Coluna Zona Franca

Nunes tem 51,7% e Boulos 39,6%

Em São Paulo, não dá mais para Boulos. Levantamento do Paraná Pesquisas divulgado nesta terça-feira (22) mostra que Ricardo Nunes (MDB) tem uma vantagem significativa sobre Guilherme Boulos (Psol) na disputa pela prefeitura. Nunes, candidato à reeleição, aparece com 51,7% das intenções de voto, enquanto Boulos tem 39,6%. Na rodada anterior da pesquisa, divulgada no último dia 15, Nunes tinha 52,3% e Boulos 39,2%.

Herança de Marçal

Aliados de Guilherme Boulos atribuem o aumento significativo dos índices de rejeição ao candidato do PSOL em São Paulo aos ataques constantes do empresário Pablo Marçal, que começaram já no primeiro turno da campanha, conforme informações do colunista Guilherme Amado, do Metrópoles.  Além das notícias falsas relacionadas ao uso de drogas, que culminaram em um laudo falso divulgado na véspera da eleição, a avaliação dos políticos próximos a Boulos é que Marçal foi fundamental para reforçar a rejeição ao candidato ao classificá-lo como “invasor” e “extremista.” Essas acusações, feitas pelo ex-coach, agora são exploradas pelo prefeito Ricardo Nunes no segundo turno, que segue liderando todas as pesquisas na reta final da campanha.

Contagem regressiva

A partir desta terça-feira (22) e até 48 horas depois do encerramento da votação, nenhum eleitor poderá ser preso ou detido, salvo em flagrante delito, ou em virtude de sentença criminal condenatória por crime inafiançável, ou, ainda, por desrespeito a salvo-conduto. A determinação consta do artigo 236 do Código Eleitoral (Lei nº 4.737/1965).

Contagem regressiva 2

No caso de detenção nesse período, a pessoa deve ser conduzida à presença do juiz competente para verificar a legalidade da ação. Caso o caso não corresponda a uma das três exceções, a prisão será relaxada. O segundo turno das eleições municipais de 2024 ocorre no próximo domingo (27). 51 cidades brasileiras voltarão às urnas para elegerem um prefeito.

Pesquisa

Todos de olho nas pesquisas do Atlas Intel e Quaest que divulgam suas sondagens no sábado, 26, véspera das eleições. Com destaque para a pesquisa da Quaest, contratada pela Rede Amazônia e será divulgada no Jornal de Rondônia.

Pesquisa 2

Ontem foi divulgada pela revista Exame, pesquisa da Futura Inteligência que apontou 54,3% para Léo (Podemos) e 36,8% para Mariana Carvalho (UB).  No entanto, a própria revista divulgou levantamento no dia 4 de setembro, onde Mariana Carvalho tinha 55,8% e Léo Moraes 18,2%.  Essa virada pode até ter ocorrido, mas não nesse patamar.  A coluna permanece com a posição da Quaest que deu empate técnico, 43×42. É o que mede o termômetro das ruas nesse momento. As duas campanhas devem arrochar o pé no acelerador. Tem muito chão e votos para serem virados até dia 27 de outubro.

Pesquisa 3

A campanha de Mariana Carvalho cometeu um erro no primeiro turno relaxando por achar que já tinha ganho a eleição. Até para os articulistas políticos que davam como certa a vitória dela no primeiro turno, o já ganhou deu lugar agora ao se vencer. Por isso a campanha de Mariana Carvalho voltou muito forte, haja vista a participação dela no debate da SIC TV, tão combativa que até pegou Léo de surpresa. Os prognósticos são de que o último debate, o da TVRO nesta sexta-feira, 25,  será mais quente e decisivo para angariar votos dos indecisos.

Duas caras

Na sessão plenária da ALE-RO na última terça-feira (15), a deputada estadual Dra. Taíssa (PL),  fez um apelo às autoridades do Estado de Rondônia, destacando a situação alarmante das comunidades indígenas isoladas na região de Guajará-Mirim. Dois dias depois, dia 17, a mesma deputada usou a palavra para proferir a seguinte posição em relação às reservas ambientais: “Não adianta ter floresta se o povo não tem o que beber ou comer. O povo indígena quer ter moto, carro e colocar o filho na faculdade. Só falam de reserva e de aldeia, mas as pessoas precisam ter qualidade de vida. Precisamos ter responsabilidade social. Só árvores não adianta nada”. 

Duas caras 2

Diante dessa aberração, um internauta comentou: “Com as sérias consequências climáticas que estamos enfrentando, ler certo de tipo de posicionamento dos nossos representantes é deplorável. Esses parlamentares visam apenas interesses eleitoreiros e pautam suas defesas nos interesses de seus currais eleitorais. Olha a frase da Dep. Dra Taíssa: Não adianta ter floresta se o povo não tem o que beber ou comer. Poderíamos atribuir a tais parlamentares o bônus da ignorância, mas a questão vai muito além disso, são má intencionados mesmo. É deplorável o desserviços que esses deputadosdprestam ao estado. Não têm como nos desassociar dos problemas climáticos que enfrentamos, em razão da destruição massiva de nossas florestas e a degradação exponencial do nosso ecossistema”.

Duas caras 3

A ativista e jornalista Luciana Oliveira também comentou: “A fala da deputada é flagrante demonstração de ignorância. Sem árvore em pé, não se planta nada! O negacionismo com a crise climática e os danos por desmatamentos causaram prejuízos enormes para o agronegócio, seja na enchente do RS ou na seca extrema da Amazônia. Mas ela tem que ler pra entender. Uma vergonha uma deputada de um município com maior concentração e indígenas devender o desenvolvimento sem responsabilidade ambiental. Ela devia ter aprendido que enchentes e secas estão relacionadas ao modelo de desenvolvimento irresponsável. E admitir que os povos Indigenas protegem a floresta, o futuro alimentar e a qualidade de vida que ela falou”. 

(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político

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