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quarta-feira, setembro 3, 2025

Coluna Zona Franca

Napoleão é o culpado!

Pode ser uma imagem de 2 pessoas e texto que diz "nelsoncanedoadvoaado NAPOLEÃO: ο PREFEITO QUE QUERIA DOMINAR ο MUNDO"Napoleão Bonaparte foi prefeito de uma cidade da França por duas vezes, sabiam? E queria tentar a terceira eleição, mas, foi impedido pela legislação eleitoral daquele país, já naquela época. No Brasil o napolionismo é evidente. A sugestão de pauta foi do advogado Nelson Canedo, que transforma água em vinho na “cuestão” de legislação eleitoral brasileira. Conseguiu o feito, por exemplo, de dizer que o crime eleitoral praticado pelo governador de Rondônia, não interferiu nas eleições de 2022, absolvendo o réu.

Resposta ao senador Girão

O senador Eduardo Girão (Novo-CE), disse numa entrevista que o Brasil poderia se transformar num Equador, referindo-se ao que está ocorrendo no país vizinho, onde o narcotráfico está tocando o terror. Ele enfatizou que o presidente daquele país não se curvou – “ao contrário do que ocorre no Brasil-e já acionou as Forças 4RM4D4S visando retomar o controle das ruas”. Girão sofre de amnésia.

Resposta ao senador Girão 2

Muito pelo contrário, o governo Lula não se curvou à bandidagem e mandou as Forças Armadas para o Rio de  Janeiro, além de várias ações que culminaram em apreensões de milhares de armas como fuzis e metralhadoras. Quem não acionou as Forças Armadas quando o Brasil quase se torna uma ditadura, foi o governo dele, o de Bolsonaro, quando no dia 12 de dezembro de 2022, terroristas tocaram o terror (desculpa a redundância), incendiando ônibus e causando quase uma tragédia no dia 24 de dezembro. Na verdade, as Forças Armadas de Bolsonaro estava gostando da situação.

Resposta ao senador Girão 3

Este colunista que tem uma atuação forte no Instagram, não deixou sem respostas a falácia de Girão. Leiam nos quadros acima a resposta às baboseiras de Girão. Na ocasião este colunista disse que “Realmente um governo sério teria matado dezenas de terroristas no dia 8 de janeiro de 2023″. Ele contestou dizendo que aquilo não foi golpe, porque não houve uso de armas de fogo. Por pouco, não! Alguns terroristas estavam fortemente armados! Em seguida a resposta deste colunista: “O golpe contra a Dilma foi sem armas”. 

 

Esquerda RO

A viabilidade eleitoral da esquerda em Rondônia passa por Lula. A capacidade de Lula articular soluções para o seu Partido dos Trabalhadores é enorme e ninguém tem dúvida disso. O arranjo feito por ele para trazer Geraldo Alckmin (PSB) então no PSDB-SP, para a sua chapa teve claro objetivo de atender a ala mais conservadora da igreja e parte do empresariado paulista, além de demonstrar que não faria nenhuma aventura caso ganhasse o pleito. Para Lula, em 2022 não havia outra opção para as forças progressistas que não fosse ganhar. Era melhor ganhar com limites do que perder tudo.

Esquerda SP

São Paulo é decisiva para 2026. A possibilidade de manutenção do poder por parte do PT e das forças progressistas em 2026 depende do controle político da maior cidade do país. Isso está claro para Lula. Além de levar em contas a quantidade de eleitores do município, Lula pensa que experiências exitosas em políticas públicas reverberam com maior intensidade se elas ocorrerem em São Paulo. Neste sentido, está convencido que o PT já reúne acervo razoável de ações que, aplicado em São Paulo por um tempo prolongado, pode conquistar a adesão da população.

Marta Suplicy

Marta Suplicy é um ativo petista adormecido. Mesmo o mais renitente anti-petista não nega que a gestão de Marta Suplicy foi boa para a cidade. E não apenas porque criou os CEU´s, espaços espetaculares de educação e cultura no meio de áreas pobres da cidade (aqui lembra-se do senador Confúcio Moura, que defende que o Estado leve equipamentos e serviços de qualidade para as periferias). Foi boa porque ela se orientou pelos princípios mais humanitários que um gestor público pode recorrer. Portanto, Marta é um ativo importante para o PT voltar a governar São Paulo. E Lula percebeu isso.

