Coluna Zona Franca

                                                 A diferença

Recentemente, em meio à crise de gás natural na Argentina, o governo brasileiro interveio rapidamente para evitar um colapso energético no país vizinho entre os dois principais membros do Mercosul, apesar da ausência de diálogo direto entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ultradireitista Javier Milei. Se fosse o contrário, Milei teria dito  à Lula: Vai pedir ajuda pra Cuba, para Venezuela, carajo.

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Falando em diferenças, essas são mais gritantes. Enquanto o governo Lula só pensa em construir, ajudar, mudar a vida das pessoas, o outro lado só pensa em prejudicar, derrubar, proibir e boicotar. Nada desse povo de direita é para promover o bem estar da população. Vez ou outra vemos eles festejarem que um show foi cancelado. Recentemente, no Paraná, o governador fez aprovar a privatização de 200 escolas públicas. E, estamos correndo risco de ter nossas praias privatizadas em nome de grandes investidores. Na questão do Rio Grande do Sul, parlamentres bolsonaristas estão contra a importação de arroz pelo governo Lula, preferindo que o povo pague caro pelo produto afetado pelas enchentes.

Reconhecimento

 A jornalista Miriam Leitão reconheceu, em sua coluna desta terça-feira, o festival de boas notícias econômicas no governo Lula. “O primeiro trimestre do ano foi bom e hoje sairá o número que mostra isso, há previsões entre 0,5% a 0,9% para o crescimento do PIB, maior do que o inicialmente previsto. Além disso, houve queda do desemprego e queda da inflação, dois dados que não costumam cair juntos. Isso é ainda mais notável quando há um aumento da renda, como houve”, destaca a jornalista. A colunista também ressalta os bons números da balança comercial. “Entre janeiro e março deste ano, o Brasil exportou US$ 78,3 bi, 3,2% mais do que no ano passado. Tanto a exportação, quanto o saldo de US$ 19 bi, foram recordes”, assinala. Ou seja, o Brasil só está ruim na Terra Plana.

Furioso

Tem um prefeito do interior que ficou furioso quando soube que o líder indígena, Almir Suruí (PDT), anunciou que será candidato à prefeito de Cacoal. Também ficou furioso ao saber que o vereador e ex-presidente da Câmara João Pichek (Republicanos) e o ex-deputado estadual Celso Popó (PL), anunciaram suas pré-candidaturas. Ele achava que ia ser reeleito de braçada, sem concorrentes.

Sucessão em Porto Velho

Faltam só cinco meses e dois dias para as eleições municipais. E, ao contrário do que achava  a coluna, o iminente ingresso de Léo Moraes (Podemos) na disputa pela prefeitura de Porto Velho, já está causando um grande banzeiro em algumas candidaturas. Principalmente na da ninja Mariana Carvalho (União Brasil) que já estava até nomeando secretários, pois achava que ia se eleger de braçada. O marketeiro dela até refez os custos de campanha. Léo Moraes inflacionou o pleito. Risos.

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O articulista Carlos Sperança Neto, ao largo de mais de tres décadas de experiência, notou o que esta coluna já havia observado. Mariana Carvalho entrou numa fria ao ingressar no União Brasil, no afã de sacramentar o apoio do governdor Marcos Rocha (União Brasil) . Entrou água. Caso estivesse interessado em proteger sua candidata Mariana Carvalho, do seu partido, o governador teria que impedir a candidatura do seu diretor do Detran, Leo Moraes. Não impediu, configurando traição em Mariana e Hildon Chaves, aliados expoentes no seu projeto de reeleição em 2022. Com isto, Rocha estará jogando com dois candidatos a prefeito: Mariana e Leo Moraes. O punhal estará afiado para dia 5, quando Leo Moraes se desincompatibiliza. 

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Ainda segundo análise de Carlos Sperança Neto, vai se confirmando que o ingresso de Mariana ao União Brasil foi uma fria. Além do governador Marcos Rocha não segurar Leo Moraes no Detran, todo o grupo político do vice-governador Sergio Gonçalves (secretários e deputados) devem se voltar para as bandas do pré-candidato do Podemos. Não interessa ao vice-governador uma vitória de Mariana e o fortalecimento de Hildon Chaves para disputar o CPA em 2026. Estas armações todas sinalizam Sergio Gonçalves candidato a governador em 2026 e Marcos Rocha ao Senado. Até porque, Sergio Gonçalves assumirá o governo em abril de 2026 e disputará reeleição. 

Como fica

Benedito Alves (SD), Mariana Carvalho (União Brasil), Valdir Vargas (PP), Léo Moraes (Podemos), Marcelo Cruz (PRTB), Ricardo Frota (Novo), Pimenta de Rondonia (PSOL), Euma Tourinho(MDB) e o candidato da frente formada por PDT, PSB, PT, Rede, PV e PCdoB devem disputar o pleito de 6 de outubro.