Poderia ter acontecido o pior
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrentou momentos críticos após sofrer um acidente doméstico que resultou em um grave sangramento na cabeça. Em entrevista coletiva, o cardiologista Roberto Kalil, um dos responsáveis pelo tratamento, destacou a gravidade da situação antes do procedimento. “O quadro foi extremamente grave. Requereu atendimento de emergência e, sim, corria o risco de acontecer o pior”, afirmou. No programa Fantástico, da Rede Globo, e trouxe detalhes sobre o ocorrido. Lula caiu no banheiro de sua residência em São Bernardo do Campo enquanto cortava as unhas, batendo a cabeça na borda da hidromassagem. A queda provocou um sangramento intracraniano significativo, exigindo transferência para São Paulo e intervenção cirúrgica emergencial.
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Após receber alta hospitalar neste final de semana, o presidente Lula (PT) concedeu entrevista exclusiva à Rede Globo, exibida no domingo (15), no Fantástico, e falou sobre a prisão do general e ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL), Walter Braga Netto. O presidente cobrou: “eu defendo que eles [militares envolvidos em trama golpista] tenham a presunção de inocência que eu não tive, quero que eles tenham todo o direito de defesa, mas se for verdade as acusações, essa gente teve que ser punida severamente”.
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Ao se referir à “presunção de inocência que eu não tive”, o presidente Lula fez referência ao processo da Lava Jato, em que foi condenado por um juiz parcial e suspeito, o hoje senador Sergio Moro (União Brasil-PR). A jornalista que conduzia a entrevista, Sônia Bridi, perguntou a Lula, então, se ele considerava não ter tido direito de defesa ao longo de todo o processo que culminou em sua condenação – vale lembrar o presidente teve sua condenação anulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em razão da incompetência da Justiça Federal de Curitiba para julgar o caso do triplex do Guarujá. Brasil 247
Braga Netto
A recente prisão do general Walter Braga Netto foi motivada por sua suposta tentativa de acessar informações sigilosas com o objetivo de interferir em investigações em curso, segundo revelou uma fonte próxima ao caso ao jornal O Globo. A atuação do ex-ministro teria envolvido o uso de sua rede de contatos para obter esses dados de forma indevida. Outro ponto central na acusação é a entrega de uma sacola contendo R$ 100 mil aos chamados “kids pretos”. Essa ação colocou o militar no mesmo patamar dos outros envolvidos no esquema, muitos dos quais foram detidos nas últimas semanas.
Risco nenhum, senador?
Mas, apesar das evidências e de provas robustas, o senador Marcos Rogério (PL-RO) saiu em defesa do general Braga Netto, alertando que “decisões judiciais devem ser pautadas pela razão e pelos princípios do devido processo legal”. O político assegurou que o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa “não representa qualquer ameaça” e muito menos “risco de fuga”. De Romoaldo de Souza.
Sirene de ambulância
Com tantas pessoas indiciadas nesse processo, mais de 40, cada vez que uma sirene é acionada – mesmo que de ambulâncias do Samu – a taquicardia em muita gente de Brasília vai a índices elevados.
Coincidências
A prisão do general Walter Braga Netto, pela Polícia Federal, trouxe à tona detalhes curiosos sobre o edifício onde ele reside, na Rua Figueiredo Magalhães, 353, em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro. Do jornal O Globo. O prédio, conhecido como El Cid, foi construído em 1964, ano do golpe militar que marcou o início de um período de 21 anos de regime militar no Brasil. O Brasil só voltaria a ser governado por um civil em 1985, quando o então vice-presidente José Sarney assumiu o lugar de Tancredo Neves, eleito indiretamente, mas que faleceu antes da posse.
União Brasil
A quadrilha que tinha a participação de um vereador Francisco Nascimento, do União Brasil, que foi flagrado jogando dinheiro pela janela durante operação da Polícia Federal em Campo Formoso (BA) estaria fraudado licitações há pelo menos dois anos, e movimentava dinheiro de propina em malas e jatinhos particulares. O esquema funcionava a partir de emendas parlamentares. O caso foi revelado na última terça-feira (10) pela PF, noticiado pelo UOL e detalhado pelo programa Fantástico, da TV Globo, neste domingo (15).
