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quarta-feira, agosto 20, 2025

Coluna Zona Franca

É quase Natal

Faltam pouco mais de um dia para o Natal. E oito dias para 2025. A coluna está no clima. Dá prá perceber, né? Fazendo uma média, o ano que finda foi bom. Não foi aquela maravilha, mas, bem melhor do que 2023, ano no qual terroristas tentaram tomar o poder à força, perpetrando um golpe que por pouco teria dado certo.

Pode ser uma imagem de 2 pessoas, pessoas sorrindo e árvore de NatalSecretariado de Léo

A expectativa é de que o prefeito eleito de Porto Velho, Léo Moraes (Podemos), anuncie os nomes dos seus secretários ainda hoje, no máximo, amanhã, 24. Guardados a sete chaves, os indicados terão como critério eminentemente técnico, ressalvadas algumas exceções. Cuidadoso, o prefeito sabe que terá uma grande missão pela frente. A eleição dele não foi fácil. Foi uma vitória contra tudo e contra todos. Por enquanto, antes da posse, Léo Moraes curte a família e se prepara para as festas de Natal e Ano Novo.

Feliz Natal

A coluna deseja um Feliz Natal para todos os leitores, amigos e correligionários. Em especial aos amigos e colaboradores Vinícius Miguel, professor Vinício Carrilho Martinez, Vinícius Lemos, Nando, Wilson Dias, Sid Orleans, Gisele Maiolino, Edgard Azevedo, Arno Voigt, Jurandir Costa, Neidinha Surui, Edson Silveira, Airton Gurgacz, JP Viana, Paulo Andreoli, Alessandro Lubiana, Ivanilson Frazão, Gilson Colares, Nilton Salinas, Pedro Régis, Armando Bueno, Rosângela Hilário, Iremar Ferreira, Oscar Dias Netto, Nelson Canedo, Ernandes Segismundo e Luciana Oliveira…e amanhã, lista complementar.

Motivos para celebrar

Pode ser uma imagem de 1 pessoa e textoA Reforma Tributária com a aprovação na terça-feira (17) pelo Congresso Nacional do Projeto de Lei Complementar nº 68/2024, institui definitivamente os seus tributos, que são o imposto sobre bens e serviços (IBS), de titularidade dos estados e municípios, e a contribuição sobre bens e serviços (CBS), da União, além do imposto seletivo. Com a sanção presidencial, o texto finalmente assumirá a condição de lei complementar, como exigido pela emenda constitucional nº 132/2023, que definiu os princípios e competências da reforma.

Motivos para celebrar 2

Analistas do “mercado”, surpreendentemente, seguem a fingir que não veem, mas esta é uma das reformas estruturais mais relevantes para o Brasil no cenário interno e internacional desde a entrada em vigor da Constituição de 1988. Esta conquista soma-se às demais reformas estruturais recentemente aprovadas, como o Marco Legal dos Seguros (Lei n° 15.040/2024), o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) (Lei n° 15.042/2024) e a nova Lei dos Concursos Públicos (Lei n° 14.965/2024).

Motivos para celebrar 3

A partir de 2027, com a eliminação do PIS e da Cofins, será cobrada a CBS, além do próprio imposto seletivo, o que significará um enorme salto qualitativo do sistema tributário. A cobrança, em regime de transição, do IBS só começará em 2029, ao longo de quatro anos, mas a extinção do ICMS será algo a ser profundamente celebrado.

DPVAT não é imposto!

Pode ser uma imagem de 7 pessoas e textoUma tremenda burrice daqueles que votaram contra a volta da cobrança do Dpvat. Bolsonaristas ainda não entenderam que DPVAT não é imposto e sim um seguro. Esse seguro é só pra quem tem veículo, mas se você for acidentado dentro de um veículo de aplicativo ou na rua, também terá direito ao seguro. Isso mesmo. O seguro Dpvat cobre terceiros. Agora, por causa de bolsonaristas como Nicolas Ferreira, as famílias das 42 vítimas do acidente ocorrido domingo em Minas Gerais não serão indenizadas. Mais uma vez a extrema direita distorce a realidade com o objetivo de prejudicar o povo. E, por ncrível que pareça, o povo sem informação, era contra o DPVAT, infelizmente.

DPVAT não é imposto! 2

O  DPVAT foi extinto pelo então presidente Jair Bolsonaro, no dia 11 de novembro de 2019. O seguro era pago por proprietários de veículos junto com o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e cobria casos de morte, invalidez e despesas com assistência médica fruto de acidentes de trânsito. 

SUS

Além de ser responsável pela indenização, o seguro destinava 45% das verbas arrecadadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) anualmente. Em 2018, foram repassados R$ 2 bilhões. Em pouco mais de uma década, o DPVAT contribuiu com cerca de R$ 30 bilhões no SUS. Apesar de representar apenas 1% dos recursos do SUS, para o pesquisador, a extinção do seguro, somada a outras medidas, é mais um ataque à saúde pública. Entre elas, e a mais significativa, está a Emenda Constitucional 95, que restringe os recursos para a saúde por 20 anos.

SUS 2

“O Sistema Único de Saúde tem sido a principal ferramenta para enfrentar as consequências dos acidentes de trânsito. É o Samu que resgata os acidentados, e são as emergências de hospitais públicos que os atendem e fazem cirurgias e depois cuidam de sua reabilitação.” Segundo o pesquisador, a extinção do DPVAT prejudica ainda mais a capacidade do Sistema Único de Saúde de atender as pessoas com dignidade.

