar um porto modelo IP4 na fronteira brasileira com a Bolívia. Além, claro, para anunciar oficialmente a construção da ponte binacional.
Parente da ponte
Não existe o pai, a mãe, tio e nem o primo da ponte binacional. Nascido no governo petista, a obra tem vários DNAs. Pode haver tataravô, já que a ponte foi prometida em 1903, portanto, há 120 anos. Mas, têm políticos dos tempos de Bolsonaro (que nada fez) querendo surfar no banzeiro do rio Mamoré. No momento, podemos louvar as ações do senador Confúcio Moura (MDB) e do presidente Lula que autorizou a licitação da obra. Sem falar que a ex-senadora Fátima Cleide (PT-RO) deixou os recursos carimbados em 2010 no OGU, exclusivos para a ponte, como emenda de Bancada. Ou seja, além de tataravô e pai, a ponte tem uma tia sim.
Guajará explodirá
No bom sentido, claro, com a construção da ponte, o município de Guajará-Mirim vai explodir em desenvolvimento. Do início ao fim da obra, gerará muitos empregos. Após concluída, a ponte fará parte do corredor de exportação do Brasil através da Bolívia, com acesso ao mar pelo Peru. Isso sem falar no turismo.
Na corda bamba
A situação jurídica do governador de Rondônia, Marcos Rocha (União Brasil), não está nada confortável. Ele e o vice, respondem na justiça por abuso de poder político nas eleições de 2022 das quais saíram vencedores. Rocha é acusado de usar a máquina administrativa através de alguns órgãos e secretarias do governo. Caso a chapa vencedora seja cassada, haverá uma eleição suplementar para governador e vice.
Na corda bamba 2
Caso haja nova eleição para governador e vice, já tem políticos se movimentando na capital e no interior. Antes, a ALE-RO elegeria um governador “tampão” que poderia concorrer também. Dentre alguns nomes que poderão disputar estão Jesualdo Pires (PSB), Jaime Bagattoli (PL), Vinícius Miguel (PSB), Marcos Rogério (PL), Fátima Cleide (PT) e Júnior Gonçalves (União Brasil).
Moro também
O situação do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) também não está nada confortável. Ele está sob ameaça no Paraná, onde enfrenta uma ação de investigação judicial eleitoral por suspeita de abuso de poder econômico na pré-campanha das eleições de 2022. Tanto adversários políticos como aliados do ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro da Justiça acreditam que há uma tendência desfavorável a Moro no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do estado. Nos bastidores, políticos paranaenses já disputam a possibilidade de uma eleição suplementar para o Senado, caso ocorra a cassação do mandato, como a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann.
CPI dos Combustíveis
Em Porto Velho, começaram os trabalhos da CPI dos Combustíveis que vai investigar possíveis irregularidades nos preços dos combustíveis. O vereador Gilber Rocha Mercês (Podemos) presidente da CPI, está fazendo o organograma de trabalho. Os vereadores Isaque Machado (Patriota) o plano de trabalho e Everaldo Alves Fogaça (Republicanos) como secretário, começou já a fazer os documentos oficiais das CPI para serem encaminhados para órgãos de controle.
Congresso da UNE

(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político
Informações para a coluna: [email protected]
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