Fora da curva
Confúcio Moura, o político fora da curva. Na coluna de ontem fizemos algumas projeções sobre o enfrentamento que se dará nas eleições de 2024 em Porto Velho. Em dado momento, sugerimos que o único nome com potencial de enfrentar os(as) candidatos(as) de Marcos Rocha e Hildon Chaves, ambos do União Brasil, seria o do senador Confúcio Moura (MDB), desde que ele reunisse em torno de si todos os partidos progressistas e forças não bolsonaristas. Além disso, afirmamos que isso seria possível somente com uma intervenção/pedido de Lula, na lógica da mesma engenharia adotada em São Paulo e no Rio de Janeiro – que certamente será reproduzida nos municípios com importância estratégica para 2026.
Fora da curva 2
Pois bem! Recebemos um monte de manifestações sobre a possibilidade, algumas contra, outras a favor. Mas teve uma que nos chamou a atenção, em particular. Nos perguntaram o que levaria um político que já foi prefeito, deputado federal, governador e que agora é senador da República que ainda tem três anos de mandato a querer voltar a ser prefeito? A indagação tem sentido, mas estamos falando de Confúcio Moura, alguém que tem obsessão pelo fazer, por melhorar a vida das pessoas. Além disso, o objeto da disputa é Porto Velho, a capital do estado, e o cargo é no executivo, onde as ações chegam diretamente nas pessoas, coisa que o filosofo gosta de fazer e que o cargo parlamentar não permite.
Fora da curva 3
No mais, falamos de um momento histórico no país, onde a preservação da democracia está acima dos interesses pessoais de quem se diz democrata de verdade. E Confúcio Moura é um democrata convicto. A reeleição de Lula ou a vitória de outro democrata em 2026 é fator de preservação da democracia em tempos bicudos. Estamos falando de um projeto nacional. Porto Velho tem papel decisivo nas eleições gerais de 2026 e administrá-la faz bem ao ego e a carreira de qualquer político do estado. Embora tenha tantos problemas, Porto Velho tem estrutura orçamentária e política para alçar grandes voos. Quem administra a capital – e bem – pode ser o que quiser. Certamente a competência administrativa de Confúcio Moura elevará Porto Velho a outro padrão de cidade.
Eleições 2024
O jornalista e colunista político Waldir Costa, no conceituado Rondônia Dinâmica, também comentou uma possível junção do MDB e o PT da capital, visando as eleições de 6 de outubro próximo. Diz o jornalista na coluna RD Política: “Nos bastidores da política de Porto Velho um assunto, que a cada dia ganha maior ênfase entre os dirigentes partidários é a possibilidade de uma parceria entre o MDB, que hoje tem como “cacique” maior o senador Confúcio Moura e o PT, do presidente Lula da Silva. O PT, presidido em Rondônia pelo ex-deputado federal Anselmo de Jesus realmente, está necessitando de uma investida no Estado, pois perdeu muito espaço nas últimas eleições. Como exemplo, negativo, lógico, tem somente a deputada Cláudia de Jesus, de Ji-Paraná na Assembleia Legislativa e nenhum vereador em Porto Velho, maior colégio eleitoral do Estado. Recentemente o ex-deputado estadual, Williames Pimentel, que já foi secretário de Saúde (Estado e de Porto Velho) assumiu o comando do partido na capital. Como Confúcio é muito ligado ao presidente Lula, se o PT e o MDB formatarem parceria para as eleições em Porto Velho de outubro próximo não será novidade. Quem viver verá…”.
PT e MDB
Tanto os dirigentes do PT quanto do MDB preferem trabalhar nos bastidores. Não confirmam nem que sim, nem que não. Muito pelo contrário.
Enquanto isso….
O advogado, ativista e presidente estadual do PSB, Vinícius Miguel, corre o trecho buscando apoio para a disputa pela prefeitura de Porto Velho. Ele sabe que uma andorinha só não faz verão, por isso necessita de contar com apoio de um leque de partidos progressistas para enfrentar as máquinas administrativas estadual e municipal.
Fake news
É impressionante o quanto as fake news continuam sendo disseminadas na cara dura por bolsonaristas. São notícias visivelmente falsas, apuráveis num simples acesso ao Google, mas, o que importa para esse pessoal é a versão, não os fatos. Tentam mudar os fatos, com narrativas falsas.
Antes tarde do que nunca…
A Controladoria-Geral da União (CGU) destituiu Luciano de Freitas Musse, que ocupava o cargo de gerente de projetos do Ministério da Educação (MEC), após o fim de um processo administrativo disciplinar que concluiu que o agente público atuou em conluio com os pastores evangélicos Gilmar Silva dos Santos e Arilton Moura Correia (no destaque) para facilitar a liberação de recursos da pasta para prefeituras, em troca de propina. O caso foi revelado em 2022, por matérias na imprensa, e levou à exoneração do então ministro Milton Ribeiro, que chefiou a pasta da Educação durante parte do governo de Jair Bolsonaro. Segundo o processo disciplinar da CGU, o indiciado recebeu R$ 20 mil por indicação de um dos pastores. Além da exoneração do cargo de confiança, Musse fica proibido de ser indicado, nomeado ou tomar posse em cargo efetivo ou funções de confiança no Poder Executivo federal pelo período de oito anos.
