A janela
O senador Confúcio Moura (MDB-RO), convidou oficialmente, em Brasília, o deputado estadual Alan Queiroz (Podemos), para disputar a prefeitura de Porto Velho pelo MDB. Mas, para isso ele teria que estar no MDB, né? Só que Alan não pode sair simplesmente do Podemos e ingressar no MDB. Só poderia, por lei, na janela para mudança partidária que, no caso dele, em abril de 2026. Fora disso, só se fizer um acordo com o Podemos, como fez o deputado estadual Ismael Crispin para deixar o PSB e ingressar no MDB. Confúcio sabe disso e vai negociar com o Léo Moraes.
Plenária do PT de Porto Velho
Acontece hoje, no auditório do SINDUR, a primeira plenária do PT de Porto Velho com vistas às eleições deste ano. Como de praxe, o PT não decide nada sem uma boa e ruidosa plenária com a participação democrática dos filiados que desejam sair candidatos. Diferentemente da maioria dos partidos, tudo é votado no PT. As eleições municipais de 2024 demarcam um momento estratégico para a construção de uma sólida aliança popular e democrática que promova a recondução do Governo Lula em 2026 e o projeto nacional baseado na ampliação das liberdades democráticas, dos direitos sociais, do combate à desigualdade, da inclusão social, do desenvolvimento, da industrialização, da defesa do meio ambiente, da soberania nacional e da integração regional.
Plenária do PT de Porto Velho 2
As eleições municipais em 2024, para prefeitos e prefeitas e vereadores e vereadoras, serão um campo de batalha especial e decisivo para promover a disputa política na sociedade, ampliar a presença física e orgânica do partido nos territórios e fortalecer o projeto e as alianças do Partido dos Trabalhadores para as eleições de 2026.
Descendo a lenha
O vereador Magnison Mota, sem partido, de Cacoal, desceu a lenha no senador da República, Jaime Bagattoli, do PL. Ele criticou a postura política do senador, afirmando que Bagattoli não representa os interesses do setor agropecuário, além de questionar sua filiação partidária e seu alinhamento político. O vereador também abordou negativamente o mandato do senador Marcos Rogério, também do PL, destacando a falta de “moral” do parlamentar no cenário político atual.
A polarização é universal
A grita produzida pela mídia “profissional e independente” brasileira em relação à fala de Lula sobre o massacre em Gaza foi acompanhada por um sonoro silêncio das suas similares mundo afora. Ficou claro que a polarização política brasileira não se limita aos partidos ou aos políticos. A sociedade brasileira – e suas instituições – está polarizada e tem lado. Nem mesmo um gesto de coragem que rompe o silêncio vergonhoso diante da barbárie que todos concordam, é tratado como um gesto de coragem.
A polarização é universal 2
A laicidade do Estado brasileiro cai diante de mitos alimentados por milênios. A Israel tudo é permitido, em nome de uma tradição que só existe no imaginário daqueles que fazem tudo ao contrário do que prega a crença que dizem professar. Matar mulheres e crianças indefesas remonta ao nascedouro do judaísmo, em que a barbárie e a luta pela sobrevivência da nova religião era a regra vigente. O estado sionista parece ter a unção de Deus para fazer o que faz.
A polarização é universal 3
Pois bem. Esta mistura de religião e Estado é utilizada para que as instituições brasileiras politizem, a seu favor, claro, uma fala que diz o que todos gostariam de dizer. Tirem o viés político e religioso da crise e vejam o que sobra. Um Estado militarmente avançado – e protegido pela maior economia do mundo – “guerreando” contra mulheres e crianças já em situação de completa miséria, à guisa de “se defender” de um grupo de terroristas do qual só se ouve falar.
A polarização é universal
Esta situação de incapacidade de o estado israelense encontrar e derrotar os terroristas do Hamas, sem matar inocentes, não é discutida pelas longas e variadas bancadas de jornalistas da mídia brasileira. Um Estado inteiro, com a estrutura que tem, não conseguir alcançar e punir um grupo terrorista parece ser mais perigoso do que uma fala de alguém que se opõe à carnificina produzida por este mesmo Estado contra crianças e mulheres. Nesta ótica, fora da sombra norte-americana, Israel demonstra ser tão vulnerável quanto qualquer outro país.
Chance zero de impeachment
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), procurou parlamentares de extrema-direita integrantes de sua base de apoio e da oposição que encabeçam a coleta de assinaturas para um esdrúxulo e extemporâneo pedido de impeachment do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A todos eles, Lira deixou claro: mesmo ultrapassando a hipotética conta de 200 assinaturas, a chance de o pedido tramitar é zero. É a Bancada Dick Vigarista tentando mais um golpe….
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Nada a ver esse pedido esdrúxulo de impeachment. Sem motivo algum. “Ah, Lula cometeu crime de responsabilidade“. Que crime? Denunciar um genocidio é crime? Os EUA mandam armas, dinheiro, são cúmplices do genocídio, é aplaudido. Lula é contra a matança, impeachment.
(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político
Informações para a coluna: [email protected]
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