O Rio de Janeiro continua lindo

O mesmo movimento está sendo desenhado para o Rio de Janeiro. Ao pedir que a ministra da Igualdade Racial Anielle Franco se filie ao PT para ser vice na chapa de Eduardo Paes (PSD), Lula coloca a cidade do Rio de Janeiro no mesmo degrau de importância que São Paulo e, como lá, não se incomoda em não ser cabeça de chapa. Interessa a Lula que o PT esteja na governança do território. Esta lógica deve prevalecer nas capitais e nos municípios maiores do país.

Porto Velho

Em Porto Velho, a mesma engenharia é possível de levar ao exito. A mesma engenharia é possível ser implementada em Rondônia, ao menos em Porto Velho e em dois ou três dos maiores municípios do estado.  No caso de Porto Velho, que deve demandar mais energia dos caciques do partido, há o limite da ausência de nomes competitivos na esquerda, inclusive no próprio PT. O arranjo pensado somente no entorno de Vinícius Miguel (PSB) parece uma aposta por demais arriscada, uma vez que limitaria o aglomerado político à esquerda mais orgânica, insuficiente para competir com as máquinas de Hildon Chaves e Marcos Rocha, juntos ou separados.

Porto Velho 2

Uma guinada ao centro político é a premissa para consolidar a engenharia. Se na esquerda raiz não há nomes competitivos para concorrer à prefeitura, é possível identificar nomes fortes para somar com alguma força do centro, ou mesmo com a direita menos raivosa e mais pragmática. Lembremos que Hildon Chaves e Marcos Rocha têm elevado interesse no controle da prefeitura, uma vez que os seus projetos políticos futuros passam pela influencia que terão na capital em 2026. Logo, juntos ou separados, jogarão todas as fichas nas eleições da capital rondoniense.

Porto Velho 3

Em Rondônia, a parceria com o centro político é o melhor caminho para a esquerda oferecer ajuda à Lula em 2026. É compreensível a dificuldade da esquerda em dialogar com o centro e a direita política no estado de Rondônia. As diferenças entre os representantes de um lado e outro são profundas – e foram aumentadas após o bolsonarismo. Mas, em política tudo é possível. E existem nomes no centro que podem contribuir com Lula em 2026 de forma programática e pragmática, sem que hajam violações do ideário de um lado ou de outro. Temos certeza de que o sapo barbudo já fez esta leitura. Quem viver, verá!

Bastidores

Segundo uma das fontes desta coluna, o PSD teria rifado as pretensões políticas (prefeitura de Porto Velho) do ex-conselheiro do Tribunal de Contas de Rondônia, Benedito Alves, recém filiado ao partido. Segundo essa fonte, “parte do PSD quer mesmo se amarrar com Hildon”, apoiando o(a) candidato (a) indicado por ele. Só não combinaram com Benedito. 

Bastidores 2

Hildon já dá como rompida a relação política com o governador Marcos Rocha, ainda que ambos sejam do mesmo partido, o União Brasil. Dizem que falta pouco para o rompimento oficial. Só está procurando um motivo para isso. Nos bastidores, dizem que Hildon Chaves já voltou ao PSDB na Austrália.

Bastidores 3

Enquanto isso, o deputado federal Fernando Máximo (UB) segue atrás de sua “alforria” para ser candidato a prefeito de Porto Velho. Talvez vá para o PL de Marcos Rogério e de Bolsonaro. Procurou até o senador Jaime Bagattoli (PL) e o deputado estadual Delegado Camargo (PL). Estariam tentando formar um bloco, uma espécie de Banda do Vai Quem Quer. 

Guajará-Mirim

Parece que Guajará-Mirim será sacudida por uma união imprescindível da esquerda com objetivo de disputar a prefeitura da Pérola do Mamoré. Um dos únicos vereadores de esquerda, o indígena Franscico Oro Waram (PSB), está animado para a sua reeleição ou, a uma possível indicação aos cargos de vice-prefeito ou, quem sabe, a prefeito. No município há outro vereador indígena, Wem Cacami, do PSDB.

Alô, PT-RO

A coluna espera pelo menos por um “bom dia” do PT de Rondônia, que não responde aos chamados….

(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político

Informações para a coluna:  [email protected]

O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Mais RO não tem responsabilidade legal pela opinião, que é exclusiva do autor.

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