Nunes e Boulos
A disputa pela prefeitura de São Paulo terá segundo turno entre os candidatos Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (Psol). O eleitorado terá que escolher entre projetos políticos antagônicos: Nunes alinhado à extrema-direita de Jair Bolsonaro (PL) e Boulos à esquerda, com apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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Durante o primeiro turno, Nunes esteve envolvido em discussões públicas acaloradas com Pablo Marçal, especialmente quando era questionado sobre o inquérito chamado de “máfia das creches”, que investiga desvios em contratos com Associação Amigo da Criança e do Adolescente (Acria). A suspeita da Polícia Federal é que Nunes tenha recebido repasses ilegais por meio de uma empresa “noteira” – que emite notas sem prestar serviços – que cuidava da contabilidade de algumas organizações sociais conveniadas pela prefeitura para administrar creches. O tema deve se manter no debate eleitoral.
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Guilherme Boulos, que é professor de formação e integra a coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), exerce mandato como deputado federal. Ele terá que demonstrar ao paulistano a capacidade de gerir a maior metrópole do Brasil, que além de ter o maior orçamento, tem desafios que refletem o seu tamanho.
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Segundo as pesquisas mais recentes, Nunes entra na nova fase de campanha como favorito para o pleito, marcado para o dia 27 de outubro. O segundo turno é uma disputa com características próprias e decisivas. Boulos se apresenta como a figura que pode virar o jogo e oferecer a São Paulo uma liderança inovadora e inclusiva, contrastando fortemente com o perfil e as políticas de Nunes.
Célio Lopes
Não há dúvida de que o maior vencedor das eleições municipais de Porto Velho, foi o jovem advogado Célio Lopes (PDT), ilustre desconhecido que liderou a Frente Democrática (PDT-PSB, PCdoB, PT e PV). Embora militante do partido há uma década e meia, era pouco conhecido em Porto Velho. De agosto prá cá teve seu nome e rosto divulgado para o eleitorado. Terminou o pleito em terceiro lugar com 29.358 votos. É um nome certo para disputar um cargo legislativo em 2026. “Agradeço a cada um que acreditou em nossas propostas e se uniu a nós. Juntos, vamos continuar lutando por uma Porto Velho mais inclusiva, onde todos tenham voz e vez, e mais oportunidades. A mudança começa agora e a renovação é um caminho que faremos juntos, nossa jornada está apenas começando”, disse o ex-candidato a prefeito de Porto Velho.
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Poderia ter feito mais votos na capital se tivesse havido mais empenho da Frente Democrática. Lula obteve 92.636 em Porto Velho nas eleiçoes de 2022. Célio captou menos de um terço desses votos.
Mariana X Léo Moraes
Agora é ela contra ele. Direita X centro direita. Daqui a 20 dias o eleitor portovelhense vai escolher entre dois ex-deputados federais. Mariana Carvalho (UB) inicia o pleito com a vantagem de ter eleito os 23 vereadores, além dos apoios do atual prefeito e do governador do Estado. Léo Moraes (Podemos) que conseguiu o segundo turno absolutamente só (sem coligações), não elegeu nenhum vereador, vai precisar de muito apoio para essa segunda jornada. Até 27 de outubro, quando os eleitores irão novamente às urnas, os candidatos terão tempo igual de exposição em emissoras de rádio e televisão e também terão oportunidade de confrontar ideias e propostas diretamente.
Com quem será?
Geralmente os perdedores apoiam um dos candidatos vencedores do primeiro turno. pergunta é: a quem Benedito Alves (SDD), Célio Lopes (PDT), Euma Tourinho (MDB), Ricardo Frota ( Novo) e Samuel Costa vão apoiar no segundo turno? Mariana ou Léo Moraes? Ambos são de direita. A primeira é extremamente bolsonarista. O segundo, nem tanto ao mar, nem tanto à terra.
Crime político?
A defesa de Michelangelo Barroso quer transformar o monstro em criminoso político. Segundo a defesa, o estupro cometido contra a ex-candidata a vice-prefeita de Porto Velho, Lili Rodrigues (PSOL) foi um ato político. O meliante é filiado ao União Brasil.
Breakfast
Por hoje é só. Este é o breakfast, o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção com os temas de destaque da política em Rondônia e do Brasil.
(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político
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