                                               Operação Overclean

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta segunda-feira (23) a segunda fase da Operação Overclean, que investiga desvios em emendas parlamentares e fraudes em licitações envolvendo um esquema de corrupção liderado por empresários na Bahia. Os agentes estão cumprindo quatro mandados de prisão preventiva.  Segundo a coluna do jornalista Aguirre Talento, do UOL, entre os alvos estão o vice-prefeito de Lauro de Freitas, Vidigal Cafezeiro (Republicanos), e o secretário de Mobilidade Urbana de Vitória da Conquista, Lucas Dias. Também foram emitidos mandados contra um operador financeiro e um policial federal de Salvador, todos suspeitos de integrar uma organização criminosa estruturada para fraudar processos licitatórios e desviar recursos públicos.  As investigações apontam que o grupo seria liderado pelos empresários Marcos Moura, conhecido como “Rei do Lixo”, e Alex Parente. De acordo com a PF, a organização utilizava contratos públicos para lavar dinheiro e garantir benefícios financeiros ilícitos a seus integrantes e aliados.

Suspensão de pagamento de emendas

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (23) a suspensão do pagamento de pouco mais de R$ 4 bilhões em emendas parlamentares e determinou que a Polícia Federal (PF) abra um inquérito para apurar a liberação deste valor. As emendas parlamentares são uma reserva dentro do Orçamento usadas conforme indicação de deputados e senadores. É esse o dinheiro enviado pelos parlamentares às suas bases eleitorais. A execução do dinheiro é de competência do governo federal.

 

 

                                         Marcos Rogério

Apesar de ser um dos parlamentares mais críticos ao governo Lula, o senador Marcos Rogério (PL-RO) aparece entre os cinco mais beneficiados pela liberação de emendas parlamentares promovida pelo Palácio do Planalto. Os repasses, que somam R$ 8,1 bilhões apenas em dezembro, ocorreram em meio à votação de pautas estratégicas no Congresso Nacional, como a reforma tributária e o pacote de ajuste fiscal. A liberação das verbas ganhou destaque após a decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou maior transparência nos repasses. No entanto, mesmo com as novas exigências, a lista dos parlamentares mais contemplados evidencia a predominância de nomes ligados à oposição bolsonarista e ao centrão. Entre os principais favorecidos estão figuras de destaque no governo anterior, como Rogério Marinho (PL-RN), Ciro Nogueira (PP-PI) e Damares Alves (Republicanos-DF).

Estratégia e Contradição

Os números reforçam a dinâmica do orçamento impositivo, que obriga o governo federal a liberar emendas individuais e de bancada estadual, independentemente do alinhamento político dos parlamentares. Contudo, críticos apontam contradições no discurso de oposicionistas, que atacam publicamente o governo enquanto capitalizam politicamente os recursos liberados. Marcos Rogério, por exemplo, tem se destacado por discursos inflamados contra o presidente Lula e o Partido dos Trabalhadores (PT). No entanto, as cifras destinadas ao senador evidenciam sua habilidade em se beneficiar das articulações políticas e do orçamento público, mesmo mantendo postura de oposição ostensiva.

Emendas e Transparência

Grande parte dos repasses realizados em dezembro foi feita na modalidade conhecida como “emenda Pix”, que permite a transferência direta de recursos para estados e municípios, sem a necessidade de especificação imediata sobre sua aplicação. Essa modalidade foi questionada no STF devido à falta de transparência, levando Dino a determinar que planos de trabalho sejam apresentados em até 60 dias. Caso contrário, os responsáveis poderão responder por improbidade administrativa. Segundo dados do governo, R$ 3,8 bilhões foram direcionados ao Fundo Nacional de Saúde, enquanto R$ 3,2 bilhões foram distribuídos por meio das emendas Pix. Esses números levantam debates sobre a necessidade de maior controle na aplicação dos recursos e na fiscalização do uso pelas bases beneficiadas.

Negociações e Poder Político

O pagamento recorde de emendas em dezembro reflete a estratégia do governo Lula para fortalecer a base no Congresso e garantir a aprovação de projetos prioritários. Embora o montante liberado acalme momentaneamente as pressões políticas, parlamentares já indicam que exigirão novos empenhos para 2025, especialmente por meio de rubricas destinadas à saúde. Para especialistas, o caso de Marcos Rogério ilustra o paradoxo do sistema político brasileiro, em que oposição e governo muitas vezes se beneficiam mutuamente. Enquanto o senador mantém seu discurso de enfrentamento, os recursos obtidos fortalecem sua posição junto ao eleitorado e ampliam sua influência política no estado de Rondônia.

Conclusão

A liberação bilionária de emendas evidencia o jogo político entre Executivo e Legislativo, onde até os mais ferrenhos opositores, como Marcos Rogério, encontram formas de fortalecer suas bases. Em meio às promessas de maior transparência e responsabilidade fiscal, a população segue aguardando que os recursos públicos sejam, de fato, aplicados para beneficiar quem mais precisa.

Breakfast

Por hoje é só. Este é o breakfast, o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção com os temas de destaque da política em Rondônia e do Brasil.

(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político

O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidaddo colaborador e titular desta coluna. O Portal Mais RO não tem responsabilidade legal pela opinião, que é exclusiva do autor.

Informações para a coluna:  [email protected]

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