Farra em Maceió
Neste final de semana e no próximo, está sendo realizado em Maceió (AL), uma verdadeira farra com dinheiro público. Apesar de parte da cidade estar afundando por conta da Braskem, o prefeito de Maceió, JHC (PL), está gastando dos cofres públicos a fantástica quantia de R$ 7,5 milhões de reais com aval do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). A mídia alagoana, em silêncio, apoia a farra. O Verão Massayó 2024 é um evento gratuito que acontece em dois fins de semana: 12 a 14 de janeiro e 19 a 21 de janeiro, no Estacionamento do Jaraguá, em Maceió. O evento apesar de benéfico para o turismo de Alagoas, tem caráter político em ano eleitoral. JHC é candidato à reeleição!
Farra em Maceió 2
“Esse é o combustível perfeito para grande parte dessa gente descompromissada com o povo alagoano. Muito dinheiro desviado dos cofres públicos pelo orçamento secreto, 1.8 bilhões da Braskem, mais 286 milhões que seriam destinados ao saneamento da capital, podem ir pelo ralo! Arthur Lira e o prefeito de Maceió juntos ao bolsonarismo por votos das classes mais favorecidas de Maceió, mas bem distante das periferias e das políticas públicas, esqueceram a educação, a saúde e ainda por cima adquiriram um esqueleto de hospital por nada menos que 270 milhões, uma verdadeira farra com o nosso dinheiro!”. A postagem é de Jullyene Lins, ex-esposa de Arthur Lira.
Genocídio
Guerra em Gaza regista recorde de mortalidade diária no século XXI
A diretora da Oxfam para o Médio Oriente, Sally Abi Khalil, diz não entender como a comunidade internacional continua a “assistir ao desenrolar do conflito mais mortal do século XXI, enquanto bloqueia continuamente os apelos a um cessar-fogo”. Aí vem políticos evangélicos do Brasil escolherem o pior lado dessa guerra, Israel, que nada tem a ver com Israel da Bíblia Sagrada. Deus e Jesus, não querem guerra. A Palestina é a terra onde Jesus nasceu. Por estas e outras é que, se Jesus voltasse, seria novamente crucificado! Com requintes de crueldade.
Racismo estrutural
Embora seja um crime previsto em lei (Lei 14.532/2023, publicada em janeiro de 2023, equipara a injúria racial ao crime de racismo. Com isso, a pena tornou-se mais severa com reclusão de dois a cinco anos, além de multa, não cabe mais fiança e o crime é imprescritível), o racismo está presente todos os dias em nossas vidas.
Racismo estrutural 2
A coluna considera que quase todos somos racistas, no momento em que não contratamos negros para exercerem funções chaves de nossas empresas. No momento em que não votamos em negros para nos representar. No momento em que mudamos de lado de uma rua quando avistamos um negro à nossa frente. Somos sim racistas, quando desconfiamos apenas do negro num supermercado, mesmo que brancos pratiquem furtos com muita frequência.
Racismo estrutural 3
Via de regra, os negros (e pobres) só são lembrados e exaltados no carnaval e em campanhas políticas para votar, mas, não para serem votados. Quando exige-se do presidente Lula indicar um ministro negro para o STF, a coluna pergunta: “você votou em algum negro na sua vida?”. Em primeiro lugar, o Congresso Nacional deveria estar cheio de negros deputados e senadores, para assim, exigir com autoridade, a presença de negros no STF e em outros cargos. Da mesma forma, as mulheres deveriam ser mais votadas e eleitas, para assim terem poder para indicar uma ministra do STF.
O espião russo
Este cidadão não é um espião russo. Trata-se do Chicão Santos, artista, professor, militante cultural, de Rondônia, que está adquirindo conhecimento no Velho Mundo, especificamente na Irlanda. “O verdadeiro valor do conhecimento reside na sua capacidade de iluminar mentes e inspirar mudanças. Ao compartilharmos sabedoria, não apenas acumulamos riquezas intelectuais, mas também plantamos sementes de progresso que florescerão nas gerações vindouras, construindo um legado duradouro para o bem da humanidade”, postou o grande Chicão.
Que país é este?
Giuliano Manfredini, produtor cultural e filho do cantor Renato Russo, enviou uma notificação extrajudicial à ByteDance, empresa proprietária do TikTok. Na comunicação, Giuliano solicita a remoção de vídeos publicados por bolsonaristas na plataforma, que utilizam a música “Que País É Este” como trilha sonora. Em vez disso, a ByteDance deveria adotar “Admirável gado novo”, de Zé Ramalho.
(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político
Informações para a coluna: [email protected]
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