União Brasil 2
O esquema funcionava a partir das emendas parlamentares, dadas por deputados federais e senadores, que decidem onde encaminhar verbas. A reportagem mostrou uma das obras feita pela empresa Allpha Pavimentações e Serviços de Construções Ltda., em Campo Formoso. A pavimentação de uma estrada que conecta três povoados às estradas estaduais e federais foi mal feita, com ‘rebarbas’ nos acostamentos e trechos em que o piche gruda em calçados de moradores. Cerca de R$ 45 milhões foram gastos no trabalho.
Exoneração tardia
Afastado desde dia 28 de novembro, o governador de Rondônia, coronel Marcos Rocha (União Brasil), levou mais de duas semanas para exonerar o ex-secretário da Sejucel, Júnior Lopes. O Governo de Rondônia o exonerou somente no último sábado (14). Além de Júnior Lopes, outros três servidores também foram exonerados da Superintendência da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer (Sejucel). E o Porto Maria? Júnior Lopes vai abrir o bico ou vai cair sozinho?
Adeus, Senado Federal
Com essa cara de sonso, voz trêmula e citando versos bíblicos, dificilmente Marcos Rocha será eleito senador da República. As investigações sobre o governo dele estão apenas começando. Tic tac tic tac.
Duas vagas
Falando em Senado Federal, em 2026 serão duas vagas a ocupar. Findam os mandatos de Confúcio Moura (MDB) e Marcos Rogério(PL). Pelo excelente trabalho de Moura, a reeleição dele é certa. Já Marcos Rogério deverá tentar mais uma vez o governo do estado. Antes de tentar reeleição, Confúcio Moura é cotado para assumir um ministério no governo Lula. Relator da LDO, Confúcio Moura entrou para o seletíssimo alto clero da República.
Léo Dias
Leitores desta coluna querem saber se a ex-candidata a prefeita de Porto Velho, Mariana Carvalho (União Brasil), ficou solteira após as eleições. A coluna não trata desse assunto. Aqui é só política. Fofoca é com a coluna do Léo Dias. Risos.
Deputada estadual
Falando em Mariana, ela já superou a derrota e tem percorrido o interior do estado na companhia do irmão deputado federal Mauricio Carvalho (União Brasil). Ela deverá disputar uma vaga na Assembleia Legislativa do Estado de Rondônia.
Em defesa da Amazônia
O Ministério Público de Rondônia (MPRO), por meio da Escola Superior (Empro), lançou, na sexta-feira (13/12), um livro voltado ao combate aos crimes ambientais. A obra traz análises jurídicas e reflexões sobre o papel do Direito Ambiental na preservação do Bioma Amazônico. Durante o evento, também foi apresentada a segunda edição da Revista Jurídica da Amazônia, que aborda cidadania, sustentabilidade e direitos fundamentais. O lançamento contou com a presença do Procurador de Justiça Marcelo Lima de Oliveira, Diretor da Empro, e do Promotor de Justiça Pablo Hernandez Viscardi, coordenador do Grupo de Atuação Especial do Meio Ambiente (Gaema). Ambos ressaltaram a importância da iniciativa para embasar a atuação do MPRO e fomentar discussões sobre o desenvolvimento sustentável em Rondônia.
Moratória da Soja
Assinada em 2006, a Moratória da Soja é um pacto entre empresas que se comprometem a não comprar o grão de fazendas com lavouras em áreas abertas após 22 de julho de 2008 na Amazônia. A medida apesenta resultados positivos na preservação da maior floresta tropical do planeta, mas tem sido alvo de ameaças de produtores e políticos vinculados aos interesses ruralistas. Diante disso, 66 organizações brasileiras e internacionais lançaram, na quinta-feira (12), um manifesto em defesa do acordo. No documento, os signatários alegam que o fim da moratória é um “retrocesso inaceitável”. “Com a noratória houve uma queda de 30% para 1% da área de expansão de soja em vegetação nativa somente em Mato Grosso. Precisamos defender esse importante instrumento de incentivo ao desenvolvimento sustentável”, informa Edilene Fernandes, Consultora Jurídica do Observa-MT, uma das organizações que assina o documento. Brasil de Fato
Breakfast
Por hoje é só. Este é o breakfast, o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção com os temas de destaque da política em Rondônia e do Brasil.
(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político
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