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sábado, agosto 30, 2025

Coluna Zona Franca

É carnaval….

VÍDEO: Chegada do apocalipse gera bate-boca entre Ivete Sangalo e Baby Consuelo no Carnaval - NSC TotalE Deus se esqueceu do Papa Francisco, seu representante celestial na Terra e usou a Baby Consuelo para anunciar que o fim está próximo, entre 5 e 10 anos. Ou seja, Bolsonaro nunca mais será presidente. Por contestar as falas de Santa Baby, Ivete Sangalo sofreu duas punições durante suas apresentações na Bahia. Ou seja, Deus puniu Ivete. O curioso é que Deus está deixando os palestinos morrerem sob a fúria de Israel. Claro, esta notinha contém ironia. Risos.

É carnaval….2

Falando sério agora. O fim do mundo está próximo sim. Pelas mãos dos próprios homens (e mulheres). Guerras, genocídios, negacionismos. Tudo isso matando muita gente. E, se depender de algumas igrejas evangélicas, o fim será dentro delas com seus pastores mercadores da fé.

Falando em…

Jair Bolsonaro, o rei do gado, tocou o berrante. Imediatamente, todos os deputados da extrema-direita, peões do fazendão, replicaram a mensagem do chefe, convocando a boiada a lotar a Avenida Paulista no dia 26 de fevereiro. O mesmo foi feito por alguns empresários da fé alheia, que apelaram aos fiéis para estarem presentes nesta “manifestação pacífica” com camisa verde e amarela da CBF – um manto que virou símbolo do fascismo tupiniquim e anda tão zicado que derrubou até a seleção brasileira de futebol no mais recente pré-olímpico.

Falando em…2

O ex-presidente Bolsonaro vai liderar um protesto sem causa e sem motivo.  A menos que ele vá protestar contra o aumento dos empregos, contra baixa da inflação e os preços baixos da gasolina e da carne. Isso tem prejudicado os empresários que estão obtendo pouca margem de lucro. Os protestos serão também contra a taxação dos super ricos. A Faria Lima estará em peso nos protestos.

Falando em…3

Na verdade, Bolsonaro quer ser preso logo, para cumprir alguma pena e deixar prisão como herói. Ele se julga perseguido, como de fato Lula o foi.

A crise bolsonarista e as eleições municipais de Porto Velho

O fenômeno do bolsonarismo tem raízes profundas no imaginário popular. É tão forte que supera a adesão ao Collor, na época em que ele, galã, caçava marajás Brasil afora. Em Collor havia o apelo da caça aos indivíduos que usurpavam os cofres públicos, muito na moda – e identificáveis pelos nomes – no seu tempo. Além de bonito, jovens e empunhando um discurso de grande apelo, Collor tinha o apoio escancarado das Organizações Globo.

A crise bolsonarista e as eleições municipais de Porto Velho 2

A profundidade da adesão ao bolsonarismo é maior porque este reúne elementos mais complexos e mais presentes no cotidiano – e na alma – da massa que o segue. O cristianismo às avessas das igrejas evangélicas, os defensores do estado-mínimo, para quem o Estado e seus servidores são perdulários, a ética desvirtuada dos detentores de pequenos poderes, o perfil excludente da elite brasileira e, sobretudo, a índole pouco cordial da parcela que vê nele o representante dos seus interesses.

  A crise bolsonarista e as eleições municipais de Porto Velho 3

Pois bem, o que isso tem a ver com as eleições municipais deste ano em Porto Velho? Até o início da campanha eleitoral – após julho – a situação jurídica de Jair Bolsonaro, o líder do fenômeno, estará mais clara e ele, pelo que parece, mais próximo da cadeia – ou já preso. Neste cenário (a Coluna apostaria nele), a disputa ganha elementos da Teoria do Jogos.

 A crise bolsonarista e as eleições municipais de Porto Velho 4

Três elementos centrais se conformam como predominantes nas combinações a serem formuladas pelos jogadores participantes da contenda, caso este cenário se confirme. O primeiro deles é se o grau de aderência dos hoje simpatizantes do fenômeno será suficiente para levar seu candidato ao segundo turno, mesmo com o seu ídolo nocauteado. O segundo elemento é se o(s) candidato(s) que se apresentar(ão) como defensor(es) do movimento bolsonaristas encarna(m) os valores que o líder elevou à categoria de importantes para a massa de simpatizantes.

A crise bolsonarista e as eleições municipais de Porto Velho 5

Por fim, o terceiro elemento relevante no jogo. Como as forças políticas contrárias ao bolsonarismo utilizarão o fato de o líder do movimento estar derrotado política e juridicamente? Partirão da premissa de que, em desgraça, o bolsonarismo pode ser derrotado por qualquer um(a)? Ou, mais prudentes e realistas, atuarão em sintonia e articulados para que suas energias convirjam para ocuparem todos os espaços necessários à ida ao segundo turno?

A crise bolsonarista e as eleições municipais de Porto Velho 6

Para embaralhar o jogo, a Coluna deixa uma indagação para quem gosta de teorizar sobre probabilidades na política: fora os bolsonaristas e os que são contra ele, existirão forças políticas ou nome em condições de evitar a polarização que se anuncia nas eleições municipais de Porto Velho?

Vereadores PVH

Sid Orleans (PT)

Mais uma lista de pré-candidatos à Câmara de Vereadores de Porto Velho. A coluna cita os mais fortes: Hermínio Coelho (PT), Sid Orleans (PT), Fátima Cleide (PT), Francisca Kaxarari,  (MDB), Edjales Benício (PSB), Jesuino Boabaid (PSD), Júnior da Versátil (MDB), Edson Silveira (PT), Everaldo Fogaça, reeleição (Republicanos), Tiago Tezzari (PSD), Raí Ferreira, reeleição (PSD), Alisson do Sandubas (PSDB), dentre outros.

Cleomar Eustaquio

Morreu sendo injustiçado. Essa é a verdade. Cleomar Eustáquio foi punido em vida por seguir a orientação de alguns políticos, que o fizeram incorrer em erros e depois pularam do barco. Sem mais. Os sinceros pêsames da culuna para a família enlutada.

 

 

(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político

Informações para a coluna:  [email protected]

O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Mais RO não tem responsabilidade legal pela opinião, que é exclusiva do autor.

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